𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco...

Od nick_weasleymalfoy

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𝐀 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘 | ❝É difícil ser especial quando só se é mais uma dentre oito, e essa sou eu, só mais uma... Viac

𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐞𝐚𝐬𝐥𝐞𝐲
{01} O embarque na plataforma 9¾
{02} O Chapéu seletor
{03} O Mestre das Poções
{04} O Lembrol de Neville
{05} O Cérbero do 3° Andar
{06} O Caso Gringotes
{07} Dia das bruxas
{08} Jogo de Quadribol
{09} Quem é Nicolau Flamel?
{10} O Natal e os Desejos Profundos
{11} Norberto, o dragão Norueguês
{12} Floresta Proibida
{13} Estranho encapuzado
{14} No alçapão
{15} O Jogo Vivo
{16} Taça das casas
{17} Fim de ano
{18} Carro enfeitiçado
{19} A toca
{20} Floreios e Borrões
{21} De volta à plataforma 9¾
{22} O berrador
{23} Mandrágoras e discussões
{24} Gilderoy Lockhart
{25} O novo apanhador da Slytherin
{26} Sangue ruim
{27} A dança no salão
{28} Detenção
{29} Aniversário de morte
{30} A mensagem na parede
{31} História da Magia
{32} Poções Muy Potentes
{33} O balaço errante
{34} Enfermaria e Amuletos protetores
{35} O Clube dos Duelos
{36} Ofidioglota
{37} A Poção Polissuco
{38} Beijo de Natal
{39} Diário e banheiro inundado
{40} Cartão Cantado
{41} Diário roubado
{42} Na Cabana de Hagrid
{43} Aragogue
{44} Câmara Secreta Pt. 1
{45} Câmara Secreta Pt. 2
{46} Caso Solucionado
{47} Fim de Ano
{48} Férias
{49} Dementador
{50} Terceiro ano
{51} Folhas de chá
Leiam aqui!
{52} Bicuço
Bônus de Aniversário | Draco Malfoy
{53} Amigos
Aviso!!
{54} Riddikulus!
{55} Não é real
{56} Noite das garotas
{57} A fuga da Mulher Gorda
{58} Garota Mistério
{59} Segredos
{60} Amarga derrota
{61} O Mapa do Maroto
{62} Hogsmeade
{63} Presentes de Natal
{64} O sumiço de Perebas
{65} Gryffindor versus Ravenclaw
{66} A 2° invasão de Sirius Black
{67} O Ressentimento de Snape
{68} A final do Campeonato de Quadribol
{69} Exames finais
{70} O assassinato do Hipogrifo
{71} Gato, Rato e Cão
{72} Sirius Black
{73} Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas
{74} O Segredo de Vega Misttigan
{75} O Servo do Lorde das Trevas
{76} O beijo do dementador
{77} Enfermaria
{78} Malfeito feito
{79} Fim de Ano
{80} Férias
{81} A Chave de Portal
Bônus 30K | Vega Misttigan
{82} Bagman e Crouch
{83} A Copa Mundial de Quadribol
{84} A Copa Mundial de Quadribol Pt. 2
{85} A Marca Negra
{86} Caos no Ministério
{87} A bordo do Expresso de Hogwarts
{88} O Torneio Tribuxo
{89} Olho-Tonto Moody
{90} Falsas Predições
{91} Beauxbatons e Durmstrang
{92} O Cálice de Fogo
{93} Os Quatro Campeões
{94} Amigos Improváveis
{95} Doninha Albina
{96} O Juiz Imparcial
{97} Amizade quebrada
{98} Primeira Tarefa
{99} O Convite de Rita Skeeter
{100} A Frente de Liberação dos Elfos Domésticos
{101} Aula de Dança
║ 𝐆𝐫𝐮𝐩𝐨 𝐓𝐖
{102} Convites
Bônus 40/50K | Lavender Brown
{103} Nos Preparativos
{104} O Baile de Inverno
Bônus 60K: O baile, by: Draco
{105} Coração em Pedaços
{106} O Furo Jornalístico de Rita Skeeter
{107} O Improvável
{108} A Segunda Tarefa
{109} Um dia nem tão especial
{110} 01/03/1986
Bônus 70K: Charlie Weasley
{111} A Volta de Almofadinhas
𝐏𝐚𝐭𝐫𝐨𝐧𝐮𝐬
{113} A Loucura do Sr. Crouch
{114} Azarações e a Cicatriz
Bônus de Aniversário | Hermione Granger
{115} Mais uma Manchete
Bônus: Namoro de Mentirinha
{116} A Terceira Tarefa
Bônus 80K: Ginny Weasley
{117} Cruciatus!
{118} A Terceira Tarefa Pt. final
{119} Declínio
Bônus 90K: Rony Weasley
{120} O Começo
{121} Fim de Ano
Bônus 100K: Sol Lestrange
║ 𝐄𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥 𝐐&𝐀
║ 𝐄𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐇𝐚𝐥𝐥𝐨𝐰𝐞𝐞𝐧
║ 𝐆𝐚𝐥𝐥𝐞𝐫𝐲
║ 𝐁𝐨𝐨𝐤 𝟐

