Capítulo 18

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Layla narrando

Estava morrendo de fome, mas não queria correr o risco de encontrar Kaique no caminho para a cantina, a única coisa que queria era estar na minha casa com André, com André do meu lado... Assistindo os chuviscos da televisão, ou jogando conversa fora.

Não posso se quer ligar para ele, por que meu celular ficou na floresta e também não teria como ligar por não ter sinal em lugar nenhum nessa cidade.

Kate-Espero que André esteja bem.

Falou quebrando o silêncio.

Eu-Também espero Kate, também espero.

Aos poucos a sala foi enchendo, vi apenas dois rostos conhecidos entre o povaréu, Luke e Derek, não que os conhecesse muito bem, só foram mas primeiras pessoas que pensei quando entrei na sala.

Estranhamente todos esses alunos novos... Sei lá, me sinto ligada a eles, de certa forma tudo parece estar ligado mesmo, Kaique, Luke meu vizinho, Kate prima do André, sem falar em Alec... Sinto que posso confiar nele... Será que devo seguir minha razão? Ou meu coração?

Não prestei atenção na aula, hoje sairiamos mais tarde, nos dias de Terça e quinta, saímos uma hora mais tarde, detesto isso, mas fazer o que? Já tentei fingir passar mal, mas nunca me deixavam ir pra casa, apenas me diziam para ir descansar na enfermaria.

Eu-Professor posso ir no banheiro?

Perguntei e o professor olhou pra mim por um momento, mas depois assentiu, eu sai da sala e fui na direção oposta a dos banheiros, fui até a porta da sala onde Braeden estava dando aula, bom, seria para ela estar dando aula. Mas na sala não tinham alunos, quer dizer não ouvi a voz deles, apenas a dela e de... Kaique?

Kaique-Você sabe que meu pai não vai descansar até conseguir as respostas.

Braeden-Eu sei, mas Layla não tem nada haver com isso, eu conheci a mãe e a avó dela, sei que... Elas são boas pessoas.

Kaique-Não estou falando que são pessoas más, porém ela estava lá e a árvore onde ela disse que estava está toda arranhada, não são arranhões normais.

Braeden-ELA NÃO TEM CULPA! Aquela árvore...

Kaique-O que tem a árvore?

Braeden-Nada.

Kaique-RESPONDA, NÃO GOSTO QUE ME FAÇAM DE IDIOTA.

Braeden-Não grite comigo eu ainda sou sua tia, você me deve respeito.

Kaique-Terá meu respeito se me disser, eu mais que ninguém quero que Layla saia disso sem se ferir.

Braeden-Tudo bem, venha aqui, ninguém pode ouvir isso.

Eu estranhei um pouco o tom de voz dela, eu olhei pela brechinha da porta e então vi que ele foi até ela, ela estava escondendo uma barra de ferro atrás de si, quando ele chegou perto o suficiente ela o bateu com toda a força e pulou a janela.

Eu quase gritei com o susto, estávamos no 3° andar, ela iria morrer... Kaique tentou chegar até a janela, mas ele acabou caindo desmaiado no chão. Não confio nele, não mais, porém não posso deixá-lo aqui desse jeito.

Eu entrei correndo na sala, antes de ir até Kaique eu fui até a janela e olhei para baixo, esperava ver o corpo de Braeden no chão, porém... Não tinha nada, nem corpo nem sangue, que diabos?

Me virei para Kaique e fui até ele, me ajoelhei e passei minhas mãos por de trás da sua cabeça, era aonde Braeden tinha batido. Tinha um pouco de sangue, nada mais, porém quando toquei ele fez uma expressão de dor, com certeza ficaria doendo por um bom tempo.

TransformadaWhere stories live. Discover now