Penúltimo capítulo

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Autora

Layla saiu do escritório depois de algum tempo, a mesma pegou todos os papéis que agora, lhe pertenciam, também entrou no cômodo escondido do escritório e teleportou tudo aquilo para a mesma dimensão para a qual tinha mandando as coisas da anciã.

Ao sair, a garota trouxe Esaú junto consigo, usando seu poder para fazê-lo flutuar. No hall de entrada, Dean ainda estava ali, sentado nas escadas com a cabeça apoiada no ombro de Rowena, ele estava dormindo.

Rowena-Eu coloquei um remédio no chá que dei à ele, não vai acordar tão cedo. Ele provavelmente não vai gostar do que vai acontecer a seguir...

Layla-Não mesmo. Obrigada Rowena.

A menina olhou brevemente para o rosto adormecido do castanho, ele devia fantasiar o pai como um grande vilão, mas na verdade... Seu herói que era, um que, talvez, seja ainda pior do que seu pai.

Afinal, passou todo aquele tempo enganando o garoto, lhe fazendo acreditar que era uma pessoa completamente diferente de quem realmente era, seu pai também, mas... Este não tinha mais escolhas. Como dizer ao filho que seu Salvador era na verdade um monstro?

Rowena-O lugar onde todos os corpos da realeza estão enterrados, é atrás dessa casa, inclusive... Perto da Torre, aliás... A pessoa de quem tem que achar os ossos, se chama Jude.

Layla-Obrigada, mas... Como você sabia?

Rowena-Era de se esperar da conselheira real e governanta, certo?

Layla deu de ombros e seguiu seu caminho, deixando a morena encarregada de Dean.

A garota saiu pelos fundos do castelo, percebendo que a torre ficava mais longe do que pensava, o grande espaço atrás do castelo era aberto e coberto pela areia negra que estranhamente, parecia ainda mais escura.

No momento em que se pôs a andar para o local, sentiu a temperatura abaixar, algo que deveria ser bem raro, devido ao local em que estavam. Ela também sentiu uma sensação nada boa passando por seu corpo e fez uma expressão de desgosto... Sabia que em breve veria o rosto do desgraçado de seu pai.

Ah, como ela queria quebrar a cara do desgraçado. Ele matou sua mãe de complô com seu tio, mas... Droga, ele era seu pai! De quebra, fez com que o pai de Dean virasse o desgraçado que era, e ainda mais... Layla acha muito provável que, quando soubesse sobre seu tal poder, ele também iria querer manipulá-la como bem quisesse.

Ela também apostava que ele fingiria, como em todas as lembranças que teve dele... Se ela não tivesse visto as memórias de seu tio também, poderia jurar que aquilo era mentira... O sorriso, os olhos virtuosos e extremamente bonitos, a forma como ele cuidava dela...

Aquelas eram apenas mais alguns lembranças que ela iria ter que aprender a lidar... Ou melhor, esquecer e enterrar, assim como faria com seu tio, seu pai e a organização fajuta que estava atrás de si.

Layla-Todos nós mudamos com o tempo... Mas ele não mudou. Sempre foi o mesmo, apenas fingiu ser aquela pessoa amorosa, cuidadosa e... Incrível. Eu te admirava, pai.

Seu pai tinha achado-a muito tempo depois de seu nascimento, sua mãe desde o começo não permitiu que ele se aproximasse, mesmo assim... Não teve jeito. A garota acabou indo passar um tempo com seu pai, durante seus 5 anos.

Ele sempre foi o melhor para ela e mesmo que estivessem naquele fim de mundo... Até mesmo aquele lugar parecia incrível com ele por perto, sempre arrancava risadas da garotinha e de seu primo, Dean. Tudo aquilo era falso no final?

TransformadaWhere stories live. Discover now