𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco...

By nick_weasleymalfoy

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𝐀 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘 | ❝É difícil ser especial quando só se é mais uma dentre oito, e essa sou eu, só mais uma... More

𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐞𝐚𝐬𝐥𝐞𝐲
{01} O embarque na plataforma 9¾
{02} O Chapéu seletor
{03} O Mestre das Poções
{04} O Lembrol de Neville
{05} O Cérbero do 3° Andar
{06} O Caso Gringotes
{07} Dia das bruxas
{08} Jogo de Quadribol
{09} Quem é Nicolau Flamel?
{10} O Natal e os Desejos Profundos
{11} Norberto, o dragão Norueguês
{12} Floresta Proibida
{13} Estranho encapuzado
{14} No alçapão
{15} O Jogo Vivo
{16} Taça das casas
{17} Fim de ano
{18} Carro enfeitiçado
{19} A toca
{20} Floreios e Borrões
{21} De volta à plataforma 9¾
{22} O berrador
{23} Mandrágoras e discussões
{24} Gilderoy Lockhart
{25} O novo apanhador da Slytherin
{26} Sangue ruim
{27} A dança no salão
{28} Detenção
{29} Aniversário de morte
{30} A mensagem na parede
{31} História da Magia
{32} Poções Muy Potentes
{33} O balaço errante
{34} Enfermaria e Amuletos protetores
{35} O Clube dos Duelos
{36} Ofidioglota
{37} A Poção Polissuco
{38} Beijo de Natal
{39} Diário e banheiro inundado
{40} Cartão Cantado
{41} Diário roubado
{42} Na Cabana de Hagrid
{43} Aragogue
{44} Câmara Secreta Pt. 1
{45} Câmara Secreta Pt. 2
{46} Caso Solucionado
{47} Fim de Ano
{48} Férias
{49} Dementador
{50} Terceiro ano
{51} Folhas de chá
Leiam aqui!
{52} Bicuço
Bônus de Aniversário | Draco Malfoy
{53} Amigos
Aviso!!
{54} Riddikulus!
{55} Não é real
{56} Noite das garotas
{57} A fuga da Mulher Gorda
{58} Garota Mistério
{59} Segredos
{60} Amarga derrota
{61} O Mapa do Maroto
{62} Hogsmeade
{63} Presentes de Natal
{64} O sumiço de Perebas
{65} Gryffindor versus Ravenclaw
{66} A 2° invasão de Sirius Black
{67} O Ressentimento de Snape
{68} A final do Campeonato de Quadribol
{69} Exames finais
{70} O assassinato do Hipogrifo
{71} Gato, Rato e Cão
{72} Sirius Black
{73} Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas
{74} O Segredo de Vega Misttigan
{75} O Servo do Lorde das Trevas
{76} O beijo do dementador
{77} Enfermaria
{78} Malfeito feito
{79} Fim de Ano
{80} Férias
{81} A Chave de Portal
Bônus 30K | Vega Misttigan
{82} Bagman e Crouch
{83} A Copa Mundial de Quadribol
{84} A Copa Mundial de Quadribol Pt. 2
{86} Caos no Ministério
{87} A bordo do Expresso de Hogwarts
{88} O Torneio Tribuxo
{89} Olho-Tonto Moody
{90} Falsas Predições
{91} Beauxbatons e Durmstrang
{92} O Cálice de Fogo
{93} Os Quatro Campeões
{94} Amigos Improváveis
{95} Doninha Albina
{96} O Juiz Imparcial
{97} Amizade quebrada
{98} Primeira Tarefa
{99} O Convite de Rita Skeeter
{100} A Frente de Liberação dos Elfos Domésticos
{101} Aula de Dança
║ 𝐆𝐫𝐮𝐩𝐨 𝐓𝐖
{102} Convites
Bônus 40/50K | Lavender Brown
{103} Nos Preparativos
{104} O Baile de Inverno
Bônus 60K: O baile, by: Draco
{105} Coração em Pedaços
{106} O Furo Jornalístico de Rita Skeeter
{107} O Improvável
{108} A Segunda Tarefa
{109} Um dia nem tão especial
{110} 01/03/1986
Bônus 70K: Charlie Weasley
{111} A Volta de Almofadinhas
𝐏𝐚𝐭𝐫𝐨𝐧𝐮𝐬
{112} Eu Odeio Rita Skeeter!
{113} A Loucura do Sr. Crouch
{114} Azarações e a Cicatriz
Bônus de Aniversário | Hermione Granger
{115} Mais uma Manchete
Bônus: Namoro de Mentirinha
{116} A Terceira Tarefa
Bônus 80K: Ginny Weasley
{117} Cruciatus!
{118} A Terceira Tarefa Pt. final
{119} Declínio
Bônus 90K: Rony Weasley
{120} O Começo
{121} Fim de Ano
Bônus 100K: Sol Lestrange
║ 𝐄𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥 𝐐&𝐀
║ 𝐄𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐇𝐚𝐥𝐥𝐨𝐰𝐞𝐞𝐧
║ 𝐆𝐚𝐥𝐥𝐞𝐫𝐲
║ 𝐁𝐨𝐨𝐤 𝟐