{112} Eu Odeio Rita Skeeter!

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Od nick_weasleymalfoy

    No domingo, eu, Rony, Harry, Hermione e Vega subimos ao corujal depois do café da manhã, para enviar uma carta a Percy, perguntando, conforme Sirius sugerira, se ele tinha visto o Sr. Crouch ultimamente. Usamos Edwiges, porque fazia muito tempo que ela não recebia uma tarefa. Depois que a vimos desaparecer no horizonte pela janela do corujal, descemos à cozinha para dar a Dobby as meias novas.

   Os elfos domésticos nos receberam com grande alegria, fazendo mesuras e reverências e se apressando em preparar um chá. Dobby ficou extasiado com o presente. Embora quando saímos de lá, o ânimo dos elfos não estavam dos melhores, pra variar, Hermione começou com sua política de que elfos merecem salário e acabou os assustando, nos fazendo ser expulsos de lá, e Rony ficar super irritado com a garota. Mas ao menos conseguimos uma boa quantidade de comida para mandar para Sirius.

   Foi um dia meio irritante depois disso. Harry ficou tão cansado de Rony e Hermione se agredirem durante o dever de casa, na sala comunal, que, naquela noite, levou sozinho a comida de Sirius para o corujal, mas logo Vega saiu correndo para o acompanhar. Eu por outro lado tentei me concentrar em um livro, enquanto Jordan me fazia companhia.

— Vai ter uma chuva de meteoros no final de abril, o que acha? — Propôs ele com ar empolgado enquanto mexia no meu cabelo

— Acho perfeito. Qual horário?

—  01:24. — Respondeu em sussurro, meio acanhado — Não deveria te chamar, tô te trazendo para o mau caminho, né? Te chamando para sair de madrugada...

— Qual é, Lee. Cê age como se eu fosse um anjo. — Dei de ombros animada o fazendo rir — Liridias?

— Sim, como você sabe?

— Não deveria ter me dado um livro de Astronomia, vou ficar melhor que você. — Comentei fazendo o menino rir e cruzar os braços

≪━─━─━─━─◈─━─━─━─━≫

   No dia seguinte, à hora do café da manhã, o mau humor de Rony e Hermione já se desgastara e, para o meu alívio e de Harry, as previsões sombrias de Rony de que os elfos domésticos mandariam comida de qualidade abaixo do normal para a mesa da Gryffindor, porque Hermione os ofendera, se provaram falsas; o bacon com ovos e o peixe defumado estavam bons como sempre.

   Quando o correio-coruja chegou, Hermione ergueu os olhos, ansiosa; parecia estar à espera de alguma coisa.

— Ainda não deu tempo para Percy responder. — Disse Rony — Só despachamos a Edwiges ontem.

— Não, não é isso. — Falou Hermione — Fiz uma nova assinatura do Profeta Diário, estou cheia de descobrir o que acontece pela boca da turma da Slytherin.

— Bem pensado! — Exclamou Harry, também erguendo os olhos para as corujas — Ei, Mione acho que você está com sorte...

