Voltar a toca era perfeito, pois eu amava a minha casa, meu quarto, e a comida de mamãe que era simplesmente perfeita, eu também estava morrendo de saudades dos meus pais. Eu e Ron já na primeira semana de férias falamos com papai para usarmos o tal telefone pra falar com Harry.
— Eu falo primeiro tá. — Falei
— Você nem sabe como é! — Exclamou ele emburrado
— Aí vai dizer que você sabe?
— PAPAI!! — Gritamos em coro
Estávamos parados na cozinha e o aparelho esquisito estava na mesa, tinha uns coisas com números, mas eu não tinha certeza de como se usar.
— O que foi? Não estão brigando, estão? — Ele perguntou se aproximando da gente
— Como se usa isso? Queremos ligar para o Harry.
Papai deu um sorriso e foi até o aparelho.
— Bom, vocês tem o número dele? — Perguntou e Ron lhe entregou o papel — É só apertar as teclas com os números do papelzinho e pronto.
O aparelho começou a fazer um barulhinho estranho, papai me entregou mandando eu colocar no ouvido, disse pra eu esperar Harry atender e saiu da cozinha.
— Válter Dursley. — Disse uma voz de dentro do aparelho
— Ron, Ron, tão falando. — Exclamei e Rony correu até mim tentando escutar
— O que disseram?? — Ele perguntou
— ALÔ! ALÔ! ESTÁ ME OUVINDO? ALÔ? — Comecei a gritar
— Me dá isso. — Ron arrancou o telefone da minha mão
— ALÔ! ALÔ!? — Ele esbravejou com força — QUEREMOS FALAR – COM – O – HARRY – POTTER!
— QUEM É QUE ESTÁ FALANDO? — Berrou uma voz severa no telefone — QUEM SÃO VOCÊS?
— RONY, WEASLEY! — Berrou Rony em resposta
— E EU SOU A ROX WEASLEY! — Gritei puxando o telefone de Rony — SOMOS – AMIGOS – DO – HARRY – DA – ESCOLA...
— SIM, PODEMOS FALAR COM ELE?
— NÃO TEM NENHUM HARRY POTTER AQUI! — Vociferou o tio de Harry — NÃO SEI DE QUE ESCOLA VOCÊS ESTÃO FALANDO! NUNCA MAIS TORNEM A LIGAR PARA CÁ! FIQUEM LONGE DA MINHA FAMÍLIA!
E então um barulho esquisito ressoou e eu tirei o aparelho do ouvido.
— Acho que desligaram. — Falei para Ron que me olhou intrigado
— É melhor não ligarmos mais se não o Harry vai se meter em problemas. Que tio que ele tem, hem? — Ron falou e eu concordei
Queríamos muito falar com Harry, mas pelo visto seria impossível, tínhamos ótimas notícias para contar e a melhor delas com certeza foi algo que aconteceu algumas semanas depois, era o prêmio que papai ganhou, o Grande Prêmio Anual da Loteria do Profeta Diário. Ou seja papai tinha ganhado setecentos galeões, eu não podia estar mais feliz. Ainda mais quando mamãe mencionou que iríamos pro Egito, onde Bill trabalha para o banco de Gringotes, passaríamos um mês lá, voltando apenas uma semana antes do início do ano letivo, isso era incrível.
— Vamos pro Egito! Da pra acreditar?! — Esbravejei animada enquanto arrumava as malas
— Aposto que eu lanço um feitiço e te deixo trancada com uma múmia. — Brincou Ron
Ele estava de bom humor, aliás por mais que grande parte do dinheiro fosse ser usado pra viagem, mamãe lhe compraria uma varinha nova e disse que me compraria uma boa vassoura pra eu fazer o teste de Quadribol, então claramente esse seria nosso ano.
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30 de julho de 1993
Estava chegando a noite quando me toquei que no dia seguinte seria aniversário de Harry, já estávamos há algum tempo no Egito e tudo andava sendo perfeito, Bill nos levou para ver os túmulos e não tinha nada mais incrível do que os feitiços que os velhos bruxos egípcios lançavam neles. Mamãe nem quis deixar que Ginny visse o último, na verdade nem eu, mas eu vi do mesmo jeito. Só continha esqueletos mutantes de trouxas que violaram o túmulo e acabaram com duas cabeças e outras esquisitices. Parecia um sonho, as pirâmides, tudo incrível.
Antes de nos deitarmos, chamei Ron pra escrever uma carta para Harry.
