𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco...

By nick_weasleymalfoy

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𝐀 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘 | ❝É difícil ser especial quando só se é mais uma dentre oito, e essa sou eu, só mais uma... More

𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐞𝐚𝐬𝐥𝐞𝐲
{01} O embarque na plataforma 9¾
{02} O Chapéu seletor
{03} O Mestre das Poções
{04} O Lembrol de Neville
{05} O Cérbero do 3° Andar
{06} O Caso Gringotes
{07} Dia das bruxas
{08} Jogo de Quadribol
{09} Quem é Nicolau Flamel?
{10} O Natal e os Desejos Profundos
{11} Norberto, o dragão Norueguês
{12} Floresta Proibida
{13} Estranho encapuzado
{14} No alçapão
{15} O Jogo Vivo
{16} Taça das casas
{17} Fim de ano
{18} Carro enfeitiçado
{19} A toca
{20} Floreios e Borrões
{21} De volta à plataforma 9¾
{22} O berrador
{23} Mandrágoras e discussões
{24} Gilderoy Lockhart
{25} O novo apanhador da Slytherin
{26} Sangue ruim
{27} A dança no salão
{28} Detenção
{29} Aniversário de morte
{30} A mensagem na parede
{31} História da Magia
{32} Poções Muy Potentes
{33} O balaço errante
{34} Enfermaria e Amuletos protetores
{35} O Clube dos Duelos
{36} Ofidioglota
{37} A Poção Polissuco
{38} Beijo de Natal
{39} Diário e banheiro inundado
{40} Cartão Cantado
{41} Diário roubado
{42} Na Cabana de Hagrid
{43} Aragogue
{44} Câmara Secreta Pt. 1
{45} Câmara Secreta Pt. 2
{46} Caso Solucionado
{47} Fim de Ano
{48} Férias
{49} Dementador
{50} Terceiro ano
{51} Folhas de chá
Leiam aqui!
{52} Bicuço
Bônus de Aniversário | Draco Malfoy
{53} Amigos
Aviso!!
{54} Riddikulus!
{55} Não é real
{56} Noite das garotas
{57} A fuga da Mulher Gorda
{58} Garota Mistério
{59} Segredos
{60} Amarga derrota
{61} O Mapa do Maroto
{62} Hogsmeade
{63} Presentes de Natal
{64} O sumiço de Perebas
{65} Gryffindor versus Ravenclaw
{66} A 2° invasão de Sirius Black
{67} O Ressentimento de Snape
{68} A final do Campeonato de Quadribol
{69} Exames finais
{70} O assassinato do Hipogrifo
{71} Gato, Rato e Cão
{72} Sirius Black
{73} Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas
{74} O Segredo de Vega Misttigan
{75} O Servo do Lorde das Trevas
{76} O beijo do dementador
{77} Enfermaria
{78} Malfeito feito
{79} Fim de Ano
{80} Férias
{81} A Chave de Portal
Bônus 30K | Vega Misttigan
{82} Bagman e Crouch
{83} A Copa Mundial de Quadribol
{84} A Copa Mundial de Quadribol Pt. 2
{85} A Marca Negra
{86} Caos no Ministério
{87} A bordo do Expresso de Hogwarts
{88} O Torneio Tribuxo
{89} Olho-Tonto Moody
{90} Falsas Predições
{91} Beauxbatons e Durmstrang
{92} O Cálice de Fogo
{93} Os Quatro Campeões
{94} Amigos Improváveis
{95} Doninha Albina
{96} O Juiz Imparcial
{97} Amizade quebrada
{98} Primeira Tarefa
{99} O Convite de Rita Skeeter
{100} A Frente de Liberação dos Elfos Domésticos
{101} Aula de Dança
║ 𝐆𝐫𝐮𝐩𝐨 𝐓𝐖
{102} Convites
Bônus 40/50K | Lavender Brown
{103} Nos Preparativos
{104} O Baile de Inverno
Bônus 60K: O baile, by: Draco
{105} Coração em Pedaços
{106} O Furo Jornalístico de Rita Skeeter
{107} O Improvável
{108} A Segunda Tarefa
{109} Um dia nem tão especial
{110} 01/03/1986
Bônus 70K: Charlie Weasley
{111} A Volta de Almofadinhas
𝐏𝐚𝐭𝐫𝐨𝐧𝐮𝐬
{112} Eu Odeio Rita Skeeter!
{113} A Loucura do Sr. Crouch
{114} Azarações e a Cicatriz
Bônus de Aniversário | Hermione Granger
{115} Mais uma Manchete
{116} A Terceira Tarefa
Bônus 80K: Ginny Weasley
{117} Cruciatus!
{118} A Terceira Tarefa Pt. final
{119} Declínio
Bônus 90K: Rony Weasley
{120} O Começo
{121} Fim de Ano
Bônus 100K: Sol Lestrange
║ 𝐄𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥 𝐐&𝐀
║ 𝐄𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐇𝐚𝐥𝐥𝐨𝐰𝐞𝐞𝐧
║ 𝐆𝐚𝐥𝐥𝐞𝐫𝐲
║ 𝐁𝐨𝐨𝐤 𝟐

Bônus: Namoro de Mentirinha

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By nick_weasleymalfoy

  Hello bruxinhoooos!!

  Simmm, hoje é o Niver do meu, do Nosso, do mais meu do que seu ( Referência de Cinderela Pop ) Thomas Andrew Felton.

  O nosso querido Draco Malfoy, né gente. O perfeito que até hoje não superou Harry Potter, ele é muito baby gente, eu amo, eu amoooo. Não sei vocês, mas eu já fui lá no insta dele passar vergonha, postei um textão de parabéns em inglês e depois pedi ele em casamento. É, eu tenho problemas...

   Bom, preparei esse bônus do POV do Draco para comemorarmos juntos o Niver do Tom perfeito Felton. Espero que gostem. ( Esse bônus é uma espécie de continuação da parte do baile do by: Draco. )

  Obrigada por estarem acompanhando ‘The Weasley’. Eu Amo Vocês!!

  Fiquem agora com a leitura.

  “Ela me odeia... não é? Poderíamos fingir um relacionamento... talvez ela comece a te odiar, talvez perceba que te ame... dos dois um.”

  Embora eu tenha me deitado cedo depois do baile, não quer dizer que tenha conseguido dormir. Passei várias horas encarando o teto do meu dormitório com mil e uma coisas a passar na minha mente. Eu estava mal, mas a frase de Pansy ficava cada vez mais viva em minha mente. “Fingir um relacionamento”, é, não parece muito maduro, mas quem é maduro nessa vida?

   Não sei que horas era ao certo quando a porta do dormitório foi aberta, eu nem me dei o trabalho de olhar quem era, no fundo já imaginava.

— Eaí. — Era Blaise, como eu suspeitava, felizmente meu melhor amigo — Pansy me disse que você tinha voltado pra Comunal.

   Suspirei e nem ao menos olhei pra ele.

— Aconteceu alguma coisa?

— Esse baile foi a pior idéia que alguém poderia ter tido. — Respondi me sentando e olhando para ele. Blaise estava tirando seu colete enquanto encarava o chão, não parecia lá muito animado

— O Aaron Hansen beijou a Lala. — Revelou ele com uma voz distante, seus olhos escuros sem foco

— A Rox me viu beijando a Pansy. — Devolvi com o mesmo tom de voz e um longo suspiro

   Blaise de imediato se virou pra mim com seus olhos arregalados.

— Vo... você beijou a Pansy? Tipo... a Pansy Parkinson? Draco, cê bebeu demais?

— Ela que me beijou e a Rox viu, quando eu percebi já tinha acontecido.

— E... você foi atrás dela? Ela ficou como? Cara... que barra.

— Ela saiu de lá chorando, e não eu não fui atrás dela. — Suspirei com um dar de ombros

— Que noite. — Ele ergueu as sobrancelhas meio amedrontado

  Encarei a porta por alguns segundos enquanto pensava nos acontecimentos da noite mais uma vez. A garota que eu amo me viu beijando a pessoa que ela mais odeia, e Blaise viu a melhor amiga dele, que também é a garota que ele ama, beijando um idiota da Noruega. Não sei quem estava pior.

— Vou tomar um banho. — Blaise se levantou de sua cama sem empolgação enquanto guardava o blazer, o colete e a gravata em cima do malão, ficando só com a blusa social já desabotoada e a calça

— Acha que eu deveria conversar com a... com a Rox? — Perguntei voltando a deitar minha cabeça no travesseiro e mirando o teto

— Draco, você sabe o que eu penso. Vocês se amam e parecem duas crianças imaturas brincando que não se gostam.

— Ela que negou meu pedido pro baile, você sabe. — Argumentei olhando para ele

  Blaise parou, balançou a cabeça levemente e virou seus olhos escuros para mim.

— O que seu pai faria se soubesse que você gosta de uma Weasley?

   Eu suspirei enquanto imaginava.

— E o que os pais dela fariam se soubessem que ela gosta de você? — Falou novamente e eu me vi pensando de novo — Exato. Ela tem medo disso, não quer dizer que ela não goste de você. Draco, vocês tem catorze anos, as pessoas erram, sabiam?

— Pansy me pediu em namoro.

— Quê?? — Ele gritou assustado

— Namoro de mentirinha, tecnicamente.

— Cara. — Blaise andou até mim e tocou em meu ombro — Você já é bem grandinho, e pode fazer o que você quiser, já entendi que você nunca escuta meus conselhos mesmo, mas... pensa bem se namorar de mentira com a Pansy é a coisa certa a se fazer. Fique aí pensando... eu vou lá tomar banho e tentar me afogar enquanto eu vislumbro na minha mente aquela cena mortal que parecia uma faca perfurando meu peito.

— Por que você não conta logo que gosta da Brown?

— Por que você não vai agora atrás da Weasley e diz que é apaixonado por ela e que aquele beijo que ela viu não foi real? — Devolveu ele — Viu? As coisas não são fáceis. — E agarrando a toalha andou até a porta do banheiro do dormitório, girou a maçaneta, mas então se virou mais uma vez para mim — Draco, tem alguma Sol aqui em Hogwarts?

   Sol. Eu parei de repente e pensei. Era óbvio que eu não conhecia nem metade dos nomes das pessoas que estudavam aqui em Hogwarts, mas eu me lembrava de já ter escutado esse nome em algum lugar. Não só aqui, mas na minha casa também. Sol era o nome da filha da minha tia Bellatrix Lestrange. Sim, com certeza era esse nome, mas a menina desapareceu depois que minha tia foi presa, ninguém sabe onde ela foi parar.

— Não que eu saiba. — Finalmente respondi — Por quê?

— Ah, estranho. Quando eu estava voltando pra Comunal escutei uma conversa esquisita, parecia a voz de Moody e ele conversava com alguém chamada Sol, ambos pareciam irritados. O mais estranho é que o próprio nome 'Sol' é estranho. — Ele deu de ombros e suspirou, logo dizendo: — Deve ser besteira, talvez alguém que fez coisa errado no baile, vou tomar meu banho logo.

   E assim ele saiu deixando-me perdido com os meus pensamentos. Embora a história fosse mesmo bem estranha. Não tive tempo o suficiente pra pensar sobre aquilo pois a porta foi aberta novamente, esperava fielmente que fosse Crabbe, ou talvez Goyle, porque se fosse Theodore Nott ele ia apanhar, pode ter certeza que sim. Sentei-me na cama já que não conseguia dormir mesmo e vi que não era nenhum dos três que entrara, e sim Nicholas Grimmett.

— Que diabretes cê tá fazendo aqui?

— Eaí, Malfoy? Também adorei te ver. — Ele se fez de desentendido já passando pra dentro do quarto carregando o que parecia uma trouxa de roupas e sua  varinha, ele já estava sem seu smoking, e seu cabelo castanho comprido jazia preso em uma espécie de rabo de cavalo ou coque, sei lá

— Grimmett você se perdeu ou o quê? — Franzi a testa para o garoto

— Não me perdi, mas sei bem que o Theodore não vai dormir aqui hoje, então eu fico com a cama dele. — Anunciou se largando na cama que ficava do outro lado do quarto, pouco distante da minha

— E você não tem quarto? — Revirei os olhos

— Adrian levou Miles pro nosso dormitório... de novo pra variar. — Explicou colocando as mãos no travesseiro e deitando a cabeça sobre ela, todo despreocupado e folgado — Matt deve estar no banheiro dos monitores ou em qualquer outra sala com a tal Heidi Yaxley, Montangue e Warrington invadiram um dos dormitórios dos pequeninos que foram passar o natal em casa, então tô aqui.

— O coitado tá na seca. — Deixei escapar uma risada, pelo que deixou a parecer que minha vida estava ótima e a dele que era horrível

— Uou. Eu tô saindo com a Tracey Davis esqueceu? — Lembrou com convicção

— E porque você não vai dormir com ela? Que foi? A menininha não se sente pronta pra dormir com você, ou o querido Nicholas Grimmett é santinho demais pra levar uma garota pra cama?

— Me erra, Malfoy. Óbvio que eu e a Tracey já dormimos juntos. — Se apressou em dizer — O caso é que ela tá mais alcoolizada que nada. Deve estar vomitando no banheiro ou talvez dormindo, amanhã ela vai ter uma ressaca daquelas, nunca vi uma garota pra gostar tanto de beber, e olha que cerveja amanteigada não é nem tão forte.

  Eu sorri involuntariamente. Eu conhecia uma garota que gostava tanto de cerveja amanteigada quanto Tracey Davis e com certeza era Rox Weasley. Lembrei-me das vezes que eu e ela fomos a Hogsmeade e sempre dávamos uma escapadinha para irmos ao Três Vassouras.

— Isso aqui... — E deu mais um gole — É a coisa mais deliciosa existente nesse mundo. — Bateu com o copo na mesa com convicção — Juro, não existe nada no mundo melhor do que cerveja amanteigada.

— Com certeza existe. — Falei com um dar de ombros dando um gole na minha bebida

— Não existe não. — Mas então parou olhando para o balcão do local — Ou talvez sim. Olha as outras bebidas. Queria ter idade pra tomar um Whisky de Fogo, ou conhaque, talvez champanhe, ou qualquer um daqueles vinhos. Tá, talvez hidromel também. Tá, tudooo. Eu queria experimentar tudo!!

   Eu não pude evitar balançar a cabeça e rir, fazendo a garota dos cabelos ruivos e cheios olhar para mim.

— Que foi?

— Você com certeza vai ser uma alcoólatra quando ficar mais velha. — Devolvi entre risinhos

— Idiota. — Ela mostrou a língua e deu de ombros também rindo

   Balancei minha cabeça e afastei os pensamentos, tentando não lembrar mais daquilo, me doía ficar remoendo e lembrando do tempo em que eu e ela nos falávamos e nos divertíamos. Pisquei e percebi que Nicholas me olhava intrigado.

— Que foi agora?! — Revirei os olhos

— Você do nada abriu um sorriso aí e ficou olhando pra parede. Tava pensando em alguém?

— Na sua mãe, aquela vad** que eu comi ontem. Ela não resmungava tanto quanto você.

— Ôu, Malfoy. Cadê o respeito com a mãe dos outros, hem, parça? Eu não tô falando da sua mãe não.

   Revirei os olhos suspirando, e puxei meu lençol, logo fechando o cortinado da minha cama.

— Passar bem, Grimmett, espero que você não ronque ou eu te azaro enquanto você dorme.

   Ele ainda tentou falar algo, mas eu nem escutei mais. O dia havia sido demais, e eu precisava dormir, talvez isso me acalmasse. Um bom sonho.

   Eu estava na biblioteca, mas não conseguia prestar atenção no livro em minhas mãos. A biblioteca de Hogwarts estava praticamente vazia exceto por um ou dois outros alunos. Por alguma razão tentei forçar minha atenção no livro a minha frente, parecia importante que eu o lesse logo. Mas eu ouvi um som, foi quando movi meu olhar em direção ao barulho que vinha da porta, sempre costumei ser bastante curioso, e queria saber quem entrara. Era Rox. Rox Weasley.

   Seu cabelo ruivo preso em um rabo de cavalo que balançava a medida que ela andava – não, ela não andava, ela desfilava – em direção a prateleira dos livros de poções, ou seja até onde estava. Por instantes meus olhos cinza ficaram somente nela e o livro em minhas mãos foi totalmente esquecido.

  Ainda agindo como se estivesse em uma passarela ela parou em frente a prateleira, observei quando mexeu em alguns livros, mas logo se virou para mim, sorriu deliberadamente e bateu com a mão direita em minha mesa.

— Malfoy. — Disse ela com um ar extremamente esquisito e maléfico; eu não respondi, estava hipnotizado naqueles olhos azuis brilhantes — Eu já sei da verdade.

— Ver... verdade? — Franzi a testa

   Ela riu, depois fez um biquinho levando a mão até seu pescoço e puxando com força o colar que estava lá. Era o prateado que eu a presenteei no Natal do segundo ano, que tinha a letra ‘R’ em volta de um coração.

— Você quem me deu ele. — Disse jogando a jóia em cima da mesa a minha frente; pela primeira vez desde que ela entrara, desviei o olhar da garota, olhando intrigado para o colar — E os doces no primeiro ano e a vassoura no terceiro, também sei que ia me dar um anel esse ano, mas... acabou não dando.

   Ela fez um biquinho novamente com o ar de deboche.

— Não quero nada que venha de você! — E dessa vez seus olhos tinham fúria — Nada! Você não passa de uma garoto mimado e idiota! Como achou que teria alguma coisa comigo? Olha só pra mim. — Sorriu novamente com malícia enquanto dava uma voltinha — Eu sou linda e qualquer garoto faria de tudo pra ficar comigo! Qualquer um, não viu o Theodore Nott babando por mim no baile? Eu sou maravilhosa, Draco.

   Ela se abaixou para apanhar algo que estava no chão, quando voltou a levantar percebi que segurava uma Nimbus 2001, mas não era qualquer uma, e sim a que eu a presenteara no ano anterior.

— Não quero nada que venha de você, a não ser distância! — E quebrou a vassoura ao meio atirando em minha direção, me deixando levemente perplexo — Eu nunca te amei, nunca nem ao menos gostei de você! Você sempre foi um passatempo, uma distração, era só eu te dar uns beijinhos e você corria atrás de mim como um cachorrinho, fazendo tudo que eu mandava, só faltou latir. — Ela sorriu deliberadamente mostrando seus dentes brancos e quase todos alinhados — Au. Au.

— Você me ama. — Falei com convicção quase sem conseguir a olhar nos olhos

   Ela riu.

— Ninguém te ama, Draco. Quem te amaria? Você é um inútil, desqualificado, escroto, arrogante, babaca. Nem mesmo seus pais te amam.

   Abaixei a cabeça para encarar o chão. Decepções já faziam parte da minha vida, mas quando ela mencionou meus pais, meu mundo afundou mais do que já estava. “Nem mesmo seus pais te amam.”, talvez isso não fosse em si tão mentira.

— Agora eu estou com o Lee Jordan, mil vezes melhor que você, além de entender bem mais em quadribol. E se bobear, eu dou mole pra algum dos seus amigos da Slytherin.

   Com os olhos apertados e fúria, eu levantei-me pra a encarar. Ela ria vitoriosa enquanto eu tremia, suava, me sentia rodar e rodar. Estava tonto e irritado, queria gritar, queria bater, queria...

— Draco!?

   Algo gelado tocara meu ombro. Pisquei os olhos e me sentei na cama. Estava suando. Havia sido apenas um sonho.

— São quase meio dia, só queria saber se você estava vivo... — Sibilou Blaise que me olhava intrigado — Você tá bem? Estava tendo um sonho ruim? É que você tava tremendo.

   Suspirei e me levantei, sentando-me na cama.

— A Pansy já acordou?

   Blaise pareceu pego de surpresa, mas logo deu a resposta.

— Está na Comunal com a Daphne. Por quê?

   Sem nem ao menos o responder, levantei-me, peguei uma roupa em meu malão e andei até o banheiro, deixando meu melhor amigo um tanto intrigado. O caso era que aquele maldito sonho me fez tomar uma decisão... eu ia definitivamente falar com Pansy Parkinson.

   Passei o olhar por toda a Comunal assim que entrei, havia um estranho ar entre os membros da Casa das Cobras, alguns bocejos pontuavam as conversas deles, e pelo que parecia, Tracey Davis não era a única de ressaca. Demorei alguns segundos até encontrar a cabeleira negra e curta, que eu procurava, a conversar com uma loira.

— Pansy. — Falei sério ao me aproximar. A garota pareceu se surpreender quando viu que era eu quem a chamava — Podemos conversar?

   Primeiro ela me olhou, depois voltou-se para Daphne lançando-lhe um olhar surpreso e entusiasmado que a amiga retribuiu, mas logo Pansy voltou a me olhar e sorriu assentindo. Ela se levantou e me acompanho até umas poltronas de couro em um canto afastado da Comunal, eu me sentei e ela sentou-se a minha frente.

— Estava preocupada com você. — Começou ela com um sorrisinho tímido — Acordou agora?

— Não importa. Pensei no que você falou ontem. — E ela fez um ‘a’ de entendimento, mas assentiu para que eu prosseguisse — Sobre o falso namoro... achei uma ideia totalmente imatura.

   Ela suspirou e desviou seus olhos dos meus, abaixando-os para suas unhas pintadas de preto com branco.

— Mas eu topo. — Acrescentei a fazendo levantar a cabeça e arregalar os olhos

— V-você?

— É, seremos os reis da Slytherin, o casal mais cobiçado de Hogwarts e blá blá blá, essas coisas. — Revirei os olhos

  Ela sorriu. Um sorriso grande que fez aparecer covinhas em suas bochechas, seus olhos brilhavam. Eu nem esperava quando ela saltou e me abraçou pelo pescoço dando alguns gritinhos.

— Não acredito. Não acredito. Não acredito.

— Não exagera. — E a afastei de mim. Ainda sorrindo ela se aquietou

— Desculpa, eu me empolguei. Eu gosto de você desde o primeiro ano, Draco.

— Eu sei. — Dei de ombros

— Bom... — Ela se arrumou na poltrona ainda com um ar animado — Como namorados, podemos então andar de mãos dadas, se abraçar em público e se beijar?

— Acho que é o que os namorados fazem. — Suspirei deitando minha cabeça na poltrona e olhando o teto

— Posso contar pra Daphne que namoramos?

— Pansy, é um namoro falso. — Argumentei, mas ela não parecia se importar, apenas saiu saltitando em direção a amiga

   Mas o pior ainda estava por vir.
  
   Namorar Pansy tinha lá suas vantagens; conseguimos ser o casal mais descolado da escola sem problema algum. Ultrapassando com facilidade Adrian Pucey e Miles Bletchey, isso porque meu sobrenome e de Pansy estava na lista dos Sagrados Vinte e Oito, ao contrário dos outros dois, mas ao menos Adrian e Miles se gostavam de verdade, diferentemente de mim e Parkinson. Outra vantagem era o olhar de inveja que atraímos, e eu via o jeito que Rox agia sempre que nos via juntos, eu tentava agir como se não me importasse para o que ela sentia, já que sempre me lembrava do sonho que tive com ela depois do baile, do que ela falara, e do jeito que ela tratou os presentes que eu a dei.

   Mas o caso era que eu me importava bastante com ela para não me importar com nada que levasse seu nome. E foi o que aconteceu poucos dias depois do baile de inverno, todos devíamos estar preocupados com as atividades acumuladas que tínhamos, mas parecia que Nott ainda queria apanhar.

— Wow! Wow! — Risadas e palminhas. Levantei meu olhar, mesmo contrariado, para ver o que se tratava. Theodore se abaixava como se agradecesse os aplausos, fingindo reverência

— Obrigado, obrigado. — E ele continuava fazendo reverências

   Blaise se aproximou de onde eu estava, sentando-se ao meu lado, colocou sua mão direita no rosto balançando a cabeça negativamente de um lado pro outro.

— Dessa vez eu não ligo se você bater nele, não tem nenhum professor aqui mesmo. — Blaise suspirou ainda balançando a cabeça — Pode socar, não vou impedir.

   Então eu olhei para o vitorioso Theodore Nott novamente, com os garotos da Slytherin ao seu lado aplaudindo seu feito. Nicholas Grimmett, Matt Burke, Graham Montangue, Cassius Warrington, entre outros. Mas havia algo mais ali, foi quando eu percebi o objeto na mão de Nott, um livro de capa escura conhecido muito bem por todos os meninos da Slytherin. Só pelos meninos. Era “O Beijo da Cobra”.

   Esse bendito caderno não era nada normal, era o que nos fazia cobras, najas venenosas prestes a atacar. Os garotos da minha casa tinham esse costume – não sei ao certo desde quando – de fazer apostas sobre garotas. Quem pega mais meninas. É um lance primitivo na minha opinião, embora eles não liguem para o que eu penso sobre esse assunto. O caderno é atualizado semanalmente, os meninos costumam ir lá por semana e dizer as garotas que eles ficaram, o nome, sobrenome e a casa delas. O caderno é mágico, então cada menino tem o seu quadro lá, seus dados, e como o objeto se calcula sozinho não tem como ninguém roubar. Theodore Nott e Matt Burke sempre disputavam e se gabavam por estarem na frente. Isso porque eu achava aquilo a coisa mais idiota do mundo e nunca havia escrito um nome ali. Eles me chamam de mentiroso por isso, eu era o que “come quieto”, segundo eles. Já que todos dizem que tenho cara de ser galinha.

— Você está comprometido agora, Malfoy. — Disse Nott ao ver que eu olhava o livro — O que significa que precisa deixar os outros com caminho livre para... você sabe.

   Ele sorria. Eu balancei a cabeça ao pensar no que se tratava. Ele não teria essa audácia, não mesmo. Me levantei e andei até ele, o pessoal ao redor se afastou, e eu arranquei o maldito caderno de sua mão. Logo o abrindo e vendo as primeiras páginas que eram enfeitiçadas e conhecida como ‘Lista Negra’. O caso é que o caderno tem outro lado. Se um garoto estiver namorando ou gostando realmente de uma menina, ele pode escrever o nome dela na lista de proibições, que fica nas páginas negras que são enfeitiçadas para ficar sempre na primeira parte do caderno. Se o nome de alguma garota constar ali, nenhum. Nenhum mesmo dos meninos da casa podem sequer dar em cima dela. São as regras.
  
   Havia outro ponto, por mais que eu nunca tenha atualizado minha grade de beijos semanais, isso não me impedira de escrever algo na lista negra, e era exatamente isso o motivo da euforria na Comunal da Slytherin àquele dia.
  
   Não demorei para achar, só precisei abaixar um pouco meu olhar para encontrar o que Nott fizera. Uma regra era certa, nenhuma pessoa poderia apagar um nome da lista de proibições a menos a própria pessoa que a escreveu, mas isso não impedira de alguém azarar ou riscar algum nome. E lá estava... meio escondido por riscos pretos, mas ainda pouco se podia ler: “Roxanne Weasley, Gryffindor”. Eu suspirei tentando manter a calma enquanto voltava a olhar Nott, ainda com o maldito livro em minhas mãos.

— Vamos lá né, cara. Isso que você fez é mó injusto. — Começara Nott — Você pegando a Pansy e fica proibindo a gente de dar em cima da ruiva, qual é Malfoy, isso é golpe baixo. Tenho certeza que eu não sou o único aqui que quereria ficar com ela. Olha só pra ela, to...

   Mas nem ao menos deixei ele terminar, quando percebi meu punho já tinha se fechado e o nariz de Theodore sangrava, o menino cambaleou um pouco pra trás, as pessoas a volta faziam ruídos de aprovação ou incentivavam uma briga. Éramos cobras afinal.

— Você estava pedindo pra apanhar desde o dia do baile! — Só Merlim sabia o quanto me custara dizer aquelas palavras. Meu sangue fervia, meus olhos eram fogo e ele estava pedindo

— Quê? Só porque eu falei que ela tava bonita? Ou porquê eu disse que ela é gostosa? — Ele riu e eu o soquei novamente, sem dó. Derrubei o garoto no chão e já estava em cima dele, meus olhos sem foco, e nem aí pra nada, só o batendo. Era interessante como quanto mais ele apanhava, não perdia a pose. Ele sorria mesmo com a boca sangrando e seus dentes começando a se manchar com aquele vermelho vivo

— Eu já falei que ela não é pro seu bico, Nott! — Rosnei, eu não me importava com mais nada, só queria mostrar para aquele babaca que ele nunca, NUNCA iria pra cama com ela, que Rox não era como as vad** que ele dormia toda noite

— Draco? Draco? Meu Merlim! Ele vai matar o Theo! — Comecei a ouvir uns gritos assustados. Era voz de garota com certeza, mas eu não me importava — Alguém faz alguma coisa! Draco, solta ele!

— Blaise, Blaise, pelo amor de Merlim, tira o Draco de cima do Theo! — Insistia outra voz, quase histérica — Faz alguma coisa!

— Ele mereceu, meninas. O Theodore mereceu apanhar. — Devolveu outra voz, com certeza a de Blaise

   Eu suspirei. O sangue de Nott no meu punho, escorregando por toda minha mão esquerda e se misturando com o preto do esmalte das minhas unhas. A que ponto eu chegara? Socar meu amigo de infância por causa de uma garota que não tá nem aí pra mim.