   Uma coruja cinzenta vinha descendo em direção à garota.
  
— Mas ela não está trazendo nenhum jornal. — Comentou Hermione, com ar de desapontamento — É...

   Mas para seu espanto, a coruja cinzenta pousou diante do seu prato acompanhada de perto por mais quatro corujas-de-igreja, uma coruja parda e uma avermelhada.

— Quantas assinaturas você fez? — Perguntei agarrando a taça de Hermione antes que ela fosse derrubada pelo ajuntamento de corujas, todas se empurrando para chegar mais perto e entregar as cartas que traziam primeiro

— Que diabo...? — Exclamou Hermione, tirando a carta da coruja cinzenta e abrindo-a para ler.

  “Ora francamente!”, disse ela com veemência, corando.

— Que é? — Perguntou Rony

— É, ora que ridículo... — A garota empurrou a carta para mim, que observei que não era manuscrita, mas composta por letras aparentemente recortadas do Profeta Diário

  Você não PresTA. HaRRy PottEr meREce umA gaRotA melhoR. Volte paRa o seu lugAR trOUxa.
 
— São todas iguais! — Exclamou Hermione desesperada, abrindo uma carta atrás da outra — “Harry Potter pode arranjar uma namorada melhor do que alguém da sua laia...” “Você merece ser cozida com ovas de rã...” Ai!

   Hermione abrira o último envelope e um líquido verde-amarelado, que cheirava fortemente a gasolina, derramou-se em suas mãos, fazendo irromper nelas grandes tumores amarelos.
  
— Pus de bubotúbera puro! — Disse Rony, apanhando, desajeitado, o envelope e cheirando-o

— Ai! — Exclamou Hermione, as lágrimas enchendo seus olhos quando tentou limpar as mãos em um guardanapo, mas seus dedos agora estavam tão cobertos de feridas dolorosas que ela parecia até estar usando um par de grossas luvas com bolotas

— É melhor você ir depressa à ala hospitalar. — Disse Harry, quando as corujas ao redor da amiga levantaram vôo — Diremos à Profa. Sprout aonde é que você foi...

— Eu avisei a ela! — Disse Rony quando Hermione saiu correndo do Salão Principal aninhando as mãos no colo — Avisei a ela para não aborrecer Rita Skeeter! Olhe só esta aqui... — Ele leu uma das cartas que Hermione tinha deixado para trás— “Li no Semanário das Bruxas como você está enganando o Harry Potter, um garoto que já teve uma vida bastante atribulada, por isso no próximo correio vou lhe mandar um feitiço, é só eu encontrar um envelope suficientemente grande.” Caracas, é melhor ela se cuidar!

— Queria muito saber quem anda fazendo essas coisas, tadinha da Mione, esse povo está indo longe demais... Ah, meninos, têm como mandar uma das Maldições Imperdoáveis pelo correio? — Perguntei de forma retórica recebendo um olhar intrigado e indagador dos dois meninos — Que foi? Só foi uma pergunta.

   Hermione não apareceu na aula de Herbologia. Quando eu, Rony e Harry deixamos a estufa para a aula de Trato das Criaturas Mágicas, vimos Malfoy, Crabbe e Goyle descendo os degraus da entrada do castelo. Pansy Parkinson cochichava e ria atrás deles com a turminha de garotas da Slytherin. Ao avistar Harry, ela gritou:

— Potter, você já brigou com a sua namorada? Por que ela estava tão perturbada no café da manhã?

   Harry ignorou-a; não queria dar a Pansy a satisfação de saber quanto mal o artigo do Semanário das Bruxas causara. Mas eu tinha uma forte vontade de socar a cara daquela idiota, não só pelo comentário, mas eu senti uma fúria mais imensa tomar conta de mim quando ela passou a mão pelo braço de Draco e me encarou com um nítido sorriso superior. Ah, como eu queria quebrar aquele braço dela... ah, como eu queria usar uma das Maldições Imperdoáveis agora... só um crucio...

   Hagrid, que avisara na aula anterior que havíamos terminado com os unicórnios, estava aguardando os alunos à frente da cabana, com um estoque recém-chegado de caixotes, abertos aos seus pés. O meu ânimo afundou ao avistar os caixotes – com certeza não era outra ninhada de explosivins? –, mas quando nos aproximamos o suficiente para ver dentro, nos deparamos com uma quantidade de bichos peludos e negros com longos focinhos. As patas dianteiras eram curiosamente chatas como pás, e eles erguiam os olhos piscando para a classe, parecendo educadamente intrigados com toda aquela atenção. Não podíamos negar que eram extremamente fofos. Eu já tinha ouvido falar deles, Charlie já tinha comentado, mas eu nunca tinha visto um.

— São pelúcios. — Anunciou Hagrid, quando a turma se agrupou ao seu redor — São encontrados principalmente em minas. Gostam de coisas brilhantes... aí vêm eles, olhem.

   Um dos bichos tinha saltado repentinamente e tentado arrancar o relógio de ouro de Pansy Parkinson do pulso. Ela que estava agarrada à Malfoy, gritou e deu um pulo para trás. Eu não pude evitar dar uma gargalhada, e ela me lançou um olhar sério assim que se recompôs.
  
— São bastante úteis para procurar pequenos tesouros. — Disse Hagrid satisfeito — Achei que podíamos nos divertir com eles hoje. Estão vendo ali adiante? — Ele apontou para um terreno em que a terra fora recentemente revolvida — Enterrei ali algumas moedas de ouro. Tenho um prêmio para quem apanhar o pelúcio que encontrar mais moedas. Guardem as coisas valiosas que estiverem usando, escolham um bicho e se preparem para soltá-lo.

   Lav se voltou para mim animada enquanto tirava o colar, que eu havia a presenteado no natal, e as pulseiras do braço, uma delas igual a que ela me deu no natal, mas com o outro pedaço do coração, pelo que eu percebi as duas se completavam, a dela, porém tinha um F, enquanto a minha tinha um B. Era de Best Friends. Retirei também meus colares, e as pulseiras do braço, ao levantar meu olhar percebi que Draco observava atentamente o colar em minha mão, o que tinha a minha inicial, ao ver que eu o encarava, ele desviou o olhar. Eu ainda queria entender o problema dele com esse colar.

   Sem prestar mais atenção nele, apenas apanhei um pelúcio. O bicho enfiou o longo focinho na minha orelha e cheirou-a entusiasmado. Era realmente muito fofo, e eu desejei absurdamente ter um daquele.

— Oi, fofinho. — Saudei-o rindo, e me senti como Charlie, falando com os animais

— Esperem um instante. — Disse Hagrid olhando para dentro do caixote — Tem um pelúcio sobrando aqui... quem está faltando? Onde está Hermione?

— Ela precisou ir à ala hospitalar. — Informou Rony

— A gente explica mais tarde. — Murmurou Harry; a cara de buldogue Pansy Parkinson estava escutando.

   Foi sem dúvida a maior diversão que já tínhamos tido em Trato das Criaturas Mágicas. Os pelúcios entravam e saíam da terra como se fossem água, cada qual correndo de volta ao aluno que o soltara e cuspindo ouro em suas mãos. O de Rony foi particularmente eficiente; não tardou a encher seu colo de moedas.

— Pode se comprar um desses como bicho de estimação, Hagrid? — Perguntou meu irmão excitado, quando o pelúcio dele tornou a mergulhar no solo sujando suas vestes de lama

— Eles são tão fofinhos. — Exclamei admirando o meu pelúcio — São caros, Hagrid?

— Acredito que a mãe de vocês não iria ficar feliz, gêmeos. — Disse Hagrid sorrindo — Eles destroem uma casa, esses pelúcios.

— Como se ela tivesse dinheiro pra comprar um animal desse. — Pude ouvir Parkinson sussurrar para umas amigas da Slytherin, mas apenas revirei os olhos

— Calculo que agora eles já encontraram tudo que enterrei. — Acrescentou Hagrid, andando pelo terreno, enquanto os bichos continuavam a mergulhar — Só enterrei cem moedas. Ah, aí está você, Hermione!

   A garota vinha atravessando o gramado em direção à turma. Tinha as mãos enfaixadas e parecia bem infeliz. Pansy Parkinson a observou com desconfiança, sempre bisbilhoteira.

— Bem, vamos verificar como foi que vocês se saíram! — Disse Hagrid — Contem suas moedas! E não adianta tentar roubar nenhuma, Goyle. — Acrescentou ele, estreitando os olhos negros de besouro — É ouro de duende irlandês, de leprechaun. Desaparece depois de algumas horas.

   Goyle esvaziou os bolsos, emburradíssimo. O resultado final foi que o pelúcio de Rony tinha sido o mais bem-sucedido, então Hagrid entregou ao garoto o prêmio: uma enorme barra de chocolate da Dedosdemel. A sineta ecoou pelos jardins anunciando o almoço; o restante da turma saiu em direção ao castelo, mas eu, Rony Harry e Hermione ficamos para ajudar Hagrid a guardar os pelúcios nos caixotes. Não pude deixar de notar que Madame Maxime nos observava da janela da carruagem.

— Que foi que você fez com as suas mãos, Mione? — Perguntou Hagrid, com o ar preocupado

   A garota lhe contou sobre as cartas anônimas que recebera àquela manhã e sobre o envelope cheio de pus de bubotúberas.

— Aaah, não se preocupe. — Disse Hagrid brandamente, fitando-a — Recebo cartas assim desde que a Rita escreveu sobre minha mãe. “Você é um monstro e devia ser morto.” “Sua mãe matou gente inocente e se você tivesse alguma decência se atiraria no lago.”

— Não! — Exclamou Hermione chocada

— Sim! — Respondeu Hagrid, erguendo os caixotes de pelúcios para guardá-los junto à parede da cabana — É gente que não bate bem, Mione. Não abra mais cartas quando as receber. Jogue todas direto na lareira.

— Você perdeu uma aula realmente boa. — Comentei com Hermione quando regressavamos ao castelo — São legais, os pelúcios, na verdade extremamente fofos, não são, Rony? Harry?

— Também achei eles legais. — Concordou Harry

   Rony, porém, estava franzindo a testa para o chocolate dado por Hagrid. Parecia absolutamente desapontado com alguma coisa.

— Que foi? — Perguntou Harry — Sabor errado?

— Não. — Disse Rony com rispidez — Por que você não me falou do ouro?

— Que ouro? — Perguntou Harry

— O ouro que lhe dei na Copa Mundial de Quadribol. — Disse Rony — O ouro de leprechaun que lhe paguei pelos meus onióculos e os de Rox. No camarote de honra. Por que você não me contou que ele desapareceu?

— Ah... — Disse Harry parecendo se lembrar de repente — Não sei... nunca reparei que tinha desaparecido. Eu estava mais preocupado com a minha varinha, não era?

   Nós quatro subimos os degraus para o saguão de entrada e fomos para o Salão Principal almoçar.
  
— Deve ser legal. — Falou Rony abruptamente, depois que nos sentamos e começamos a se servir de rosbife e pudim de Yorkshire, massa assada embaixo de carne sangrenta — Ter tanto dinheiro que nem se repara que os galeões guardados no bolso desapareceram.

   Me remexi desconfortável na cadeira, entendia bem porque ele falava assim, mas apenas levei uma colher de pudim a boca, sem falar coisa alguma.
  
— Escuta aqui, eu tinha outras preocupações na cabeça aquela noite! — Retrucou Harry com impaciência — Todos tínhamos, lembra?

— Eu não sabia que ouro de leprechaun desaparecia. — Murmurou Rony — Achei que estava lhe pagando. Você não devia ter me dado aquele boné do Chudley Cannon no Natal. Ele te deu presentes, Rox?

— Um blusão do Chudley. — Respondi ainda mexendo na comida — Realmente não precisava, Harry.

— Esqueçam isso, tá? — Disse Harry

   Rony espetou uma batata assada com o garfo e ficou olhando para ela. Depois disse:
  
— Detesto ser pobre.

   Harry e Hermione se entreolharam como se nenhum dos dois soubesse realmente o que dizer.