— Daqui pra Errol chegar lá, ela já vai estar morta. E além do mais tem o idiota do tio dele que vai resmungar. — Ron murmurou se jogando na cama do meu lado
— Tá, a Mynes leva. E se mandarmos a carta pela noite, não tem como ele ver. — Falei pegando o pergaminho e a pena — Eu escrevo, minha letra é mais bonita.
— Tá bom então. — Falou correndo até mim
Caro Harry,
Feliz aniversário!
Tá ficando velho, hem!?
Olhe, eu e Rony estamos muito arrependidos daquele telefonema. Esperamos que os trouxas não tenham engrossado com você. Perguntamos ao papai e ele acha que não devíamos ter gritado. Por sinal, o Egito é incrível. Bill nos levou para ver os túmulos e você não ia acreditar nos feitiços que os velhos bruxos egípcios lançavam neles.
Nem conseguimos acreditar quando o papai ganhou a Loteria do Profeta Diário. Setecentos galeões! A maior parte foi gasta nesta viagem, mas eles vão me comprar uma vassoura para eu fazer os testes de Quadribol e uma varinha nova para o Rony. Estaremos de volta uma semana antes do ano letivo começar e vamos a Londres comprar os livros da escola. Alguma chance de nos encontrarmos lá?
Não deixe os trouxas arrasarem você!
Faça uma força para ir a Londres,
Rox & Rony
— E aí, ficou bom? — Perguntei quando assinei nossos nomes
— Fala do Percy, que ele foi nomeado.
— Ah sim. — Tornei a pegar a pena e escrever a novidade para Harry
P.S: Percy agora é monitor-chefe. Recebeu a carta de nomeação na semana passada.
Ron se levantou e foi até uma cômoda, pegou algo e trouxe para mim.
— Vamos mandar pra ele junto com a carta.
Observei que era um recorte do Profeta Diário, notava se claramente nossa família sorridente diante de uma enorme pirâmide e acima a notícia que nos alegrou as férias todinhas.
FUNCIONÁRIO DO MINISTÉRIO DA MAGIA GANHA GRANDE PRÊMIO
Arthur Weasley, chefe da Seção de Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas no Ministério da Magia, ganhou o Grande Prêmio Anual da Loteria do Profeta Diário.
A Sra. Weasley, encantada, declarou ao Profeta Diário: “Vamos gastar o ouro em uma viagem de férias ao Egito, onde nosso filho mais velho, Bil, trabalha para o Banco Gringotes como desfazedor de feitiços.”
A família Weasley vai passar um mês no Egito, de onde voltará no início do ano letivo em Hogwarts, escola que seis dos seus filhos ainda frequentam.
Abri um leve sorriso ao reler a notícia, eu e Ron não paravamos de ler, aquele recorte do jornal fez nossa alegria as férias inteiras.
— Certo, agora só falta o presente. — Me levantei sorrindo
— Você não está pensando o mesmo que eu, está?
— O bisbilhocópio! — Falamos em coro
Logo peguei o objeto que parecia um pequenino pião de vidro, ele estava na cômoda parado, equilibrado sobre a ponta, refletindo os ponteiros luminosos do despertador. Bill havia falado que é porcaria velha que vendem a bruxos turistas e que não era nada confiável, mas eu e Ron achamos interessante.
— Dessa vez eu escrevo. — Ron falou pegando um papel e uma pena
Isto é um “bisbilhoscópio” de bolso. Dizem que quando tem alguma coisa suspeita por perto, ele acende e gira. Bill falou que é porcaria que vendem a bruxos turistas e que não é confiável porque ontem, durante o jantar, ficou acendendo o tempo todo. Mas ele não percebeu que Fred e George tinham posto besouros na sopa dele.
Tchau – Rony & Rox
— Você botou seu nome primeiro. — Reclamei
— Ah, mas foi eu que escrevi. — Ele rebateu
— Ok, vamos mandar a Mynes levar.
Embrulhamos o objeto com papel ouro e o bilhete de Ron dentro com o presente, logo colocamos a carta em um envelope junto com o recorte do jornal e colocamos tudo em um pacote de papel pardo. Logo dei o pacote para que Mynes o entregasse na rua dos alfeneiros.