{85} A Marca Negra

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By nick_weasleymalfoy

    Eu tinha um enorme sorriso no rosto, estava tão feliz de uma forma que só queria pular ou gritar. Me virei para dar uma última olhada em Draco, eu queria lhe dar um abraço, mas com os pais deles ali e meu pai aqui, fica meio difícil. Percebendo que eu o olhava ele sorriu e assentiu enquanto pelo canto da boca sussurrava um “Te vejo em Hogwarts”. E assim saiu junto de seus pais.

— Não conte à sua mãe que andou apostando. — Implorou papai a Fred e George, quando juntos desciamos, lentamente, as escadas forradas com carpete púrpura

— Não se preocupe, papai. — Disse Fred feliz — Temos grandes planos para esse dinheiro, não queremos que ele seja confiscado.

   Por um instante, pareceu que papai ia perguntar que grandes planos eram aqueles, mas em seguida, pensando melhor, decidiu que não queria saber.
  
   Logo fomos engolfados pela multidão que saía do estádio e regressava aos acampamentos. O ar da noite trazia aos nossos ouvidos cantorias desafinadas quando retomavamos o caminho iluminado por lanternas, os leprechauns continuavam a sobrevoar a área em alta velocidade, rindo, tagarelando, sacudindo as lanternas. Quando chegamos finalmente às barracas,   ninguém estava com vontade de dormir e, dado o nível da barulheira, a toda volta, papai concordou que podíamos tomar, juntos, uma última xícara de chocolate, antes de se deitar.

   Logo estávamos discutindo prazerosamente a partida; papai se deixou envolver por Charlie em uma polêmica sobre jogo bruto. Fred e George cantarolavam enquanto giravam com as bandeiras verde da Irlanda. Então, de repente Rony subiu em cima da mesinha.

— Não existe ninguém como Krum... — Começou teatralmente

— Krum, o bobão? — Brincou Fred e então ele e George começaram a girar em torno de Rony cantarolando o nome de Krum

— Ele parece um pássaro cortando o vento. — Continuou Rony olhando para o teto com uma cara encantada — Ele é mais do que um atleta, ele é um artista.

— Acho que está apaixonado, Rony. — Brincou Ginny rindo-se da cara dele

— Ah, não enche! — Murmurou ele descendo de cima da mesa

— Eu casaria de boas com o Krum, lindo e atleta, também acho que seja um artista. — Comentei em tom brincalhão

— Vitor eu te amo. — Fred começou a cantarolar sendo acompanhado por George e Harry — Vitor eu te amo sim.

— Quando estamos distantes... Meu coração bate só por você. — Entrei na onda me levantando e começando a cantar também

   E somente alguns minutos depois quando Ginny caiu no sono em cima da mesinha e derramou chocolate quente pelo chão que papai deu um basta nas retrospectivas verbais e insistiu que todos fôssemos se deitar. Vestimos ambos nossos pijamas e nos deitamos nas beliches. Do outro lado do acampamento ainda ouviamos muita cantoria e uma batida que ecoava estranhamente.

— Ah, fico feliz de não estar de serviço. — Papai murmurou cheio de sono — Eu não iria gostar nem um pouco de ter que dizer aos irlandeses que eles precisam parar de comemorar.

   Eu, que ocupava a cama superior do beliche de Rony, fiquei olhando para o teto de lona da barraca, observando o brilho ocasional das lanternas dos leprechauns que sobrevoavam o acampamento e visualizando alguns dos lances mais espetaculares de Krum. Pude me imaginar usando vestes de quadribol com meu nome nas costas e imaginei a sensação de ouvir uma multidão de cem mil pessoas berrando, enquanto a voz de Ludo Bagman ecoava pelo estádio “Com vocês... WEASLEY!”. Seria uma sensação tão boa e assim eu fui adormecendo aos poucos, nunca cheguei a saber o que sonhei aquela noite, só que de repente ouvi papai gritar.

