𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco...

By nick_weasleymalfoy

816K 79.5K 44.1K

𝐀 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘 | ❝É difícil ser especial quando só se é mais uma dentre oito, e essa sou eu, só mais uma... More

𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐞𝐚𝐬𝐥𝐞𝐲
{01} O embarque na plataforma 9¾
{02} O Chapéu seletor
{03} O Mestre das Poções
{04} O Lembrol de Neville
{05} O Cérbero do 3° Andar
{06} O Caso Gringotes
{07} Dia das bruxas
{08} Jogo de Quadribol
{09} Quem é Nicolau Flamel?
{10} O Natal e os Desejos Profundos
{11} Norberto, o dragão Norueguês
{12} Floresta Proibida
{13} Estranho encapuzado
{14} No alçapão
{15} O Jogo Vivo
{16} Taça das casas
{17} Fim de ano
{18} Carro enfeitiçado
{19} A toca
{20} Floreios e Borrões
{21} De volta à plataforma 9¾
{22} O berrador
{23} Mandrágoras e discussões
{24} Gilderoy Lockhart
{25} O novo apanhador da Slytherin
{26} Sangue ruim
{27} A dança no salão
{28} Detenção
{29} Aniversário de morte
{30} A mensagem na parede
{31} História da Magia
{32} Poções Muy Potentes
{33} O balaço errante
{34} Enfermaria e Amuletos protetores
{35} O Clube dos Duelos
{36} Ofidioglota
{37} A Poção Polissuco
{38} Beijo de Natal
{39} Diário e banheiro inundado
{40} Cartão Cantado
{41} Diário roubado
{42} Na Cabana de Hagrid
{43} Aragogue
{44} Câmara Secreta Pt. 1
{45} Câmara Secreta Pt. 2
{46} Caso Solucionado
{47} Fim de Ano
{48} Férias
{49} Dementador
{50} Terceiro ano
{51} Folhas de chá
Leiam aqui!
{52} Bicuço
Bônus de Aniversário | Draco Malfoy
{53} Amigos
Aviso!!
{54} Riddikulus!
{55} Não é real
{56} Noite das garotas
{57} A fuga da Mulher Gorda
{58} Garota Mistério
{59} Segredos
{60} Amarga derrota
{61} O Mapa do Maroto
{62} Hogsmeade
{63} Presentes de Natal
{64} O sumiço de Perebas
{65} Gryffindor versus Ravenclaw
{66} A 2° invasão de Sirius Black
{67} O Ressentimento de Snape
{68} A final do Campeonato de Quadribol
{69} Exames finais
{70} O assassinato do Hipogrifo
{71} Gato, Rato e Cão
{72} Sirius Black
{73} Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas
{74} O Segredo de Vega Misttigan
{75} O Servo do Lorde das Trevas
{76} O beijo do dementador
{77} Enfermaria
{78} Malfeito feito
{79} Fim de Ano
{80} Férias
{81} A Chave de Portal
Bônus 30K | Vega Misttigan
{82} Bagman e Crouch
{83} A Copa Mundial de Quadribol
{85} A Marca Negra
{86} Caos no Ministério
{87} A bordo do Expresso de Hogwarts
{88} O Torneio Tribuxo
{89} Olho-Tonto Moody
{90} Falsas Predições
{91} Beauxbatons e Durmstrang
{92} O Cálice de Fogo
{93} Os Quatro Campeões
{94} Amigos Improváveis
{95} Doninha Albina
{96} O Juiz Imparcial
{97} Amizade quebrada
{98} Primeira Tarefa
{99} O Convite de Rita Skeeter
{100} A Frente de Liberação dos Elfos Domésticos
{101} Aula de Dança
║ 𝐆𝐫𝐮𝐩𝐨 𝐓𝐖
{102} Convites
Bônus 40/50K | Lavender Brown
{103} Nos Preparativos
{104} O Baile de Inverno
Bônus 60K: O baile, by: Draco
{105} Coração em Pedaços
{106} O Furo Jornalístico de Rita Skeeter
{107} O Improvável
{108} A Segunda Tarefa
{109} Um dia nem tão especial
{110} 01/03/1986
Bônus 70K: Charlie Weasley
{111} A Volta de Almofadinhas
𝐏𝐚𝐭𝐫𝐨𝐧𝐮𝐬
{112} Eu Odeio Rita Skeeter!
{113} A Loucura do Sr. Crouch
{114} Azarações e a Cicatriz
Bônus de Aniversário | Hermione Granger
{115} Mais uma Manchete
Bônus: Namoro de Mentirinha
{116} A Terceira Tarefa
Bônus 80K: Ginny Weasley
{117} Cruciatus!
{118} A Terceira Tarefa Pt. final
{119} Declínio
Bônus 90K: Rony Weasley
{120} O Começo
{121} Fim de Ano
Bônus 100K: Sol Lestrange
║ 𝐄𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥 𝐐&𝐀
║ 𝐄𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐇𝐚𝐥𝐥𝐨𝐰𝐞𝐞𝐧
║ 𝐆𝐚𝐥𝐥𝐞𝐫𝐲
║ 𝐁𝐨𝐨𝐤 𝟐