— Espero que ele esteja bem. — Falei quando ela saiu pela janela
— Eu também. — Disse Ron seguido de um bocejo
Falamos com Hermione as férias quase todas, pela visto ela estava na França com os pais, mas disse que era fascinante estarmos no Egito Antigo já que os bruxos aqui são incríveis ou algo do tipo, ela até perguntou se estávamos aprendendo muito. Como se eu e Ron tivéssemos vindo aqui para estudar... Bom, mas tínhamos que escrever a redação do Professor Binns de qualquer jeito, aproveitei pra incluir algumas coisas que achei interessante daqui do Egito, mas tenho certeza que Ron acabou espiando meu trabalho, pois meu rolo de pergaminho estava meio aberto na noite anterior. Encontraríamos Mione em Londres também, e por mais que estivesse incrível no Egito, eu não via a hora de reencontrar eles e também ir para Hogsmead já que os alunos do terceiro ano podiam ir, meu coração estava a mil.
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Nos encontramos com Mione no beco diagonal no dia que tínhamos combinado, primeiramente eu me surpreendi com o fato dela ter cortado o cabelo, muito interessante ela mudar tanto no verão, eu estava do mesmo jeito na minha opinião e Rony apenas cresceu alguns centímetros, mas continuava chato como sempre.
Já sabíamos o que houve com Harry e a tal tia dele, eu e Ron achamos muito engraçado isso dela ter virado um balão, já Mione não gostou tanto, esperávamos o encontrar no Caldeirão Furado, mas disseram que ele tinha saído, fomos na livraria, na Madame Malkin e nada. Só quando estávamos sentados na calçada da Sorveteria Florean Fortescue, foi que o avistamos.
— Olhem. — Apontei para ele — HARRY! HARRY!
— Finalmente! — Exclamou Rony, rindo enquanto Harry se sentava sorridente perto da gente logo depois de nos cumprimentar — Fomos ao Caldeirão Furado, mas disseram que você tinha saído, fomos à Floreios e Borrões, à Madame Malkin e...
— Comprei todo o meu material escolar na semana passada. — Explicou Harry — E como é que vocês sabiam que eu estava hospedado no Caldeirão Furado?
— Papai nos contou. — Expliquei
— É verdade que você transformou a sua tia em um balão? — Perguntou Hermione num tom muito sério
— Eu não tive intenção. — Respondeu Harry, enquanto eu e Rony rolavamos de tanto rir — Simplesmente... perdi o controle.
— Não tem a menor graça, vocês dois. — Disse Hermione rispidamente — Francamente, fico admirada que Harry não tenha sido expulso.
— Eu também. — Admitiu Harry — E nem expulso, pensei que ia ser preso — E olhou para mim e meu irmão — O pai de vocês não sabe por que Fudge não me castigou, sabe?
— Provavelmente porque era você, não é? —Rony sacudiu os ombros ainda rindo
— Sim. — Completei — O famoso Harry Potter e tudo mais. Eu nem gostaria de pensar o que o Ministério faria comigo ou Rony se acabassemos transformando nossa tia em um balão.
— Acredito que antes disso, eles teriam que nos desenterrar primeiro. — Ron falou me lançando um olhar cúmplice
— Puxa sim. — Dei uma gargalhada de leve — A mamãe já nos teria matado antes mesmo do Ministério ficar ciente do que aconteceu. Em todo o caso, pode perguntar ao papai hoje à noite. Estamos hospedados no Caldeirão Furado, também! Assim você pode ir para a estação de King’s Cross conosco amanhã! Hermione também está lá!
A garota confirmou com a cabeça, radiante.
— Mamãe e papai me deixaram lá hoje de manhã com todas as minhas coisas de Hogwarts.
— Brilhante. — Exclamou Harry feliz — Então você já comprou os livros e todo o resto?
— Olhe só para isso. — Disse Rony, com os olhos brilhantes tirando uma caixa comprida e fina de uma sacola e abrindo-a. — Uma varinha nova em folha. Trinta e cinco centímetros e meio, salgueiro, contendo um fio de cauda de unicórnio.
— Eles também me compraram uma. Embora a minha antiga também estivesse boa, disseram que não era justo dar uma nova pra Rony e eu continuar usando a velha varinha de Bill que nem me respondia direito. — Falei também tirando a minha nova varinha da caixa — A minha tem vinte e seis centímetros, madeira de Aspen com núcleo de corda de coração de dragão, inflexível.
— Sim, e também compramos todos os nossos livros... — Ron apontou para uma grande saca embaixo da cadeira — E aqueles livros monstruosos, hein? O balconista quase chorou quando dissemos que queríamos três.