— Rony. — Coloquei minha mão sobre o ombro dele

— É uma droga. — Disse ele, ainda encarando a batata — Não posso culpar o Fred e o George por tentarem ganhar um dinheirinho extra. Gostaria de saber fazer o mesmo. Gostaria de ter um pelúcio.

— Bem, então já sabemos o que comprar para você no próximo Natal. — Disse Hermione animada. Mas vendo que o amigo continuava chateado, acrescentou: — Vamos Rony, podia ser pior. Pelo menos os seus dedos não estão cheios de pus — Hermione estava encontrando muita dificuldade para usar os talheres, de tão inchados e duros que seus dedos estavam — Odeio aquela Skeeter! — Explodiu a garota com raiva — Vou me vingar dela nem que seja a última coisa que eu faça!

— Quiser ajuda, é só falar, Mione. — Falei voltando minha atenção para a minha comida

≪━─━─━─━─◈─━─━─━─━≫

   As cartas anônimas continuaram a chegar para Hermione nas semanas seguintes e, embora ela tivesse seguido o conselho de Hagrid e parado de abri-las, vários remetentes odiosos mandaram berradores, que explodiam à mesa da Gryffindor gritando-lhe ofensas que o salão inteiro podia ouvir. Infelizmente, ela não me deixou enviar azarações em forma de cartas pra ninguém, às vezes ela é tão sem graça. O caso era que até as pessoas que não liam o Semanário das Bruxas agora sabiam tudo sobre o suposto triângulo amoroso Harry-Krum-Hermione. Harry estava ficando farto de explicar a todo mundo que Hermione não era sua namorada.

— Mas isso vai passar. — Disse ele à amiga — É só a gente ignorar... as pessoas já acharam um tédio o último artigo que ela escreveu sobre mim...

— Quero saber como é que ela está conseguindo escutar conversas particulares se supostamente foi banida dos terrenos da escola! — Disse Hermione zangada

   Ela continuou na sala quando terminou a aula seguinte de Defesa Contra as Artes das Trevas para fazer uma pergunta ao Prof. Moody. O restante da turma estava ansioso para sair; o professor nos dera uma prova tão difícil sobre deflexão de feitiços que alguns alunos estavam cuidando de pequenos ferimentos. Harry teve um caso grave de Comichão nas Orelhas e precisou tampá-las com as mãos ao sair da sala. Eu por outro lado estava com alguns machucados nos dedos, mas nada de mais.

— Bem, decididamente Rita não está usando uma Capa da Invisibilidade! — Ofegou Hermione ao alcançar eu e os meninos cinco minutos mais tarde, no saguão de entrada, e puxar a mão de Harry para afastá-la de uma orelha que se contorcia sozinha, para que o garoto pudesse ouvi-la — Moody disse que não viu Skeeter nas proximidades da mesa dos juízes no dia da segunda tarefa, nem em lugar algum perto do lago!

— Hermione, será que adianta lhe dizer para deixar isso para lá? — Perguntou Rony

— Não! — Exclamou a garota teimosamente — Quero saber como foi que ela me ouviu falando com o Vítor! E como foi que ela descobriu a história da mãe de Hagrid!

— Talvez ela tenha posto um grampo em você. — Disse Harry

— Um grampo? — Perguntou Rony sem entender

— O quê... como assim? Ela pôs um prendedor no cabelo dela ou outra coisa assim? — Perguntei também intrigada

    Harry então começou a explicar sobre uns tais microfones escondidos e os equipamentos de gravação, coisas de trouxas.
   
   Eu e Rony ficamos fascinados, mas Hermione nos interrompeu.
  
— Será que vocês nunca vão ler Hogwarts: uma história?

— Para quê? — Respondeu Rony — Você conhece o livro de cor, é só a gente lhe perguntar.

— Ele tá certo. — Falei rindo. Mione bufou antes de explicar

— Todas as alternativas para a magia que os trouxas usam, eletricidade, computadores, radar etc., entram em pane perto de Hogwarts, tem magia demais no ar. Não, Rita está usando magia para escutar conversas, se eu ao menos conseguisse descobrir o que é... aah, se for ilegal, eu pego ela...