{84} A Copa Mundial de Quadribol Pt. 2

4.1K 432 137
By nick_weasleymalfoy

   Formação de ataque de Hawkshead – li enquanto assistia a três artilheiros irlandeses voarem juntos, Troy no meio, um pouco à frente de Mullet e Moran, e investirem contra os búlgaros. Manobra de Ploy, li em seguida, quando Troy fingiu que ia subir com a goles, atraindo a artilheira búlgara Ivanova, e deixou cair a bola para Moran. Um dos batedores búlgaros, Volkov rebateu violentamente, com o seu pequeno bastão, um balaço que passava, derrubando-o no caminho de Moran; Moran se abaixou para evitar o balaço e soltou a goles; e Levski, que voava mais abaixo, apanhou-a...

  “GOL DE TROY!”, berrou Bagman, e o estádio estremeceu com o rugido dos aplausos e vivas. “Dez a zero para a Irlanda?”

— Quê? — Berrei nervosa, observando o campo com o onióculo — Mas Levski é que está com a goles!

— Rox, se você não observar em velocidade normal, vai perder todos os lances! — Gritou Hermione, que dançava aos pulos, agitando os braços no ar, enquanto Troy dava uma volta no campo para comemorar o gol. Espiei depressa por cima do onióculo e vi que os leprechauns, que assistiam ao jogo na extremidade do campo, tinham novamente levantado voo e formavam o grande trevo refulgente. Na outra extremidade, as veelas assistiram a essa exibição em silêncio.

— Que droga! — Murmurei

   Furiosa comigo mesma, girei o botão de volta à velocidade normal quando o jogo recomeçou. Eu entendia o suficiente de quadribol para saber que os artilheiros irlandeses eram fantásticos. Deslocavam-se em harmonia, parecendo ler o que ia nas mentes uns dos outros, pela maneira com que se posicionavam, e a roseta no meu peito não parava de guinchar o nome deles: “Troy – Mullet – Moran!” Em dez minutos a Irlanda marcou mais duas vezes, elevando sua vantagem para trinta a zero e provocando uma onda de gritos e aplausos dos torcedores de verde.

   A partida se tornou ainda mais rápida, porém mais brutal. Volkov e Vulchanov, os batedores búlgaros, atiravam os balaços com bastonadas fortíssimas nos artilheiros irlandeses e estavam começando a impedi-los de executar alguns dos seus melhores movimentos; duas vezes eles foram obrigados a dispersar e então, finalmente, Ivanova conseguiu passar por eles, driblar o goleiro Ryan, e marcar o primeiro gol da Bulgária.

— Dedos nos ouvidos! — Berrou papai, quando as veelas começaram a dançar comemorando o lance. Eu não tive que me dar ao trabalho de fazer isso, já que o canto só afetava os meninos. Logo as veelas haviam parado de dançar e a Bulgária recuperara a posse da goles.

  “Dimitrov! Levski! Dimitrov! Ivanova... ah, essa não!”, berrou Bagman.

  Cem mil bruxos e bruxas prenderam a respiração quando os dois apanhadores, Krum e Lynch, mergulharam no meio dos artilheiros, tão velozes que pareciam ter pulado sem paraquedas de um avião. Acompanhei a descida deles com o onióculo, apurando a vista para procurar o pomo...

— Eles vão colidir! — Berrou Hermione ao lado de Harry

  Hermione estava parcialmente certa – no último segundo, Vítor Krum se recuperou do mergulho e se afastou em círculos. Lynch, no entanto, bateu no chão com um baque surdo que pôde ser ouvido em todo o estádio. Um enorme gemido subiu dos lugares ocupados pelos irlandeses.