— E porque essa cara, Rox? — Perguntou Harry
— Acabou que papai e mamãe não puderam me comprar uma vassoura nova, vou ter que tentar entrar no time só ano que vem. — Suspirei fundo enquanto falava
— Entendi. — Respondeu Harry, mas vendo meu rosto entendeu que eu não queria falar sobre aquilo, então mudou o assunto — E isso tudo o que é, Mione? — Perguntou apontando não para uma, mas para três sacas estufadas na cadeira junto à ela
— Bem, é que vou fazer mais matérias novas do que vocês, não é? Comprei os livros de Aritmancia, de Trato das Criaturas Mágicas, de Adivinhação, de Estudo das Runas Antigas, de Estudo dos Trouxas...
— Para que é que você vai fazer Estudo dos Trouxas? — Perguntou Rony — Você nasceu trouxa! Sua mãe e seu pai são trouxas! Você já sabe tudo sobre trouxas!
— Mas vai ser fascinante estudar os trouxas do ponto de vista dos bruxos. — Respondeu Hermione muito séria
— Você está planejando comer ou dormir este ano, Mione? — Perguntou Harry, enquanto eu e Rony davamos risadinhas abafadas. A garota não ligou
— Ainda tenho dez galeões. — Disse ela examinando a bolsa — É meu aniversário em setembro, e mamãe e papai me deram um dinheiro para eu comprar um presente de aniversário antecipado.
— Que tal um bom livro? — Perguntou Rony inocentemente
— Não, acho que não. — Disse Hermione controlando-se — O que eu quero mesmo é uma coruja. Quero dizer, Harry tem a Edwiges, a Rox tem a Mynes e você tem o Errol...
— Não tenho, não. — Respondeu Rony — Errol é uma coruja de família. Meu mesmo só tenho o Perebas. — E tirou do bolso — Quero mandar examinar ele — Acrescentou, pousando Perebas na mesa a que estavamos sentados — Acho que o Egito não o fez muito bem.
Apenas revirei os olhos, tava claro que Perebas estava mais magro do que de costume, e seus bigodes pareciam decididamente caídos.
— Tem uma loja para criaturas mágicas ali. — Disse Harry — Você podia ver se eles têm algum produto para o Perebas, e Mione podia comprar a coruja.
Assim dizendo, pagamos os sorvetes e atravessamos a rua para ir à Animais Mágicos. Não havia muito espaço dentro da loja. Cada centímetro das paredes estava escondido por gaiolas. Era malcheirosa e barulhenta porque os ocupantes das gaiolas guinchavam, gritavam, palravam, sibilavam. A bruxa ao balcão estava ocupada ensinando a um bruxo como cuidar de um tritão com dois rabos, por isso nós aguardamos, examinando as gaiolas.
Havia dois enormes sapos roxos que engoliam, com um ruído aquoso, um banquete de moscas-varejeiras mortas. Uma tartaruga gigante, o casco incrustado de pedras preciosas, cintilava junto à janela. Lesmas venenosas, cor de laranja, subiam lentamente pela parede do seu aquário, e um coelho branco e gordo não parava de se transformar em cartola de cetim e novamente em coelho, com um grande estalo. Havia ainda gatos de todas as cores, uma gaiola barulhenta de corvos, uma cesta de engraçadas bolas de pelo creme que zuniam alto, e, em cima do balcão, um gaiolão de ratos negros e luzidios que brincavam de dar saltos se apoiando nos longos rabos lisos.
O bruxo do tritão de dois rabos saiu e Rony se aproximou do balcão.
— É o meu rato. — Disse à bruxa — Ele tem andado meio indisposto desde que voltamos do Egito.
— Põe ele aqui no balcão. — Pediu a bruxa, tirando do bolso um par de pesados óculos de armação preta
Rony catou Perebas do bolso interno e depositou-o ao lado da gaiola dos seus companheiros de espécie, que pararam os saltitos e correram para as grades para ver melhor.
— Hum... — Fez a bruxa, levantando Perebas — Que idade tem esse rato?
— Não sei. — Repondeu Rony — Ele é bem velho. Foi do meu irmão.
— Que poderes ele tem? — Perguntou a bruxa, examinando Perebas atentamente
— Ah... — Ron começou a pensar
A verdade é que Perebas jamais revelara o menor vestígio de poderes interessantes. O olhar da bruxa se deslocou da orelha esquerda e esfiapada do rato para a pata dianteira, que tinha um dedinho a menos, e deu um muxoxo alto.
