Capítulo 121

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Autora narrando

O clima na sala estava tenso, enquanto os três se entreolhavam, Layla se perguntou se podia mesmo contar com isso, se ele fosse mesmo seu pai... Que tipo de pai era ele? Ele nunca esteve presente na vida dela e só agora quer que ela se junte a eles?

Ela não sabia se ele tinha algum tipo de plano em mente, mesmo assim, ela não podia confiar nele... Mesmo que ele fosse seu pai de verdade... Ela tinha que desconfiar de tudo e todos, só podia contar consigo mesma e agora... Com seu, antes descoberto, irmão.

Antes era somente ela e sua avó, claro que tinha André também, mas... Ele não tinha laços de sangue com elas, quando sua avó morreu continuou sendo só ela e agora... Ela descobre que tem um pai e quem sabe quantos irmãos espalhados por ai, tudo era novo para ela.

Jason-Eu sei que vocês tem suas desavenças e que John estava te caçando durante muito tempo, mas... Eu peço, pela família que você se dêem bem a partir de agora, afinal, vocês são família.

John-Não exatamente... Eu sou adotado e o senhor sabe disso, mesmo assim eu acho que podemos ficar em paz, já que ela é... Sua filha.

Layla se surpreendeu, não pela parte do acordo de paz, mas... Por John dizer que é adotado. Isso significava que ela não era sua irmã, então... Nicolas, Kaique e Nina não eram seus sobrinhos, isso deixou ela em dúvida se comemorava ou continuava atônita.

Apesar de parecer que John só pensa em si, era uma completa mentira, desde que seu pai morrerá e ele forá adotado por Jason, o mesmo tinha criado sentimentos de admiração pelo mais velho e acima de tudo, sempre o obedecia não importava o que.

Claro que ele decidiu que encontraria o alfa por conta própria e destruiria sua alcatéia, parte era por querer tentar orgulhar o seu "pai" E a outra parte era por ele querer proteger a si e a sua família, apesar de tudo, ele sempre deixava a si mesmo no último lugar da sua lista de prioridades.

Layla-Vocês sabem que eu não vou confiar em vocês de uma hora para outra, certo? Não depois de John quase ter me matado e de você, Jason, ter dado as costas para mim, você se quer foi me visitar!

Ela lembrou os dias em que passou sozinha dentro do seu quarto, sua mãe havia sumido, sua avó tinha morrido e ela... Nem sabia o paradeiro de seu pai e se sentia sozinha.

Jason-Eu sei que não fui o melhor pai, mas eu quero corrigir isso agora.

Layla-Eu realmente não quero acreditar em você, você que foi capaz de dar as costas pra sua filha quando ela mais precisava... O que te impede de estar planejando algo contra mim?

John-Ele disse que estava tentando se redimir! Então, por que você não dá uma chance?

Layla-Porque quando foi comigo, ninguém me deu chance nenhuma e adivinha? Quando eu pensei que finalmente as coisas podiam voltar ao normal, eu me transformei em uma loba e olha que maravilha! Você veio atrás de mim e ainda estaria se não fosse pelo Jason, agora eu tenho que lidar com tudo sozinha, tem três, TRÊS pessoas na minha mente e eu agora nem sou mais humana! E ainda mais, tem um monte de pessoas que querem me matar e eu nem entendi porque raios eles querem isso! Eu realmente sou muito egoísta para não dar uma chance para o Jason? Talvez eu seja, mas eu simplesmente não posso confiar em ninguém!

Ela estava quase gritando e se segurando para não chorar, mesmo que ela estivesse tentando mudar e fingir que não se importa com nada, ela ainda tinha um coração batendo e esse mesmo coração estava cansado de sofrer por confiar demais em pessoas que não deveria.

John e Jason estavam surpresos pela cena, Jason mais do que tudo estava se sentindo culpado, claro que ela iria reagir assim, ele esperava mesmo que ela fosse recebê-lo com os braços abertos? Bom, ele ainda tinha um pingo de esperança, queria mesmo poder ficar com Layla e viver com a mesma, como não pode antes.

Todos no andar de cima ouviram o que Layla falou, inclusive o pequeno Lucas que saiu do quarto de Nina praticamente correndo e desceu as escadas indo de encontro com Layla, o menino ficou triste pela maior, não pensava que ela, que sempre parecia estar firme e forte, no fundo estava repleta de tristeza, medo e insegurança.

Layla sem pensar muito pegou Lucas no colo e saiu da casa, Jason iria atrás da filha se não fosse por sua nora que desceu as escadas correndo dizendo que Kaique estava passando mal, Layla não estava mais perto da casa para poder ouví-los, a mesma estava correndo tão rapidamente que parecia até um vulto.

Kaique... Ele, assim como Layla, também estava cansado de tudo aquilo, ele estava doente fazia algum tempo, mas não se atreveu a contar para ninguém, cuspia sangue e sentia tonturas fortes diariamente, mas daquela vez... A tontura foi mais forte e ele acabou caindo e batendo a cabeça.

Sua mãe estava no outro lado da porta, já que o mesmo tinha trancado para poder ficar sozinho, quando ela ouviu o barulho alto de algo caindo não pensou duas vezes antes de mandar a porta pelos aires.

Ele sabia o motivo de estar doente e em parte, era por isso que ele não tinha contsdo... Ele precisava se alimentar, não foi por falta de tentativa, mas parece que seu organismo rejeitava qualquer tipo de sangue que ele tomasse, já tinha tentado de animais e até mesmo de algumas garotas da sua escola. Claro que ele as faziam esquecer depois.

Mesmo assim, quanto mais tentava parecia que mais fraco ele ficava, nunca tinha ouvido nada do tipo... Imagine, uma vampiro rejeitando sangue? Seu pai o ridicularizaria.

Layla narrando

Todos parecem querer que eu Confie neles, mas ninguém entende o meu ponto de vista, pode ser perigoso, mas eu não quero mais ficar perto de ninguém, nem de Nicolas e da alcateia e muito menos de Jason e sua família.

Eu parei apidamente na frente da casa e entrei na mesma, não tinha ninguém como esperado, subi as escadas ainda com Lucas no colo.

Eu-Lucas, nós vamos sair dessa casa por um tempo.

Eu sei, eu sou uma idiota por sair da proteção deles, mas dessa vez... Eu treinaria sozinha e viveria sozinha como sempre, Lucas estaria comigo e isso seria o suficiente, talvez eu não estivesse fazendo a escolha certa, mas eu realmente preciso de um tempo pra pensar.

Eles vão ter que entender isso.

TransformadaWhere stories live. Discover now