— Idiota! — Lamentou papai — Era uma finta de Krum!

  “Tempo!”, berrou Bagman. “Os medibruxos vão entrar em campo para examinar Aidan Lynch!”

— Ele está bem, só levou um encontrão! — Disse Charlie tranquilizando Ginny, que estava pendurada por cima da lateral do camarote, horrorizada. Eu apenas revirei os olhos para eles dois — E isso era, naturalmente, o que Krum pretendera...

— O Krum é perfeito... mas eu tô torcendo pra Irlanda obviamente. — Falei um pouco sem fôlego cruzando os braços

   Logo apertei depressa os botões de “repetição” e de “lance por lance” no onióculo, girei o botão de velocidade e tornei a levar o onióculo aos olhos. Assisti a Krum e Lynch mergulharem outra vez em câmara lenta. Finta de Wronski – uma manobra perigosa dos apanhadores, li na legenda púrpura que passou pelas lentes. Depois vi o rosto de Krum se contorcer, concentrando-se, quando o apanhador se recuperou do mergulho no último instante, ao mesmo tempo que Lynch se estatelava e concluí o que eu já tinha imaginado – Krum não vira pomo algum, estava só obrigando Lynch a imitá-lo. Eu jamais vira alguém voar daquele jeito; Krum nem parecia estar usando uma vassoura; deslocava-se com tanta facilidade pelos ares que parecia solto, sem peso. Tornei a ajustar o onióculo na posição normal e focalizei Krum. O jogador voava em círculos bem acima de Lynch, que agora estava sendo reanimado pelos medibruxos com xícaras de poção. Focalizei o rosto de Krum ainda mais de perto e vi seus olhos negros correndo para cá e para lá por todo o campo, trinta metros abaixo, que rosto lindo, eu poderia dizer. Usava o tempo em que Lynch era reanimado para procurar o pomo sem interferência.

   Lynch se levantou finalmente, sob ruidosos vivas dos torcedores de verde, montou a Firebolt e deu impulso para o alto. Sua reanimação parecia ter dado à Irlanda novas esperanças. Quando Mostafa tornou a soar o apito, os artilheiros entraram em ação com uma destreza que não se comparava a nada que eu tivesse visto até então.

   Decorridos quinze minutos de velocidade e fúria, a Irlanda acumulara uma vantagem de mais dez gols. Agora liderava por cento e trinta pontos a dez e a partida estava começando a ficar mais desleal.
  
   Quando Mullet disparou em direção às balizas mais uma vez, segurando firmemente a goles embaixo do braço, o goleiro búlgaro, Zograf, correu ao encontro da jogadora. O que aconteceu foi tão rápido que eu não percebi, mas subiu um grito de raiva da torcida irlandesa, e o silvo longo e agudo do apito de Mostafa informou que alguém cometera uma falta.

  “E Mostafa repreende o goleiro búlgaro pelo jogo bruto... usou os cotovelos!”, informa Bagman aos espectadores que berram. “E... confirmando, é pênalti a favor da Irlanda.”

   Os leprechauns, que haviam levantado voo, furiosos, como um enxame de marimbondos reluzentes, quando Mullet fora atingida, agora corriam a se juntar formando as palavras “HA! HA! HA!”. As veelas, do lado oposto do campo, levantaram-se de um salto, sacudiram os cabelos com raiva e recomeçaram a dançar.

   Como se fossem um, papai, meus irmãos e Harry enfiaram os dedos nos ouvidos, mas Hermione, que não se dera a esse trabalho assim como eu e Ginny, me puxou pelo braço.

— Olha o juiz! — Disse a garota, rindo.

   Olhei imediatamente para o campo. Hassan Mostafa aterrissara bem diante das veelas dançantes, e estava agindo de modo realmente estranho. Flexionava os músculos e alisava o bigode, muito agitado.

  “Ora, isso não é admissível!”, disse Ludo Bagman, embora seu tom de voz fosse o de quem estava achando muita graça. “Alguém aí dê um tapa nesse juiz!”

   Um medibruxo entrou correndo em campo, os dedos enfiados nos ouvidos, e deu um baita chute nas canelas de Mostafa e eu não pude evitar a risada. O juiz pareceu voltar a si; eu, que observava outra vez o jogo com o onióculo, vi que Mostafa parecia extremamente constrangido e gritava com as veelas, que tinham parado de dançar e pareciam estar se rebelando.