— Este aqui já sofreu muito na vida. — Disse ela
— Já estava assim quando Percy me deu. — Ron respondeu se defendendo
— Não se pode esperar que um rato comum ou rato de jardim como esse viva mais do que uns três anos. — Disse a bruxa — Agora se o senhor estiver procurando alguma coisa mais resistente, talvez goste de um desses...
Ela indicou os ratos negros, que imediatamente recomeçaram a saltar.
— Exibidos. — Resmungou Rony
— Eu achei fofos. — Respondi os olhando — Queria um bichinho.
— Bem, se o senhor não quiser outro, pode experimentar um tônico para ratos. — Disse a bruxa, levando a mão embaixo do balcão e apanhando um frasquinho vermelho
— Está bem. Quanto... UI!
Rony se encolheu quando uma coisa enorme e laranja saiu voando do teto da gaiola mais alta e aterrissou na cabeça dele, e em seguida avançou e bufou com violência para Perebas.
— NÃO BICHENTO, NÃO! — Gritou a bruxa, mas Perebas escapuliu entre as suas mãos como uma barra de sabão molhado, aterrissou de pernas abertas no chão e disparou para a porta
— Perebas! — Berrou Rony, correndo atrás do rato
Eu e Harry o seguimos, levamos quase dez minutos para recuperar Perebas, que se refugiara embaixo de um latão de lixo à porta da Artigos de Qualidade para Quadribol. Rony tornou a enfiar o rato trêmulo no bolso e se endireitou, massageando os cabelos.
— Que foi aquilo?
— Ou um gato muito grande ou um tigre muito pequeno. — Disse Harry
— Aonde foi a Mione? — Perguntei
— Provavelmente comprando a coruja.
— Eu queria um bichinho. — Repeti cruzando os braços
— Você já tem o Mynes, Roxanne! — Exclamou Rony
— Mas eu queria um pufoso, ou talvez um gato siamês. — Falei chateada
— Por Merlin Rox! Um pufoso são trinta galeões, sobrou alguma coisa dos que a mamãe te deu?
— Sobrou três galões. — Falei suspirando fundo
— Com três você só consegue comprar a ração ou a gaiola do bicho. — Ele respondeu colocando a mão em meu ombro — Vem, vamos procurar a Mione.
Refizemos o caminho pela rua apinhada de gente até a Animais Mágicos. Quando íamos chegando vimos Hermione sair, mas ela não trazia coruja alguma. Seus braços envolviam com firmeza um enorme gato laranja.
— Você comprou aquele monstro? — Perguntou Rony, boquiaberto
— Ele é lindo, não é? — Disse Hermione radiante
Era uma questão de opinião. A pelagem do gato era espessa e fofa, mas ele decididamente tinha pernas arqueadas e uma cara de poucos amigos, estranhamente amassada, como se tivesse batido de frente numa parede de tijolos. Agora que Perebas não estava à vista, porém, o gato ronronava satisfeito nos braços de Hermione.
— Até que é bonitinho. — Respondi o analisando
— Por Merlim! Essa coisa quase me escalpelou! — Reclamou Rony
— Foi sem querer, não foi, Bichento? — Perguntou Hermione
— E o que vai ser do Perebas? — Disse meu irmão apontando para o calombo no bolso — Ele precisa de descanso e sossego! Como é que vai ter isso com esse bicho por perto?
— Isto me lembra que você esqueceu o seu tônico para ratos. — Disse Hermione, batendo o frasco vermelho na mão de Rony — E pare de se preocupar, Bichento vai dormir no meu dormitório e Perebas no seu, qual é o problema? Coitado do Bichento, a bruxa disse que ele está na loja há séculos; ninguém quis o gato.
— Por que será? — Perguntou Rony com sarcasmo, a caminho do Caldeirão Furado
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Hello bruxinhos!
Como vocês estão? E cá está o primeiro capítulo de Prisioneiro de Azkaban, eu tô muito ansiosa pra postar mais, esse realmente foi o ano mais divertido de escrever... Vou logo avisando que vem muita coisa nova pela frente.
Vocês não perdem por esperar, é sério kkk
Já que estamos em Prisioneiro de Azkaban, quero ver vocês adivinharem uma coisa... Vamos ver quem acerta, o que vocês acham que vai ser o bicho papão da Rox?
Acham que ela vai passar vergonha com ele ou não? Tô louca pra ver as idéias de vocês kkkkk
Obrigada por lerem! ^.^
— Nick