— Será que a gente já não tem bastante preocupação? — Perguntou Rony à amiga — Temos que começar também uma vendeta contra a Rita?

— Eu odeio Rita Skeeter! — Comecei a cantarolar em tom risonho — Vamos me ajudem... abaixe a ditadura, por um mundo sem Skeeter. Que ela seja expulsa do mundo bruxo. Não aguentamos essa... o que rima com Skeeter?

  Eles me olharam enquanto eu fingia um protesto, Rony começou a rir assim como Harry, Mione no entanto revirou os olhos.
 
— Não estou pedindo ajuda a vocês! — Retrucou ela — Vou fazer isso sozinha!

   E subiu a escadaria de mármore sem sequer olhar para trás. Eu tinha certeza absoluta de que ela estava indo à biblioteca.

— Quer apostar que ela volta com uma caixa cheia de distintivos Odeio Rita Skeeter?!

— Seria divertido. — Concluí

   Hermione, porém, não pediu nem a mim, nem aos meninos para ajudá-la a se vingar de Rita Skeeter, pelo que nós três ficamos muito gratos, porque a nossa carga de deveres aumentou muito nos dias que antecederam as férias da Páscoa. Eu fiquei maravilhada que Hermione pudesse pesquisar métodos mágicos para a pessoa escutar sem ser vista e ainda dar conta de todas as tarefas que tinha que fazer. Eu mesma estava trabalhando sem descanso só para conseguir terminar todos os deveres, embora fizesse um esforço grande para dar atenção a Lee quando possível. No geral apenas ficávamos juntos no Salão Comunal, cada um fazendo suas tarefas sem conversar.

   Edwiges só apareceu no fim das férias da Páscoa. A carta de Percy veio acompanhando um pacote de ovos de Páscoa enviado por mamãe. Os meus, de Harry e Rony eram do tamanho de ovos de dragão e cheios de caramelos caseiros. O de Hermione, porém, era menor do que um ovo de galinha. A garota ficou desapontada ao recebê-lo.

— Por acaso a mãe de vocês lê o Semanário das Bruxas? — Perguntou ela baixinho a mim e Ron

— Lê. — Expliquei com a a boca cheia de caramelos, assim como Rony — Tem assinatura por causa das receitas de comida.

   Hermione ficou olhando tristemente o ovinho recebido, e eu não sabia ao certo o que dizer para ela.
  
— Não quer ver o que Percy escreveu? — Perguntou Harry, depressa

   A carta de Percy era curta e irritada.
  
   Conforme canso de dizer ao Profeta Diário, o Sr. Crouch está tirando um merecido descanso. Ele me manda, regularmente, corujas trazendo instruções. Não, na realidade não o tenho visto, mas acho que podem acreditar que conheço a caligrafia do meu superior. Tenho muito que fazer no momento, sem precisar estar desmentindo esses boatos ridículos. Por favor, não me incomodem mais a não ser que seja para alguma coisa importante. Feliz Páscoa.

— Sempre tão gentil. — Revirei os olhos quando finalizei a leitura

  Hello bruxinhos!

   Acho que seria engraçado um protesto contra a Rita Skeeter, não acham? Kkkkk.

   Tô ficando cada vez mais nervosa com o passar dos capítulos; nas cenas de Ordem da Fênix que estou escrevendo, a cada dia só piora, e piora... As coisas só ficam mais ruins, e já começa pelo fato que no final do quarto ano, a Rox vai estar meio em depression, e no quinto ano ela vai estar pior, bem mal, sempre. E os acontecimentos estão tipo... uma montanha russa que só vai pra baixo, é sério... E estou necessariamente com vontade de socar o Draco, mas ok. Espero que estejam preparados para os próximos capítulos de Cálice de Fogo, meu olhos ficam marejados só de pensar...

   Pelas votações no capítulo anterior, acho que todos concordar em ser “O Urso”, não é?

   Votem e comentem, pleaseeeeee.

   Queria bater 100K de leituras antes do início da segunda parte de The Weasley... (^.^) (^.^)

– Bjos da tia Nick.

Pokračovať v čítaní

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