  “E a não ser que eu muito me engane, Mostafa está de fato tentando despachar as mascotes do time da Bulgária!”, comentou Bagman. “Aí está uma coisa que nunca vimos antes... ah, isso é capaz de dar confusão...”

   E deu: os batedores búlgaros, Volkov e Vulchanov, pousaram ao lado de Mostafa e começaram a discutir furiosamente com o juiz, gesticulando em direção aos leprechauns, que agora formavam alegremente as palavras “HI! HI HI!”. Mostafa, porém, não se deixou impressionar com a argumentação dos búlgaros; espetou o dedo indicador no ar, dizendo claramente a eles que voltassem ao ar e quando os jogadores se recusaram, ele puxou dois silvos breves no apito.

  “Dois pênaltis a favor da Irlanda!”, gritou Bagman, ao que a torcida búlgara ululou de raiva. “E é melhor Volkov e Vulchanov voltarem a montar as vassouras... é isso aí... e lá vão eles... e Troy toma a goles...”

   A partida agora atingira um nível de ferocidade que ultrapassava tudo que já tínhamos visto. Os batedores dos dois lados jogavam sem piedade: principalmente Volkov e Vulchanov que pareciam nem ligar se os seus bastões estavam fazendo contato com balaços ou com gente, quando os giravam violentamente no ar. Dimitrov disparou um balaço em cima de Moran, que segurava a goles, e quase a derrubou da vassoura.

— Falta! — Urraram os torcedores irlandeses em uníssono, todos de pé como uma enorme onda verde.

  “Falta!”, ecoou a voz de Ludo Bagman, magicamente ampliada. “Dimitrov esfola Moran... o jogador saiu com intenção de dar um encontrão... e tem que ser outro pênalti... e aí vem o apito!”

   Os leprechauns subiram ao ar mais uma vez e agora formaram uma gigantesca mão que fazia um gesto muito grosseiro para as veelas. Ao verem isso, elas se descontrolaram. Precipitaram-se pelo campo e começaram a atirar algo com o aspecto de bolas de fogo contra os duendes irlandeses.

   Observando com o onióculo, vi que elas agora não estavam nem remotamente belas. Muito ao contrário, seus rostos começaram a se alongar para formar cabeças de aves com bicos afiados e cruéis e irromperam asas longas e escamosas dos seus ombros...

— E aí está, rapazes. — Berrou papai para nós se sobrepondo ao tumulto da multidão embaixo — Está aí a razão por que vocês não devem se deixar levar só pelas aparências!

— Exatamente, se apaixonem pelo caráter, meninos. — Falei teatralmente com voz de riso e eles me olharam de relance também rindo

  Bruxos do Ministério invadiam o campo para separar as veelas e os leprechauns, mas sem muito sucesso; entrementes a batalha no campo não era nada comparada a que estava ocorrendo no ar. Eu me virava para cá e para lá, espiando pelo onióculo, pois a goles trocava de mãos com a velocidade de uma bala...

  “Levski – Dimitrov – Moran – Troy – Mullet – Ivanova – Moran de novo – Moran – É GOL DE MORAN!”

   Mas a gritaria da torcida irlandesa mal conseguia abafar os gritos agudos das veelas, os estampidos que agora vinham das varinhas dos funcionários do Ministério e os berros furiosos dos búlgaros. A partida recomeçou imediatamente; agora Levski estava com a posse da goles, agora Dimitrov...

   O batedor irlandês Quigley levantou com violência o bastão contra um balaço que passava e arremessou-o com toda a força contra Krum, que não se abaixou com suficiente rapidez. O balaço atingiu-o em cheio no rosto. Ouviu-se um lamento ensurdecedor da multidão; o nariz de Krum parecia quebrado, saía sangue para todo lado, mas Hassan Mostafa não apitou. Distraíra-se e eu não podia culpá-lo; uma das veelas atirara uma mão cheia de fogo e incendiara a cauda da vassoura do juiz. Queria que alguém percebesse que Krum estava ferido; embora estivesse torcendo pela Irlanda, Krum era o jogador mais fascinante em campo. Rony obviamente sentia o mesmo.

— Tempo! Ah, anda, ele não pode jogar assim, olha só para ele...

