{104} O Baile de Inverno

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   Mas eu continuava encarando freneticamente embora eu quisesse desviar o olhar, eu só lembrava de tantas vezes que Draco me dizia que não tinha nada com a Parkinson, e ele simplesmente veio ao baile com ela. Senti uma raiva inundar meu corpo, vontade de arrancar aquele braço dela dali, vontade de a afastar pra bem longe dele.

— Você está bem? — Jordan sussurrou no meu ouvido me fazendo voltar pra
terra

   Abri um sorriso olhando para ele que retribuiu. Preciso me concentrar no baile, me divertir, não posso pensar em Draco.

   As portas de carvalho da entrada se abriram e todos nos viramos para olhar os alunos de Durmstrang entrarem com o Prof. Karkaroff. Krum vinha à frente da delegação, acompanhado por uma garota bonita, de vestes azuis, que eu não conhecia. Lavender vinha atrás deles segurada no braço de Aaron Hansen que era um bonito garoto alto de olhos azuis. Por cima das cabeças do grupo, eu vi que a área do gramado logo à entrada do castelo fora transformada em uma espécie de gruta cheia de luzes encantadas – ou seja, centenas de fadinhas vivas encontravam-se sentadas nas roseiras que tinham sido conjuradas ali e esvoaçavam sobre as estátuas que pareciam representar Papai Noel e suas renas.

   Então a voz da Profa.Minerva McGonagall chamou:
  
— Campeões aqui, por favor!

   Parvati ajeitou as franjas, sorridente; ela e Harry disseram “Vemos vocês daqui a pouco”, para mim e Lee, Rony e Padma, e se adiantaram, a aglomeração de pessoas que conversavam se abriu para deixá-los passar. A professora, que trajava vestes a rigor de tartan vermelho, e enfeitara a aba do chapéu com uma guirlanda bem feiosa de cardos – a flor nacional da Escócia –, mandou-os esperar a um lado das portas, enquanto os demais entravam; eles deviam entrar no Salão Principal em cortejo, quando os outros estudantes se sentassem.

   Fleur Delacour e Rogério Davies pararam mais próximos às portas; Davies parecia tão aturdido com a sua sorte de ter Fleur como par que mal conseguia desgrudar os olhos dela. Cedric e Cho ficaram ao lado de Harry; o garoto desviou o olhar para não precisar conversar com eles. Em lugar disso, meu olhar então recaiu sobre a garota ao lado de Krum. Meu queixo caiu.

   Era Hermione.

    Mas ela não parecia nadinha com a Hermione. Fizera alguma coisa com os cabelos; não estavam mais lanzudos, mas lisos e brilhantes e enrolados num elegante nó na nuca. Estava usando vestes feitas de um tecido etéreo azul-pervinca, e tinha uma postura um tanto diferente – ou talvez fosse meramente a ausência dos vinte e tantos livros que ela normalmente carregava às costas. E sorria – um sorriso um pouco nervoso, era verdade –, mas a redução no tamanho dos dentes da frente era mais visível que nunca. Eu não conseguia compreender como não a vira antes.

   Parvati ao lado de Harry mirava Hermione com depreciativa incredulidade. E não era a única, tampouco; quando as portas do Salão Principal se abriram, o fã-clube de Krum que fazia ponto na biblioteca passou, lançando a Hermione olhares de profundo desprezo. Não pode deixar de notar que Parkinson boquiabriu-se ao passar com Malfoy, e mesmo ele não pareceu capaz de encontrar uma ofensa para atirar a Hermione. Rony, porém, passou direto por ela sem sequer olhar. Eu lancei um sorriso pra ela e Sussurrei que ela estava maravilhosa quando eu e Jordan finalmente entramos e nos sentamos em uma mesa com Fred, George, Lia e Angelina. Pouco tempo depois Padma e Rony também se aproximaram de nós.

   Depois que estávamos todos sentados no salão, a Profa. Minerva mandou os campeões e seus pares formarem um cortejo, de dois em dois, e a seguiram. Os garotos obedeceram e todos no salão aplaudimos, quando eles entraram e se dirigiram a uma grande mesa redonda no fundo do salão, onde estavam sentados os juízes.

   As paredes do salão estavam cobertas de gelo prateado e cintilante, com centenas de guirlandas de visco e azevinho cruzando o teto escuro salpicado de estrelas. As mesas das Casas haviam desaparecido; em lugar delas havia umas cem mesinhas iluminadas com lanternas, que acomodavam, cada uma, doze pessoas.

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco malfoy [1]Where stories live. Discover now