— Levantem! Rony, Rox, Harry, vamos logo, levantem, é urgente! Ginny? Hermione?

   Me sentei depressa e o cocuruto da minha cabeça bateu na lona do teto.
  
— O que aconteceu, papai? — Perguntei

   Vagamente percebi que alguma coisa não estava bem. O barulho no acampamento tinha mudado. A cantoria parara. Agora eu ouvia gritos e um tropel de gente correndo. Desci da beliche as pressas e coloquei um grande casaco por cima do meu pijama, assustada. 

— Não temos tempo, apanhem uma jaqueta e saiam, depressa! — Alertou papai para os meninos que tinham apanhado uma roupa

   Obedecemos e saímos correndo da barraca, Rony veio logo atrás de mim.
  
   À luz das poucas fogueiras que ainda ardiam, vi gente correndo para a floresta, fugindo de alguma coisa que avançava pelo acampamento em sua direção, alguma coisa que emitia estranhos lampejos e ruídos que lembravam tiros. Caçoadas em voz alta, risadas e berros de bêbedos se aproximavam; depois uma forte explosão de luz verde, que iluminou a cena.

   Um grupo compacto de bruxos, que se moviam ao mesmo tempo e apontavam as varinhas para o alto, vinha marchando pelo acampamento. Tentei apertar os olhos para enxergá-los... não pareciam ter rostos... então percebi que tinham as cabeças encapuzadas e os rostos mascarados. No alto, pairando sobre eles no ar, quatro figuras se debatiam, forçadas a assumir formas grotescas. Era como se os bruxos mascarados no chão fossem titereiros e as pessoas no alto, marionetes movidas por cordões invisíveis que subiam das varinhas erguidas. Duas das figuras eram muito pequenas.

   Mais bruxos foram se reunindo ao grupo que marchava, riam e apontavam para os corpos no ar. Barracas se fechavam e desabavam à medida que a multidão engrossava. Uma ou duas vezes vi um bruxo explodir uma barraca com a varinha para desimpedir o caminho. Outras tantas pegaram fogo.

   A gritaria foi se avolumando. As pessoas no ar foram repentinamente iluminadas ao passarem sobre uma barraca em chamas, e reconheci uma delas – o Sr. Roberts, o gerente do acampamento. As outras três, pelo jeito, deviam ser sua mulher e seus filhos. Um dos arruaceiros virou a Sra. Roberts de cabeça para baixo com a varinha; a camisola dela caiu deixando à mostra suas enormes calças; ela tentava se cobrir enquanto a multidão embaixo dava guinchos e vaias de alegria.

— Que coisa doentia. — Murmurou Rony, observando a menor das crianças trouxas, que começara a rodopiar feito um pião, quase vinte metros acima do chão, a cabeça sacudindo molemente de um lado para outro — Que coisa realmente doentia...

   Eu ainda paralisada com a cena, passei meu braço pelo de Rony pra ter certeza de que meu irmão estava ali comigo e não iria embora.
  
   Hermione e Ginny vieram correndo ao nosso encontro, vestindo casacos por cima das camisolas, seguidas de perto por papai. No mesmo momento, Bill, Charlie e Percy saíram da barraca inteiramente vestidos, com as mangas enroladas e as varinhas em punho.

— Vamos ajudar o pessoal do Ministério. — Gritou papai para ser ouvido com aquele barulho, enrolando as próprias mangas — Vocês... vão para a floresta e fiquem juntos. Irei apanhá-los quando resolvermos este problema aqui!

   Bill, Charlie e Percy já estavam correndo em direção aos baderneiros que se aproximavam; papai saiu depressa atrás deles. Bruxos do Ministério convergiam de todas as direções para o foco do problema. A multidão sob a família Roberts se aproximava sempre mais.

— Anda. — Disse Fred, agarrando a mão de Ginny e começando a puxá-la para a floresta. Eu, ainda agarrada ao braço de Rony, Harry, Hermione e George o acompanhamos.

