Capítulo 16

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Layla narrando

Sai do quarto de Kaique e fui para o quarto de Kate, espero não esbarrar com o irmão de Kaique de novo, se não dessa vez juro que dou um chute no meio das pernas dele.

Entrei no quarto onde Kate estava e me sentei em uma poltrona do lado da cama dela, fiquei observando ela por um tempo, até que eu vi que todas as luzes da casa foram desligadas, logo ouvi passos nas escadas.

Nicolle-Layla, querida, não quer ir para um quarto? Temos muitos quartos de hóspedes.

Eu-Não duvido disso, a casa de vocês e três vezes maior que a minha.

Ela sorri e vem até, a mesma me guiou até um quarto e abriu a porta do mesmo, eu nem liguei muito para a decoração, depois de Nicolle ir embora, a única coisa aquele fiz foi me jogar na cama.

Não consegui dormir, estava me remexendo na cama, até que ouvi a porta do quarto ser aberta, eu fiquei quieta e comecei a ouvir passos vindo na minha direção.

Senti uma mão tocar minha bochecha e acariciar a mesma, a mão da pessoa era gelada, mas estranhamente me transmitia uma sensação... Boa.

-Você é muito bonita, sabia?

Eu até pensei em responder, mas eu ia acabar assustando ele, pela sua voz era Kaique, ele continuou acariciando minha bochecha, eu acabei dormindo com seu carinho, perto dele acabo ficando relaxada demais.

~Quebra de tempo~

Acordei com o sol batendo no meu rosto, abri os olhos devagar e vi que o sol tinha acabado de nascer, eu dei um pulo da cama e olhei ao redor, não tinha ninguém, será que ontem quando Kaique entrou no quarto foi um sonho?

Sai do quarto e andei sem fazer barulho para não acordar ninguém, fui até o quarto de Kate e vi a mesma sentada na cama esfregando os olhos, fui até a mesma contente, fiquei feliz por ela estar bem.

Eu-Bom dia! Se sente bem?

Kate-Bom dia! Estou me sentindo melhor, mas minha cabeça ainda dói um pouco.

Eu-Você se lembra de ontem?

Kate-Só me lembro de acordamos de noite na árvore, então um homem veio nós ajudar, mas... Ele nos levou para o caminho errado e bateu na minha cabeça.

Eu-Você só se lembra disso?

Kate-Sim, por quê?

Eu-Nada, fico feliz que esteja bem.

Abraço ela, talvez seja melhor que ela não lembre do que aconteceu de verdade, não quero por ela em perigo e também não quero por "ele" Em perigo, afinal ele salvou nossas vidas, não é?

Kate-Onde estamos?

Eu-Na casa dos pais do Kaique, o pai dele nos achou, lembra?

Kate-Só lembro de ter sido carregada até um carro.

Eu-Bom, acho que André deve estar muito preocupado, preciso de um telefone.

Kate-Cadê o seu?

Eu-Er... Eu deixei cair quando nós descemos, só me deu conta agora.

Kate-Não sei por que sinto que algo está faltando, como se eu tivesse que lembrar de algo, mas não conseguisse.

Eu-Deve ser pela pancada, fique tranquila.

Tento mudar de assunto, ela não pode se lembrar, vai ser ruim para todos se ela ter suas memórias de volta, e se ela contar para os pais de Kaique? Pelo que eu saiba John disse que estava caçando, então podia muito bem estar caçando "ele".

No começo eu tive medo, mas ele não me fez mal, ao contrário, salvou minha vida, não posso deixar que comecem a caçar ele.

Depois de um tempo conversando nós ouvimos barulhos e então a porta do quarto foi aberta, Nicolle estava lá, ela sorriu gentilmente para nós duas e nos chamou para o café.

Nós fomos e vimos que todos já estavam lá, inclusive o irmão idiota do Kaique, ele me olhou da cabeça ao pés, mas eu simplesmente ignorei.

Comi só um pouquinho, não queria abusar deles e também não estava com fome, queria ir logo para minha casa, pois ainda tenho aula hoje, não posso perder nenhum dia sequer, não tenho amigos para me passarem a matéria depois então é o jeito ir.

Kate-Por que aquele garoto está te encarando? Ele me dá calafrios.

Eu-Ele é o irmão do Kaique, um completo idiota.

Sussurre, depois de comer me levantei e Kate também.

John-Bom, nós passamos na sua casa, o seu amigo estava muito preocupado, mas eu falei tudo o que aconteceu com vocês, nós tambem pegamos uma muda de roupa pra vocês, já que se fossem para a casa de vocês chegariam atrasadas, está ali no sofá.

Apontou e eu fui até lá, mesmo estranhando o fato deles saberem onde é minha casa, queria perguntar, mas achei melhor ficar calada, ainda bem que André mandou roupas confortáveis.

Kate-Não sei por que mais sinto que algo ruim vai acontecer.

Eu-Eu também.

Me sinto como se de alguma forma eu estivesse presa nessa casa, como se eles me prendessem aqui, sinto que eles querem algo e eu sou a única que pode lhes dar.

TransformadaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant