O início do trimestre de verão normalmente significava que estava chegando a última partida de quadribol da temporada. Este ano, porém, era a terceira e última tarefa do Torneio Tribruxo que estava se aproximando, mas Harry ainda não sabia qual ia ser, embora parecesse preocupado.
Finalmente, na última semana de maio, a Profa. McGonagall o reteve depois da aula de Transfiguração para o avisar que depois às nove horas da noite o Sr. Bagman estaria a espera dele e dos outros campeões para tratar da Terceira Tarefa.
Então às oito e meia Harry deixou a mim, Rony e Hermione na Torre da Gryffindor e saiu rumo ao Campo de Quadribol. Mione se voltou para ler alguns livros, enquanto Rony agora disputava uma partida de xadrez com Vega; Colin e Dênis a espreita observando o jogo.
— Honey. — Lee que estivera a um canto conversando com Fred e George me chamou ao se jogar no sofá de couro que estava vazio
Agarrei meu livro Voando com os Cannons e me aproximei do garoto com um sorriso.
— Eai, gatinho. — Falei me sentando ao lado dele e o menino sorriu com o apelido
— Que está lendo? — Perguntou passando sua mão em volta do meu ombro. Eu apenas virei para que ele visse a capa — Voando com os Cannons, não, sério, está de brincadeira?
— Que foi? — Arqueei uma sobrancelha rindo
— Você precisa de algo como a Caerphilly Catapults, o melhor time de Quadribol com certeza. — Respondeu convencido
— Mas você me deu um moletom da Chudley no meu aniversário, lembra?
— Isso porquê Fred e George me disseram que era o seu time, mas eu realmente queria te dar um moletom da Caerphilly Catapults.
— Qual o problema da Chudley?
— Nenhum, mas o Caerphilly é melhor apenas isso.
— Hum, não quer disputar comigo, não é Sr. Jordan? — Perguntei esboçando um sorriso mirando ele com meus olhos azuis
— Na verdade não, mas eu estou extremamente certo, Sta. Weasley. — Devolveu o menino me fitando com seus olhos castanhos
Ficamos nos encarando por alguns segundos, ambos com sorrisos no rosto, então ele se aproximou de mim e acabou com toda a distância depositando um beijo nos meus lábios.
— Eu jurava que aqui era um Salão Comunal, sabem?— Resmungou Rony em voz alta, fazendo eu e Lee se separar e olhar para ele. O ruivo porém tinha seus olhos voltados pro tabuleiro fingindo que não falava conosco, já Vega ria da cara dele, logo me lançando um olhar cúmplice
Eu e Lee nos entreolhamos e rindo.
— Ele é bem ciumento, não é? — Disse Jordan
— E como. — Devolvi em gargalhadas deitando minha cabeça no ombro dele e voltando minha atenção para o livro
Estar com Lee era algo que me fazia bem, e fazia feliz, mas me trazia um vazio no peito, como se algo faltasse, mas nada estava faltando, com certeza não. Eu tinha que esquecer o que passei com Draco, precisava esquecer.
— Está com sono, honey? — Lee perguntou, alguns minutos depois, enquanto agora mexia carinhosamente nos fios do meu cabelo
— Um pouco e você? Já quer se deitar? — Falei seguida de um bocejo
— Acho que vou daqui a pouco, estou bem cansado. Vai esperar o Harry?
— Acredito que sim. Se importa?
— Claro que não, honey. Eu sei que ele é seu melhor amigo. — Lee riu balançando meus cabelos
— Que bom que entende.
No mesmo instante a porta do Salão Comunal prontamente se abriu. Ao virar meu olhar para lá, vejo Harry passar por ela, seu rosto demonstrava apreensão, seus olhos perpassaram o Salão até cair sobre mim, depois Rony, Hermione e Vega. Colin e Dênis pelo visto já tinham ido dormir.
— Rox. — Ele chamou fazendo também um movimento com a mão, enquanto se dirigia até onde os meninos estavam
— Lee... — Comecei
— Tudo bem, já estou indo dormir. — Ele riu — Boa noite, honey.