   Todos olhamos para trás ao alcançarmos as árvores. Os manifestantes sob a família Roberts eram mais numerosos que nunca; vimos os bruxos do Ministério tentando chegar aos bruxos encapuzados no centro, mas encontravam grande dificuldade. Aparentemente estavam com medo de executar algum feitiço que pudesse fazer a família Roberts despencar. As lanternas coloridas que antesiluminavam o caminho para o estádio tinham sido apagadas. Vultos escuros andavam perdidos entre as árvores; crianças choravam; ecoavam gritos ansiosos e vozes cheias de pânico por todo o lado no ar frio da noite. Me senti empurrada para cá e para lá por pessoas cujos rostos eu não conseguia distinguir. Então ouvimos Rony dar um berro de dor e caiu esparramado no chão, eu por pouco não cai com ele.

— Rony? — Me abaixei depressa

— Que aconteceu? — Perguntou Hermione ansiosa, parando tão abruptamente que Harry quase deu um encontrão nela — Rony, Rox, onde é que vocês estão? Ah, mas que burrice... Lumus!

   Ela iluminou a varinha e apontou o fino feixe de luz para o caminho vendo Rony que estava esparramado no chão e eu tentando o ajudar a levantar.

— Tropecei numa raiz de árvore. — Disse ele aborrecido, pondo-se de pé. — E essa doida não solta o meu braço por nada.

   Aborrecida me afastei dele cruzando os braços, mas ainda com medo.
  
— Não precisa colocar a culpa nos outros, Weasley. Tendo pés desse tamanho, é meio difícil não tropeçar. — Disse uma voz arrastada às nossas costas

   Eu e os meninos nos viramos rapidamente. Era Draco, ele estava parado sozinho perto de nós, encostado a uma árvore, numa atitude de total descontração. Os braços cruzados, parecia ter estado a olhar a cena no acampamento por uma abertura entre as árvores.

— Draco... — Sussurrei ainda com medo, tentando me manter firme no chão mesmo estando com vontade de abraçar ele

   Rony disse a Malfoy que fosse fazer uma coisa que eu sabia que meu irmão jamais teria se atrevido a dizer na frente de mamãe.

— Olha a boca suja, Weasley. — Disse Draco, seus olhos claros reluzindo — Não é melhor você se apressar, agora? Não quer que descubram sua amiga, não é?

   Ele indicou Hermione com a cabeça e, neste instante, ouvimos no acampamento uma explosão como a de uma bomba, e um relâmpago verde iluminou momentaneamente as árvores à nossa volta.

— Que é que você quer dizer com isso? — Perguntou Hermione em tom de desafio

— Granger, eles estão caçando trouxas. — Disse Malfoy como se fosse óbvio — Você vai querer mostrar suas calcinhas no ar? Porque se quiser, fique por aqui mesmo... eles estão vindo nessa direção, só tô tentando te alertar, mas já que não quer minha ajuda. — Acrescentou dando de ombros

   Ouvimos um estampido do outro lado das árvores mais alto do que qualquer dos anteriores. Várias pessoas que estavam próximas gritaram.

— Eles se assustam fácil, não é? — Disse Draco com a fala mole — Imagino que o papai disse a vocês para se esconderem? Que é que ele está fazendo, tentando salvar os trouxas?

— Onde estão os seus pais? — Perguntou Harry, parecendo enraivecido — Lá no acampamento usando máscaras, é isso?

   Malfoy virou o rosto para Harry, ainda sorrindo.
  
— Ora... se eles estivessem, eu não iria dizer a você, não é mesmo, Potter?

— Não seja idiota Harry! — Impliquei — É óbvio que eles estão ajudando o Ministério a parar esse ataque, ou sei lá, você julga demais as pessoas!

— Você está defendendo ele? — Rony se virou pra mim quase vermelho de tão irritado — Eu não acredito nisso! Minha própria irmã. Por que ( e falou uma palavra tão absurdamente horrível que Hermione teve que o repreender ) você está defendendo ele, sua idiota?!

— E porque você tá gritando com ela, seu imbecil? — Draco se aproximou com o olhar sério fixo em Rony que olhou pra Draco e depois pra mim totalmente enfurecido

— Vamos gente, bora atrás dos gêmeos e da Ginny, deixa a Rox com o amiguinho dela.

— Rony. — Chamei, mas ele não me deu atenção

   E assim os três simplesmente começaram a andar sem nem se importar comigo. Draco se aproximou e passou uma mão no meu rosto.

— Você tá bem?

