Com a cabeça pendurada, vi que a coisa que me segurava andava sobre seis pernas imensamente compridas e peludas, as duas dianteiras agarravam-me com firmeza sob um par de pinças pretas e reluzentes.

— AHHH, É UMA ARANHA! ARANHA! AHHHHHH, RONY, SOCORRO! — Comecei a gritar em desespero enquanto meus olhos começaram a lacrimejar — RONY, RONY, RONAAAALD!! É UMA ARANHA!

— ROOOOX, AAAAAHHHHHH.

    Atrás, pelo visto havia mais dois bichos iguais, sem dúvida carregando Ron e Harry.
   
  Estavamos entrando no coração da floresta e eu tentei fechar os olhos forte. Ouvi Canino lutando para se libertar de um quarto monstro, ganindo alto.

   Eu nunca soube ao certo quanto tempo fiquei nas garras do bicho; só lembro-me que de repente a escuridão diminuiu o suficiente para me permitir ver que o chão que estava coberto de folhas agora estava coberto de aranhas. Eu pensei em gritar, mas eu já não tinha voz suficiente para isso. Estiquei o pescoço para o lado e percebi que tínhamos chegado à borda
de uma vasta depressão, uma depressão que fora desmatada, de modo que as estrelas iluminaram claramente a pior cena que eu jamais vira.

  Aranhas, aranhinhas como aquelas que cobriam as folhas embaixo. Aranhas do tamanho de cavalos, com oito olhos, oito pernas, pretas, peludas, gigantescas. O maciço espécime que me carregava desceu uma encosta íngreme em direção a uma teia enevoada em forma de cúpula, bem no meio da depressão, enquanto suas companheiras acorriam de todos os lados, batendo as pinças excitadas à vista do carregamento.

  Logo caí no chão de quatro quando a aranha me soltou. Rony, Harry e Canino caíram com um baque surdo ao meu lado. Canino não uivava mais, encolhia-se em silêncio onde caíra. Rony e Harry eram a imagem exata do que eu sentia. Tinham a boca arreganhada  numa espécie de grito silencioso, e seus olhos saltavam das órbitas. Percebi que a aranha que me soltara estava falandoalguma coisa. Fora difícil entender, porque ela batia as pinças a cada palavra.

— Aragogue! — A aranha chamou — Aragogue!

   Corri pra perto do meu irmão o agarrando e ambos tremiamos de medo. Observei que do Meio da teia enevoada em forma de cúpula, emergiu lentamente uma aranha do tamanho de um filhote de elefante. Havia fios cinzentos na pelagem do seu corpo e nas pernas negras, e cada olho, em sua feia cabeça provida de pinças, era leitoso. A aranha era cega.

— Que é? — Disse, batendo rapidamente as pinças

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— Que é? — Disse, batendo rapidamente as pinças

— Homens. — Grunhiu a a aranha que apanhara Harry

   Em outra ocasião eu teria gritado que eu não era homem, mas primeiramente minha voz não saia, e outra não vinha a razão eu falar algo com aranhas naquele momento.
  
— É Hagrid? — Perguntou a aranha aproximando-se, os oito olhos leitosos movendo-se vagamente

— Estranhos. — Bateu a aranha que trouxera Rony

— Mate-os. — Bateu Aragogue preocupada — Eu estava dormindo...

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco malfoy [1]Where stories live. Discover now