   A que ponto?

  Levantei lentamente, ainda com meu corpo tremendo e me afastei de Theodore. Se eu não fizesse isso logo, talvez eu não parasse de o bater nunca. Então olhei a volta, o jeito que me olhavam, os que sorriam, as garotas assustadas. Blaise de braços cruzados e suspirando enquanto me olhava. Matt Burke rindo e segurando “O Beijo da Cobra” nas mãos, impedindo que alguma garota visse o caderno. Depois Theodore, no chão, com o rosto sangrando.

— Você não faz o tipo dela. — Sibilei pra ele já com menos fúria. Ele riu, um sorriso amedrontador por conta do sangue, e respondeu algo que eu não pude ouvir, o que era ótimo, se não ele apanharia novamente

— Ok! Ok! Acabou o show, suas cobras! — Anunciou Blaise ao desecruzar os braços e começar a afastar o pessoal, logo vindo em minha direção e me puxando pelo braço para o dormitório antes que eu pudesse bater em mais alguém — Vamos.

   O Namoro de Mentirinha não funcionara, eu ainda não consegui congelar meu sentimento por aquela maldita ruiva. Eu ainda sentia ciúmes, eu ainda a amava e isso me dava fúria. Fúria! Ódio! Ressentimento! E foi isso que me levou a dizer o que eu disse a ela no dia que ela veio falar comigo e perguntar sobre mim e Pansy, algum tempo depois. Quando ela mencionou o que éramos, o que vivemos, senti um vazio no peito e vontade de a beijar, de mostrar pra todo mundo que ela era minha, que eu sim sou o tipo dela, que eu a amo de verdade, não como os outros babacas que só acham ela bonita, ou simplesmente a querem levar pra cama. Eu realmente a amo!

   Mas notei que sou uma cobra, uma cobra venenosa, e que o amor apenas nos tornam fracos.

   E eu cansei de ser fraco.

  Ah, meu Deus kkkk. Desculpa o trauma gente. Zero traumas, né??!

  Bom, escrevi esse bônus ontem, mas o caso do caderno dos meninos da Slytherin já era algo que eu tinha descrito em um capítulo de Ordem da Fênix há duas semanas, – sim, a Rox vai descobrir o caderno – enton, tô tipo alertando a vocês sobre ele um pouco antes. Foi uma idéia que me veio por causa de um vídeo que vi no Tiktok, uma garota disse que foi pra DR e os meninos da Sly são muito de fazer apostas sobre garotas, então achei que era muito a vibe deles fazer isso, sabem? Aliás, eles são cobras, não é? Kkkk.

   Tem um filme/série/novela que vi uma vez que os garotos da escola tinham um caderno +/- assim. Eu não lembro o nome, se alguém souber deixem nos comentários por favor, quero muito reassistir.

   Ahhh, se acostumem com a ‘Realidade Falsa’, tipo o sonho do Draco que é como se fosse real e depois você se dar conta que foi só um sonho. Vai ter muitas cenas assim no quinto ano porque a Rox vai viver tendo pesadelos.

   Outra coisa, só eu que amo imaginar o Draco com unhas pintadas??

  Bom, acho que era apenas isso...

   Ah, não odeiem a Pansy. Ela vai amadurecer e vai conhecer alguém que realmente a ame. Ela e Rox vão fazer as pazes no final, só pra provar que viraram adultas. Achei isso fofo e vocês?

  O Theodore também melhora, ok??

Tô apaixonada por essa Fanart abaixo, é sério kkkk. São tão fofos e eu amo os Sonserinos.


   Sei que fiz pessoas odiarem a Pansy, mas eu amoooo ela. E na outra fanfic que vou escrever, ela será mais legal e amiga da protagonista.

“Os reis da cocada preta”
( Blaise Zabini, Theodore Nott, Pansy Parkinson, Draco Malfoy )

Kkkkkk, bom é isso.

  Amo vocês bruxinhos.

  Fiquem agora com uma sequência de fotos do meu marido, digo do Tom Felton, vulgo Draco Malfoy.

  Amo voceeees!!!

– Bjos da tia Nick.

Happy B-day, Tom
Te Amamos!
22/09/87

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