— Boa noite, gatinho. — Falei depositando um selinho em seus lábios e dando um pulo do sofá — Nos vemos amanhã, tchauzinho. — Acrescentei enquanto ele se dirigia a escada para os dormitórios dos meninos, e eu ia em direção à mesa em que meu trio preferido e Vega estavam
— Achei que ele não ia embora nunca. — Rony revirou os olhos assim que eu me sentei
— Babaca ciumento. — Revirei os olhos rindo da atitude e da cara do meu irmão
— Hey. — Harry chamou nossa atenção — Escutem, é sério.
Então Harry começou a narrar uma história bem louca, no início estava ok, quando ele mencionou que a Terceira Tarefa seria entrar em um labirinto, passar por algumas distrações e encontrar a Taça Tribuxo que estará no centro dele, mas então Harry contou do que aconteceu depois que o Sr. Bagman contou tudo, pelo que parece Krum chamou Harry para conversar, e enquanto os dois andavam pela floresta acabaram encontrando o Sr. Crouch que parecia estar louco, falava com as árvores como se estivesse convencido de que fossem Percy e mencionava coisas sobre seu filho ou Você-Sabe-Quem, além de alegar a Harry que queria ver o Prof. Dunbledore. Harry então pediu que Krum ficasse com ele enquanto o próprio iria atrás do Prof. Dunbledore, mas quando voltaram encontram apenas Krum ao chão, estuporado e nenhum sinal do Sr. Crouch, o que com certeza era BASTANTE estranho.
Eu, Rony, Mione e Vega escutamos tudo em silêncio, mas boquiabertas com a narração. E só quando ele terminou de contar tudo até o momento em que o Prof. Dunbledore pediu à Hagrid para trazê-lo ao castelo, foi que falamos alguma coisa.
— A coisa se resume no seguinte. — Disse Hermione esfregando a testa — Ou o Sr. Crouch atacou Vítor ou outra pessoa atacou os dois, quando Vítor não estava olhando.
— Deve ter sido o Crouch. — Disse Rony na mesma hora — É por isso que ele já tinha desaparecido quando Harry e Dumbledore chegaram lá. Deu no pé.
— Não teria sentido ele fazer isso quando foi ele quem pediu a Harry para buscar o Prof. Dumbledore. — Disse Vega enrugando a testa
— Exato. Não acho que foi ele. — Disse Harry balançando a cabeça — Ele parecia realmente fraco, acho que não tinha forças para desaparatar nem nada.
— Ninguém pode desaparatar nas terras de Hogwarts, já não disse isso a vocês um montão de vezes? — Reclamou Hermione
— OK... então que tal esta outra teoria. — Propôs Rony excitado: — Krum atacou Crouch, não, peraí, então se estuporou!
— E o Sr. Crouch de repente se evaporou, não é mesmo? — Falei com frieza
— Ah, é...
O dia estava amanhecendo. Eu, Rony, Harry, Hermione e Vega tínhamos saído muito cedo dos nossos dormitórios e corrido até o corujal, juntos, a despachar um bilhete para Sirius. Agora estávamos parados contemplando os jardins cobertos de névoa. Nós cinco estávamos pálidos, os olhos inchados, porque ficamos conversando até tarde sobre o Sr. Crouch.
— Vamos recapitular, Harry. — Disse Hermione — Que foi que o Sr. Crouch realmente disse?
— Já falei que ele não estava fazendo muito sentido. — Repetiu Harry — Disse que queria prevenir Dumbledore sobre alguma coisa. Tenho certeza de que ele mencionou Berta Jorkins e parecia achar que ela estava morta. Não parava de repetir que muita coisa era culpa dele... mencionou o filho.
— Bem, isso foi culpa dele. — Disse Hermione irritada
— Ele estava delirando. — Continuou Harry — Metade do tempo dava a impressão de acreditar que a mulher e o filho ainda estavam vivos, e ele não parava de falar com Percy sobre serviço e de lhe dar instruções.
