{106} O Furo Jornalístico de Rita Skeeter

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    E assim aconteceu. Eu e Lee começamos a namorar. Se tem algo que vou guardar para o resto da vida é o momento em que eu e ele retornamos da Torre de Astronomia já de madrugada e adentramos o Salão Comunal da Gryffindor de mãos dadas; os rostos dos meus irmãos era definitivamente algo que merecia virar retrato. Fred e George tiveram um colapso nervoso, mas depois aceitaram de boas, já Rony passou a primeira semana gritando no meu ouvido que eu só tinha catorze anos e que não achava Lee uma boa influência. Lavender ficou perplexa, mas em nome da nossa recém-conciliada amizade, ela não falou nada e disse que o importante era que eu estivesse feliz.

   E eu estava, Lee me fazia bem, era da Gryffindor, fofo e sempre me fazia elogios lindos, me comparando a coisas relacionadas a estrelas e tals. Então eu estava bem, isso se eu não visse Draco. Na real só Deus sabia o que eu sentia quando eu o via, mesmo que eu demonstrasse a todos que eu estava bem.
  
   Assim, chegou o primeiro dia do novo trimestre e eu fui para as aulas, sobrecarregada de livros, pergaminhos e penas, como de costume, mas também com um ar de quem agia como se tudo estivesse as mil maravilhas, mesmo sem estar.

   A neve continuava alta nos jardins e as janelas da estufa estavam cobertas por um vapor tão densoque não era possível enxergar através delas na aula de Herbologia. Ninguém estava ansioso para ir àaula de Trato das Criaturas Mágicas com um tempo desses, embora, como disse Rony, era provávelque os explosivins deixassem os alunos bem aquecidos, quer fazendo-os correr atrás deles, querexpelindo fogo pelo rabo com tanta força que a cabana de Hagrid pegaria fogo.

   Quando chegamos lá, porém, encontramos uma bruxa mais velha, com os cabelosgrisalhos muito curtos e um queixo muito saliente, parada diante da porta da frente do professor.

— Vamos, andem, a sineta já tocou há cinco minutos. — Vociferou ela, quando nos viu caminhandopela neve com dificuldade ao seu encontro

— Quem é a senhora? — Perguntou Rony, mirando-a — Aonde foi o Hagrid?

— Meu nome é Profa. Grubbly-Plank. — Disse ela com eficiência — Sou a professora temporária de Trato das Criaturas Mágicas.

— Aonde foi o Hagrid? — Repetiu Harry em voz alta.

— Não está se sentindo bem. — Respondeu ela secamente.

   Uma risada breve e desagradável chegou aos meus ouvidos. Me virei; Pansy Parkison e o resto dos alunos da Slytherin estavam vindo se reunir à turma. Tinham um ar satisfeito, e nenhumpareceu surpreso de ver a Profa. Grubbly-Plank. Draco porém tinha a cara fechada e evitou olhar para mim.

— Por aqui, por favor. — Disse a professora e saiu contornando o picadeiro onde os enormes cavalos da Beauxbatons tremiam de frio. Eu, Rony, Harry e Hermione a seguimos, olhando para trás, por cima doombro, para a cabana de Hagrid. Todas as cortinas estavam corridas. Será que Hagrid estava ali, sozinho e doente?

— Que é que o Hagrid tem? — Perguntou Harry, apressando o passo para alcançar a professora.

— Não é da sua conta. — Disse ela, como se achasse que o garoto estava sendo intrometido

— Mas é da minha conta. — Disse Harry com veemência — Que aconteceu com ele?

   A Profa. Grubbly-Plank continuou como se não o ouvisse. Nos conduziu além do picadeiro doscavalos da Beauxbatons, todos agrupados tentando se proteger do frio, e em direção a uma árvore naorla da Floresta, onde encontramos amarrado um grande e belo unicórnio.

   Muitas garotas soltaram exclamações de admiração ao ver o unicórnio.
  
— Ah, é tão bonito! — Murmurou Lav — Como será que ela conseguiu? Dizem que sãorealmente difíceis de apanhar!

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco malfoy [1]Where stories live. Discover now