Capítulo 112

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Layla narrando

Eu fui falar com a professora e disse que levaria os dois para casa mais cedo, a mesma perguntou se eu tinha conversado sobre isso com a diretora e eu disse que sim para evitar mais falatório, não suportava mais ficar dentro daquele local.

Bom, era lógico que o porteiro não ia abrir o portão para mim, até porque ele só abre quando a diretora fala com ele, sabe... Eu já pulei esse muro várias vezes... Não seria difícil pular de novo, com Lucas e Nina seria apenas um pouco mais difícil.

Fomos para um lugar mais afastado onde tinha um banco que aparentemente foi esquecido, como o muro era coberto por plantas daninhas, dava facilmente para se agarrar a elas e subir no mesmo.

Lucas-Isso não é errado? Estamos praticamente fugindo da escola.

Eu-Eu já disse que amanhã eu me resolvo com a diretora, não se preocupe, eu vou primeiro e depois vocês vem, ok?

Lucas parecia meio inseguro mais concordou e Nina... Bom, ela estava super animada, por algum motivo desconhecido para mim. Talvez ela não gostasse desse lugar também.

Eu fui primeiro, subi no Banco e me agarrei nas plantas chegando em cima do muro, me sentei no mesmo e esperei os outros dois virem, quando os mesmos já estavam em cima do mesmo, eu pulei primeiro e assim que cheguei no chão me virei.

Eu já tinha feito isso várias vezes, algumas vezes até mesmo torci o tornozelo, mas era muito melhor do que ficar naquele lugar insurportável... Pare-
ce que certas coisas nunca mudam.

Eu-Nina, pula que eu vou te segurar.

Ela nem pensou duas vezes, pulou e eu a segurei a deixando no chão em seguida, desse lado do muro não tinham plantas para se segurar, então tinha que pular mesmo.

Depois foi a vez de Lucas, ele parecia inseguro, talvez tivesse medo de altura ou algo do tipo.

Eu fiz sinal para Lucas pular logo e o mesmo fez, meio inseguro, essa rua na qual estávamos, era basicamente composta por casas abandonadas, geralmente alguns jovens ficavam nelas para usar drogas e coisas do tipo.

Ai você pergunta o porquê das casas não serem habitadas, bom... Há muito tempo atrás, era aqui nesta rua que eles queimavam as tais "bruxas", eles dizem que os espíritos delas ainda vagam por aqui, apesar de eu não acreditar muito nisso, aos poucos todos foram se mudando do lugar.

Coloquei o mesmo no chão e peguei na mão dele e de Nina, nunca se sabe quando pode ter alguém por aqui, na verdade, seria muito azar dá pessoa que aparecer na minha frente, hoje não estou com muita paciência, então é melhor que ninguém mexa comigo.

Nina estava do meu lado direito e Lucas do meu lado esquerdo, estávamos em silêncio, quando estávamos na metade do caminho, senti que estávamos sendo observados e suspirei pesadamente, não é possível, justo hoje!

Eu estava pronta para me virar, porém Lucas segurou fortemente minha mão me impedindo de completar o ato, ele olhou para mim como se estivesse entrando em desespero.

Lucas-É o fantasma de uma bruxa, se você olhar nos olhos dela, sua alma será roubada.

Em todos os anos que eu passei por esse lugar, eu nunca dei de cara com uma bruxa, então porque agora? Esse ano, particularmente, todas as coisas parecem estar conspirando contra mim.

Eu-Ambos fechem os olhos!

Sussurrei e os dois o fizeram, Nina não tinha ouvido o que Lucas disse, então não estava entendendo nada, eu a peguei no colo e continuei a andar, segurando a mão de Lucas, de olhos abertos mesmo porque eu sou afrontosa.

TransformadaWhere stories live. Discover now