— E... o que foi mesmo que ele disse sobre Você-Sabe-Quem? — Perguntei, insegura
— Eu já contei. — Respondeu Harry chateado — Disse que ele está ficando mais forte.
Houve uma pausa. Então Rony num tom de falsa segurança disse:
— Mas ele estava delirando, conforme você falou, portanto metade disso provavelmente era só delírio...
— Ele ficava mais sensato quando tentava falar de Voldemort. — Disse Harry, não dando atenção à careta de Rony — Estava realmente com dificuldade para formar frases, mas isso era quando parecia que sabia onde estava e o que queria fazer. Ele não parava de dizer que queria ver Dumbledore.
Harry se afastou da janela e olhou para os caibros do telhado. Metade dos numerosos poleiros estavam vazios; de vez em quando, mais uma coruja entrava voando por uma das janelas, voltando de uma caçada noturna com um rato no bico.
— Se Snape não tivesse me atrasado. — Comentou Harry — Talvez a gente tivesse chegado lá a tempo. “O diretor está ocupado, Potter... Que tolice é essa, Potter?” Por que ele simplesmente não saiu do caminho?
— Talvez não quisesse que vocês chegassem lá! — Disse Rony depressa — Talvez, calma aí, com que rapidez você acha que ele poderia ter ido até a Floresta? Você acha que ele podia ter chegado lá antes de você e Dumbledore?
— Não, a não ser que ele seja capaz de se transformar num morcego ou outra coisa do gênero.
— Eu não duvido nada. — Murmurou Vega
— Precisamos ver o Prof. Moody. — Disss Hermione — Precisamos descobrir se ele encontrou o Sr. Crouch.
— Se tivesse levado o Mapa do Maroto com ele, teria sido fácil. — Disse Harry
— A não ser que Crouch já tivesse saído de Hogwarts. — Lembrei — Porque o mapa só mostra o que está dentro dos limites, não...
— Psiu! — Exclamou Vega de repente
Alguém estava subindo a escada para o corujal. Eu ouvi duas vozes discutindo, nada desconhecidas, e cada vez mais próximas.
— ... isso é chantagem, é o que é, e poderíamos nos meter em uma baita enrascada por causa disso...
— ... tentamos ser gentis, está na hora de jogar sujo com o cara. Ele não ia gostar que o Ministério da Magia soubesse o que ele fez...
— Estou falando, se você puser isto por escrito, será chantagem!
— É, mas você não ia reclamar se conseguíssemos um bom pagamento por isso, ia?
A porta do corujal se abriu com estrondo. Fred e George apareceram no portal e em seguida congelaram ao verem a mim, Rony, Harry, Mione e Vega.
— Que é que vocês estão fazendo aqui? — Perguntaram Rony, Harry e Fred ao mesmo tempo
— Despachando uma carta. — Respondemos eu e George em uníssono
— Quê, a esta hora? — Se admiraram Hermione, Vega e Fred
Fred sorriu.
— Ótimo, nós não perguntamos o que vocês estão fazendo, se vocês não nos perguntarem. — Disse ele
Ele segurava um envelope fechado na mão. Eu dei uma olhada, mas Fred, fosse por acaso ou de propósito, escorregou a mão, tampando o nome do destinatário.
— Bem, não se prendam por nós. — Disse ele, fazendo uma reverência cômica e indicando a porta.
Rony não se mexeu e eu muito menos.
— Quem é que vocês estão chantageando? — Perguntei
O sorriso desapareceu do rosto de Fred. Eu vi George olhar Fred de relance antes de sorrir para mim.
— Não seja idiota, eu só estava brincando. — Disse ele à vontade
— Não parecia. — Insistiu Rony
Fred e George se entreolharam. Então Fred disse abruptamente:
— Já lhe avisamos antes, Rony, não meta o nariz se gosta do feitio que ele tem. Não vejo por que você iria meter, mas...
— Mas é da minha conta se vocês estiverem chantageando alguém. George tem razão, vocês poderiam acabar numa baita enrascada.
— Já lhe disse, eu estava brincando. — Disse George. Ele foi até Fred, tirou a carta das mãos do irmão e começou a prendê-la à perna da coruja-de-igreja mais próxima — Você está começando a falar como o nosso querido irmão mais velho, sabe, Rony. Continue assim e vai acabar monitor-chefe.
— Não, não vou, não! — Protestou Rony indignado
George levou a coruja até a janela e deixou-a levantar voo.
Ele se virou e sorriu para mim e depois para Rony.
— Bem, então pare de dizer às pessoas o que fazer. Até mais tarde, irmãozinhos.
Ele e Fred saíram do corujal. Eu, Rony, Harry, Hermione e Vega ficamos se entreolhando.
— Vocês não acham que eles sabem alguma coisa dessa história toda, acham? — Sussurrou Hermione — Do Crouch e todo o resto?
— Não. — Disse Harry — Se fosse uma coisa séria assim eles contariam a alguém. Contariam a Dumbledore.
Rony, no entanto, assim como eu, estava com um ar constrangido.
— Que foi? — Perguntou Hermione
— Bem... — Respondeu Rony lentamente — Não sei se contariam. Eles... ultimamente estão obcecados com a ideia de fazer dinheiro, notei isso quando estava andando com eles, quando... vocês sabem...
— Nós dois não estávamos nos falando. — Harry terminou a frase para ele — É, mas chantagem...
— É essa ideia deles de abrirem uma loja de logros. — Suspirei — Antes eu pensei que estivessem falando nisso só para aborrecer mamãe, mas estão realmente falando sério, querem abrir uma loja. Só falta um ano para eles terminarem Hogwarts, eles não param de falar que está na hora de pensar no futuro e papai não pode ajudá-los, precisam de ouro para começar um negócio.
Agora era Hermione que estava com um ar constrangido.
— Sei, mas... eles não fariam nada contra a lei para conseguir ouro. Fariam?
— Se fariam? — Disse Rony com uma expressão de ceticismo — Não sei... eles não se importam muito de desrespeitar o regulamento, não é mesmo?
— É, mas estamos falando da Lei. — Disse Hermione, parecendo amedrontada — Não é de um simples regulamento de escola... vão receber muito mais que detenção por uma chantagem! Talvez seja melhor vocês contarem ao Percy...
— Você ficou maluca? — Exclamei — Contar ao Percy? Ele provavelmente ia fazer como o Crouch, e entregaria os dois.
Rony, assim como eu, ficou olhando a janela por onde partira a coruja de Fred e George, depois o meu irmão disse:
— Vamos gente, vamos tomar café.
— Vocês acham que é muito cedo para procurar o Prof. Moody? — Perguntou Vega quando descemos a escada circular
— Acho. — Respondeu Harry — Ele provavelmente nos detonaria pela porta se nós o acordássemos com o dia nascendo. Ia pensar que estamos querendo atacá-lo dormindo. Vamos esperar até a hora do intervalo.
Hello bruxinhos!
E eu que estava ocupada arrumando o cabelo, aí coloquei o audiolivro de Harry Potter e a Ordem da Fênix, para eu escutar o capítulo enquanto arrumava, aí começou a parte do capítulo do jogo de quadribol, o Lee Jordan lá narrando, aí minha mãe foi e disse:
— Oxe, e tás assistindo futebol de vez de arrumar o cabelo é?
Kkkkkkkkkkkk Genteeeeeeee, morri na hora.
Mas ok, quem viu o que eu postei nos avisos sabe que me irritei bastante com algo nesse capítulo...
“E é Johnson – Johnson com a goles, que jogadora é essa garota, é o que venho dizendo há anos, mas ela continua a não querer sair comigo...”
– JORDAN! – berrou a Profa McGonagall.
“... é só uma gracinha, professora, um toque de interesse humano.”
Sim, eu fiquei com ciúmes, como se eu fosse a Rox kkkkk. SOCORROOOOO.
Ok, ok.
– Bjos da tia Nick.