— Olha o Lynch! — Berrou Harry

  O apanhador irlandês repentinamente mergulhara e eu tive certeza de que aquilo não era uma Finta de Wronski; era para valer...

— Ah não, ele viu o pomo! — Exclamei

— Ele viu o pomo! — Berrou Harry — Ele viu! Olha lá ele correndo!

   Metade da multidão parecia ter compreendido o que estava acontecendo, a torcida irlandesa se levantou como uma grande onda verde, animando o apanhador... mas Krum voava na esteira dele. Como conseguia enxergar aonde ia, eu não fazia ideia; gotas de sangue voavam pelo ar à sua passagem, mas ele emparelhava com Lynch agora e os dois disparavam em direção ao chão...

— Eles vão bater! — Esganiçou-se Hermione

— Não vão! — Berrou Rony

— Ou talvez eles vão! — Exclamei apreensiva

— O Lynch vai! — Gritou Harry

   E tinha razão – pela segunda vez, Lynch bateu no chão com um tremendo impacto e foi imediatamente pisoteado por uma horda de veelas raivosas.
  
— O pomo, onde é que está o pomo? — Berrou Charlie, mais adiante na fila.

— Ele pegou, Krum pegou, terminou o jogo! — Gritou Harry

   Krum, as vestes vermelhas tintas com o sangue que escorrera do seu nariz, tornava a levantar voo suavemente, o punho erguido lá no alto, um brilho de ouro na mão.

  O placar piscou por cima da multidão BULGÁRIA: CENTO E SESSENTA; IRLANDA: CENTO E SETENTA, mas os torcedores não pareciam ter percebido o que acontecera. Então, lentamente, como se um grande jumbo começasse a aquecer as turbinas, o rugido da torcida da Irlanda foi se avolumando e explodiu em urros de alegria.

  “VENCE A IRLANDA!”, gritou Bagman, que, como os irlandeses, parecia estar espantado com o inesperado desfecho da partida. “KRUM CAPTURA O POMO... MAS VENCE A IRLANDA... Deus do céu, acho que nenhum de nós esperava uma coisa dessas!”

— Para que foi que ele agarrou o pomo? — Berrou Rony, ao mesmo tempo que continuava a pular, aplaudindo com as mãos no alto — Ele encerrou a partida quando a Irlanda estava cento e sessenta pontos à frente, o idiota!

— De qualquer forma, ele foi incrível! — Respondi aos gritos enquanto pulava e batia palmas eufórica

— Ele sabia que o time não ia conseguir se recuperar. — Respondeu Harry aos gritos, tentando se sobrepor à zoeira geral e aplaudindo com estrépito — Os artilheiros irlandeses eram bons demais... ele queria encerrar a partida nos termos dele, foi só...

— Ele foi valente, não foi? — Comentou Hermione esticando-se à frente para ver Krum pousar e um enxame de medibruxos abrir caminho à força entre os briguentos leprechauns e as veelas que brigavam para chegar ao apanhador — Ele está pavoroso...

   Era difícil ver o que estava acontecendo lá embaixo, porque os leprechauns sobrevoavam o campo felizes e em grande velocidade, mas eu consegui divisar Krum, rodeado por medibruxos. Parecia mais carrancudo que nunca e se recusava a deixar que o limpassem. Seus colegas de time o rodeavam, sacudindo a cabeça, arrasados; um pouco adiante, os jogadores irlandeses dançavam felizes sob a chuva de ouro que seus mascotes faziam cair. Bandeiras se agitavam pelo estádio, o hino nacional irlandês tocava altíssimo por todo lado; as veelas revertiam à beleza de sempre, mas pareciam desanimadas e infelizes.

— Pom, prrigamos falentemente. — Disse uma voz triste atrás de Harry. Me virei para olhar; era o ministro da Magia búlgaro.

— O senhor fala a nossa língua! —Exclamou Fudge indignado — E vem me obrigando a falar por mímica o dia inteiro!

— Pom, foi muito engrraçado. — Disse o ministro búlgaro, encolhendo os ombros.

  “E enquanto o time irlandês dá a volta olímpica, ladeado pelos mascotes, a Copa Mundial de Quadribol está sendo levada para o camarote de honra!”, berrou Bagman.