— Eu só estava assustada, e... não consegui ficar calada quando o Harry acusou sua família, eu não sei. — Joguei as palavras ao vento sem nem olhar para o rosto dele

— Obrigada por me defender de qualquer forma. Me desculpa, mas seu irmão é meio babaca.

— Meio? — Só então o olhei e ri — Ele é irritadinho, só isso. — E então passei meu olhar pra ver se tinha alguém por perto — Posso te dar um abraço? Ainda tô com medo.

   Ele se aproximou de mim e me abraçou, ele tinha crescido consideravelmente nas férias, e eu mal batia no sei peito, e então ele me deu um beijo no topo da minha cabeça, enquanto sussurrou:

— Não se preocupe, raio de sol. Não vai acontecer nada com você.

   Nos afastamos e eu sorri olhando agora em seus olhos, o cabelo dele reluzia um pouco e puxa, mesmo no escuro ele estava lindo.

— Acho melhor eu ir atrás dos meus irmãos. — Falei suspirando fundo

— Se quisesse ir com eles deveria ter ido antes, não posso deixar você sair sozinha pela floresta.

— Você acabou de dizer que nada vai acontecer comigo, Draco. — Rebati e ele suspirou fundo

— Tá, eu vou com você, quando avistarmos os seus irmãos, eu volto pra me encontrar com meus pais, certo?

— Tá bom então. — Sorri concordando ainda com um pouco de medo

   Então percebi uma luz no céu. Por uma fração de segundo, pensei que fosse outra formação de duendes irlandeses. Depois percebi que era um crânio colossal, aparentemente composto por estrelas de esmeralda e uma cobra saindo da boca como uma língua. Enquanto olhava, o crânio foi subindo cada vez mais alto, envolto em uma névoa de fumaça esverdeada, recortando-se contra o céu noturno como uma nova constelação.

   De repente, toda a floresta ao nosso redor explodiu em gritos com a súbita aparição do crânio, que agora estava alto o suficiente para iluminar toda a floresta, como um letreiro macabro de néon.

— Vem, Rox. — Draco me puxou agora falando em um tom sério — Vamos logo.

— O que aconteceu? Draco você está apertando o meu braço! — Murmurei — O que deu em você, é por causa daquilo no céu?

— Você não sabe o que é aquilo? — Ele parou e se virou pra mim de repente

— Deveria? — Arqueei uma sobrancelha intrigada

— Não, você tem razão. — E abriu um sorriso sem vida — Vem, vamos encontrar seu pai ou seus irmãos. Assim que eu te deixar com eles, vou atrás dos meus pais, vão ficar loucos imagino, pois eu não fiquei esperando eles onde eu disse que ficaria. — Falou segurando a minha mão e retornando a andar rapidamente

— Caso queira voltar, eu vou sozinha.

— Não! — Ele se virou pra mim em um tom sério que me assustou — Quero dizer... prefiro saber que você vai estar segura, vem.

   Continuamos andando com ele puxando a minha mão, mas havia muitas pessoas assustadas na floresta andando para lá e para cá, mas eu não avistava ninguém de cabelos avermelhados flamejantes e então, com a pressa acabei trombando em alguém.

— Desculpa. — Eu falei para o homem alto, Draco estava prestes a continuar me puxando quando eu levantei meu rosto e reconheci quem era o homem a qual eu tinha esbarrado — Sr. Bagman?

— Ora, você é a filha do Arthur não é? — Ele perguntou em um tom amênuo

— Sim senhor. — Respondi e Draco parou ainda segurando minha mão e olhando para Ludo Bagman — O senhor viu meu pai?

— Ah, sim. Arthur está procurando a mocinha, acho que ele já deve ter retornado para a barraca, foi por ali com seu irmão, Harry Potter e a garota. Se quiser eu levo você até lá.

— Obrigada, Sr. Bagman. — Falei com um sorriso e me virei para Draco — Melhor você ir encontrar os seus pais, nos vemos em Hogwarts.

   Ele abriu um leve sorriso concordando e também se despediu de mim, logo indo embora e eu acompanhei o Sr. Bagman.

— Aquele era o filho dos Malfoy? — Perguntou em tom distraído

— Am? Ah... é... sim. — Respondi meio acanhada, ele apenas sorriu e não falou mais nada

  Notei uma grande aglomeração na saída da florestal, mas logo passamos e chegamos ao acampamento. Tudo estava silencioso agora, não havia sinais de bruxos mascarados, embora várias barracas destruídas ainda fumegassem. A medida que nos aproximavamos da barraca da minha família consegui ouvir algumas vozes de lá, pareciam está discutindo.
  