   A minha visão foi repentinamente ofuscada por uma luz branca, o camarote de honra foi magicamente iluminado para que todos os espectadores nas arquibancadas pudessem ver o seu interior. Apertando os olhos na direção da porta, vi dois bruxos ofegantes entrarem no camarote com uma imensa taça de ouro, que foi entregue a Cornélio Fudge, ainda muito aborrecido por ter passado o dia falando com as mãos à toa.

  “Vamos aplaudir com vontade os galantes perdedores... Bulgária!”, gritou Bagman. E pelas escadas entraram os sete jogadores derrotados. A multidão aplaudiu manifestando o seu apreço; Pude ver milhares e milhares de lentes de onióculo faiscarem e lampejarem em nossa direção.

   Um a um, os búlgaros se acomodaram nas filas de cadeiras do camarote e Bagman chamou-os, nome por nome, para apertarem a mão do seu ministro e depois a de Fudge. Krum, que foi o último da fila, estava com uma aparência medonha. Seus olhos negros se destacavam espetacularmente no rosto ensanguentado. Continuava a segurar o pomo. Reparei que ele parecia muito menos coordenado em terra. Andava com os pés meio para fora e seus ombros eram visivelmente caídos. Mas quando o nome de Krum foi anunciado, o estádio inteiro lhe deu uma ovação de rachar os tímpanos.

   Depois foi a vez do time irlandês. Aidan Lynch veio amparado por Moran e Connolly; a segunda colisão parecia tê-lo atordoado e seus olhos pareciam estranhamente fora de foco. Mas ele sorriu com alegria quando Troy e Quigley ergueram a Copa no ar e a multidão embaixo fez ouvir sua aprovação. As minhas mãos estavam insensíveis de tanto aplaudir e eu tinha um sorriso enorme no rosto. Finalmente, quando o time irlandês deixou o camarote para dar mais uma volta olímpica montado nas vassouras (Aidan Lynch na garupa de Connolly, agarrado à sua cintura e ainda sorrindo abobalhado), Bagman apontou a varinha para a própria garganta e murmurou Quietus.

— Eles com certeza vão comentar isso durante anos. — Disse ele rouco — Uma reviravolta realmente inesperada, essa... pena que não pudesse ter durado mais... ah sim... sim, devo a vocês... quanto?

   Pois Fred e George tinham acabado de saltar por cima de suas cadeiras e estavam parados diante de Ludo Bagman com enormes sorrisos no rosto e as mãos estendidas.

◇───────◇───────◇

  Hello bruxinhos!

  Segunda parte da Copa, sim narrei o jogo todo porque eu amo Quadribol, sim e com certeza. Kkk.

  Aproveitem enquanto está tudo na paz, pois o quarto ano vai ser fogo kkkk.

  Perguntinha: Qual vocês acham que, depois do Rony, é o irmão preferido da Rox? ( Na opinião do Rony, essa pessoa está em primeiro, mas conhecendo a Rox, o Ron é o primeiro. ) Kkk. Só interação porque "esse irmão" vai aparecer muito da relação dele com a Rox agora no quarto ano e tô curiosa pra saber a opinião de vocês.

   É isso, amo vocês.

– Bjos da tia Nick

Continue Reading

You'll Also Like

233K 35.3K 67
Eu fui o arqueira, eu fui a presa Gritando, quem poderia me deixar, querido Mas quem poderia ficar? (Eu vejo através de mim, vejo através de mim) Por...
1M 56.3K 72
Grego é dono do morro do Vidigal que vê sua vida mudar quando conhece Manuela. Uma única noite faz tudo mudar. ⚠️Todos os créditos pela capa são da t...
1M 49.9K 72
"Anjos como você não podem ir para o inferno comigo." Toda confusão começa quando Alice Ferreira, filha do primeiro casamento de Abel Ferreira, vem m...
7.3K 631 18
𝐓𝐇𝐄 𝐀𝐆𝐄𝐍𝐂𝐘-𝙪𝙢 𝙧𝙤𝙢𝙖𝙣𝙘𝙚 𝙚𝙣𝙩𝙧𝙚 𝙙𝙤𝙞𝙨 𝙖𝙙𝙤𝙡𝙚𝙨𝙘𝙚𝙣𝙩𝙚𝙨. 𝙃𝙚𝙡𝙡𝙮𝙣 𝘾𝙖𝙧𝙡𝙮𝙡𝙚 𝙚 𝘼𝙣𝙩𝙝𝙤𝙣𝙮 𝙇𝙤𝙘𝙠𝙬𝙤𝙤𝙙...