— E o que te deu na cabeça pra simplesmente deixar ela lá sozinha?

— Se ela quisesse teria nos seguido, mas preferiu ficar lá com o amiguinho dela, sabia que ela é amiga do Draco Malfoy, papai?

— Ronald, isso não vem ao caso, a sua irmã pode estar em perigo! Eu vou atrás dela!

   Mas no mesmo momento eu passei pela abertura da barraca com o Sr. Bagman vindo logo atrás de mim e todos se viraram perplexos. Bill estava sentado à pequena mesa da cozinha, apertando um braço com um lençol, que sangrava profusamente. Charlie tinha um rasgão na camisa e tinha uma feição de nítida preocupação, igual a papai, e Percy ostentava um nariz ensanguentado. Fred, George e Ginny pareciam ilesos, embora abalados. Papai estava discutindo com Rony, e Harry e Hermione em pé ao lado deles.

— Arthur, meu velho. — Comprimentou o Sr. Bagman — Encontrei sua filha perdida na floresta.

   Papai correu até meu encontro e me abraçou enquanto agradecia ao Sr. Bagman.

— Obrigada mesmo Ludo. Eu estava já indo atrás dela, sabe como é né. Crianças.

— Entendo sim Arthur. Bom eu vou indo. — E se virou para mim — Não se perca de novo mocinha. Boa noite, pessoal. — Acrescentou e logo aparatou

— Onde você estava, Roxanne? — Papai me soltou e olhou em meus olhos

— Procurando vocês, é claro. Desde que o Rony gritou comigo e me deixou sozinha na floresta! — Expliquei passando o olhar em todos

— Do jeito que você fala até parece que eu sou um monstro. — Murmurou Rony cruzando os braços — Por que não diz ao papai com quem você estava?

— Chega! — Papai nos repreendeu

— Alguém saberia me dizer, o que era aquele crânio lá no céu? As pessoas ficaram loucas quando viram.

— Seu amiguinho não te contou? — Perguntou Rony entredentes

— Ele não é meu amigo, Ronald! Deixa de ser idiota.

— É o símbolo do Você-Sabe-Quem, Rox. — Disse Hermione, antes que mais alguém pudesse responder — Li sobre ele em Ascensão e queda das artes das trevas.

— E não é visto há treze anos. —Acrescentou papai em voz baixa — É claro que as pessoas entraram em pânico... foi quase o mesmo que rever Você-Sabe-Quem.

— Mas, não estou entendendo. — Disse Rony, franzindo a testa, obviamente meu irmão também não tinha ideia do que era aquilo — Quero dizer... é apenas uma forma no céu...

— Rony, Você-Sabe-Quem e seus seguidores projetavam a Marca Negra no céu sempre que matavam alguém. — Disse papai — O terror que isso inspirava... vocês não fazem ideia, eram muito crianças. Mas imagine a pessoa chegar em casa e encontrar a Marca Negra pairando sobre ela, sabendo o que vai encontrar lá dentro... — Papai fez uma careta — O que todos temem mais... temem mais do que tudo...

   Houve um silêncio momentâneo.

   Então Bill, levantando o lençol do braço para verificar o corte, disse:
  
— Bem, não fez nenhum bem à gente esta noite, quem quer que tenha conjurado aquilo. A Marca Negra afugentou os Comensais da Morte no momento em que a viram. Todos desaparataram antes que chegássemos bastante próximos para arrancar a máscara deles. Aliás, seguramos os Roberts antes que atingissem o chão. A memória deles está sendo alterada.

— Que bom que estão bem então. — Falei

— Comensais da Morte? — Perguntou Harry — Que são Comensais da Morte?

   Só então percebi que eu também não sabia o que era e olhei para Bill que estava prestes a explicar.

— É como os seguidores de Você-Sabe-Quemse chamam, um nome que deram a si próprios. Acho que vimos o que restou deles hoje à noite, pelo menos os que conseguiram ficar fora de Azkaban.

— Não podemos provar que eram eles, Bill. — Disse papai — Embora provavelmente tenham sido. — Acrescentou desanimado

— É, aposto que eram! — Disse Rony repentinamente — Papai, quando encontramos Draco Malfoy na floresta, o amiguinho de Rox, ele praticamente nos disse que o pai dele era um dos idiotas mascarados! E todos sabemos que os Malfoy eram íntimos de Você-Sabe-Quem!

— Ele não disse isso Ronald!  — O repreendi

— Viu papai, ela é amiga dele!

— Eu não sou não!

— É sim!

— Não sou não!

— Mas... — Começou Harry em voz alta para se sobrepor à mim e Rony — ...o que é que os seguidores de Voldemort... — E, todos nos encolhemos ao ouvir aquele nome — Desculpem. — Acrescentou depressa — Mas o que é que os seguidores de Você-Sabe-Quem pretendiam fazendo aqueles trouxas levitar? Quero dizer, qual era o objetivo?

— O objetivo? — Disse papai com uma risada desanimada — Harry, essa é a ideia que fazem de uma brincadeira. Metade das mortes de trouxas quando Você-Sabe-Quem estava no poder foi feita de brincadeira. Imagino que eles tenham tomado uns drinques esta noite e não puderam resistir ao impulso de nos lembrar que um grande número deles continua em liberdade. Uma reuniãozinha simpática. — Terminou ele desgostoso

— Mas se eles eram realmente os Comensais da Morte, por que desaparataram quando viram a Marca Negra? — Perguntou Rony — Deveriam ter ficado felizes de ver a marca, não?

— Tente usar os miolos, Rony. — Disse Charlie — Se eles eram realmente os Comensais da Morte, se viraram de todo o jeito para não serem mandados para Azkaban quando Você-Sabe-Quem perdeu o poder, e contaram um monte de mentiras de que ele os forçara a matar e torturar gente. Aposto como sentiriam ainda mais medo do que nós ao ver que ele estava voltando. Negaram que estivessem metidos com Você-Sabe-Quem quando ele perdeu o poder e voltaram às suas vidinhas de sempre... acho que o Lorde não ficaria muito satisfeito de ver essa gente, não é mesmo?

— Então... quem conjurou a Marca Negra... — Comecei a falar lentamente — Estava fazendo isso para manifestar apoio ou amedrontar os Comensais da Morte?

— O seu palpite vale tanto quanto o meu, Rox. — Disse papai — Mas vou-lhe dizer uma coisa... somente os Comensais eram capazes de conjurar a Marca. Eu ficaria muito surpreso se a pessoa que a conjurou não tivesse sido um dia Comensal da Morte, mesmo que não o seja agora... Olhem, é muito tarde, e se sua mãe ouvir falar do que aconteceu vai morrer de preocupação. Vamos dormir mais um pouco e depois tentar pegar um portal bem cedo para sair daqui. — Acrescentou ele depressa — E mais tarde quero saber direitinho onde você tava, Senhorita Roxanne.

— Mas papai, eu já disse, o Rony me deixou sozinha, os três foram procurar Fred, George e Ginny e me deixaram com o Draco, dá pra acreditar? Imagina a capacidade, ele poderia ter me matado já que ele é um comensal, não é? — Expliquei tentando demonstrar o máximo de sinceridade possível, não podia em hipótese alguma revelar ser amiga dele; Charlie me lançou um olhar de que não acreditava em nada do que eu dizia, mas não falou nada. Rony apenas cruzou os braços

— Tá bom então... melhor sua mãe não saber disso. Agora, vamos pra cama, todos. — Suspirou papai

   Andei até o meu beliche com a cabeça zunindo. Sabia que devia estar me sentindo exausta; eram quase três horas da manhã, mas estava completamente acordada, preocupada com aquilo que tinha acontecido. Draco sabia bem que aquele crânio significava alguma coisa, por isso me puxou com pressa e não queria me deixar lá sozinha, mas tudo isso é tão estranho.

   Pela primeira vez em treze anos, a Marca de Você-Sabe-Quem apareceu no céu. Que significava essas coisas?

   Fiquei contemplando a lona, mas não me ocorreu nenhum devaneio em que voasse para me ajudar a adormecer e somente muito tempo depois, quando os roncos de Charlie encheram a barraca, foi que eu finalmente adormeci.

◇───────◇───────◇

  Hello bruxinhos!

   A cada capítulo eu fico mais animada kkkk, ah, mano. Esse ano está muito bom, sério. ('•_•)

   Eu já ansiosa pra postar o capítulo do baile kkkkk. Deus me segura.

– Bjos da tia Nick

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