Capítulo 21

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Layla narrando

Braeden guiou a gente por uma trilha, por que diabos ela tinha uma casa noeio do nada? Bom, e se lá na cidade não tinha sigla imagina aqui, estou bem arranjada mesmo.

Sem falar que ainda não descobrimos quem foi que me ligou naquela noite, cada vez Fica pior e eu tenho mais perguntas para fazer... Quer dizer, cada vez mais a gente fica sem resposta alguma.

Braeden parou em frente a uma casa de madeira simples, até me surpreendi ao ver a casa, não que eu pensasse que Braeden estava mentindo, mas... Tinha uma certa desconfiança.

A casa era simples e se eu não soubesse que era de Braeden, iria parecer uma casa abandonada pra mim, como se fosse daqueles filmes de terror... Meu deu até calafrios agora.

Entramos na casa e Braeden nos deu lanternas, como estávamos no meio do nada ficava cada vez mais difícil ter algum tipo de sinal ou energia. A única coisa que me incomoda mesmo é o fato de ter muitos... Mosquitos.

Tinham apenas dois quartos pequenos na casa, como Braeden era dona da casa, decidimos que iríamos dormir os três (eu, Kate e André) em um só quarto, afinal no quarto tinha uma cama de casal e uma cama de solteiro.

Colocamos nossas coisas no quarto, era quase como se ela soubesse que nós viriamos para cá, parece que foi tudo planejado. Droga, porque essa família do Kaique parece ser tão misteriosa, misteriosa não, doida, não viu o pai dele? É doido de pedra.

Depois de beber água e comer uma fruta, fui me deitar, Kate, André e Braeden estavam conversando sobre sei lá o que... Em pensar como minha vida mudou tanto desde a chegada dessas pessoas na cidade, o pior de tudo é que eles são poderosos, muito poderosos, quero dizer... Eles são uma família rica e Braeden disse que tem um patrimônio de milhões de reais, como podemos fugir deles? É impossível.

Maldita hora que fui me meter com essa família. Principalmente com Kaique.

-Você está bem?

Olhei para a porta do pequeno quarto e vi André escorado na porta, eu assenti e ele veio até mim se sentando na beirada da cama.

Eu-Sabe eu não consigo entender como tudo isso aconteceu.

Falei com a voz embargada enquanto algumas lágrimas rolaram.

André-A gente vai ficar bem, vamos sair daqui e ir para bem longe dessa família de idiotas filhos da mãe, não precisa ficar assim.

Eu-Mas é minha culpa e o pior é que eu nem sei o que eles querem de mim.

Abracei ele e ele retribuiu, ouvimos alguém bater na porta e eu soltei ele, limpei as lágrimas que ainda rolaram por minhas bochechas e olhei para a porta.

-Desculpe interromper, mas eu preciso sair, Kate está dormindo no meu quarto, eu apareço de noite com o jantar.

Ela pisca e sai andando com seus... Saltos altos vermelhos, como ela consegue andar nesse negócio? Revirei os olhos e fiquei observando ela até a mesma sair de minha vista.

André-Bom, eu acho que vou me deitar um pouco, passei um dia inteiro esperando notícias suas.

Eu-Você fala como se fosse minha culpa, não me culpe por uma família poderosíssima está atrás de mim e eu nem saber o por que.

Ele apenas concordou com a expressão cansada e se deitou na cama de solteiro, se virou para o lado e logo sua respiração ficou calma, soube que ele tinha dormido.

Ainda estava de manhã, no entanto parecia que era noite, me levantei da cama e fui seguindo para o corredor, parei na cozinha e fui até a porta dos fundos, abri a mesma que estava bem trancada e olhei para a floresta diante dos meus olhos.

Estava claro e se podia ver tudo, hoje é noite de lua cheia e estou me sentindo um pouco estranha quanto a isso, devo estar cansada ou sei lá. Sai da casa e fui até uma trilha que era a saída.

Só queria ver se tinha alguém por perto, minha visão parecia mais ampliada e eu sentia cheiros vindos de vários lugares, era impressionante mais ao mesmo tempo assustador.

Conforme ia andando vi as pegadas de Braden, ela estava mesmo andando de salto num lugar desses? Isso que é nunca perder a linha, mesmo estando perseguida pela própria família não sai do salto, literalmente.

Apaguei suas pegadas com as minhas e continuei andando, chegando no meio do caminho tinha um caminho para a direita e outro para a esquerda, escolhi o contrário, o que levava para bem longe da cidade, creio eu.

Senti uma imensa vontade de correr e assim fiz, comecei a correr sentindo o vento batendo em meu rosto, meus pulsos não estavam doendo, mas ainda estavam roxos pela prensada que o irmão de Kaique me dei, com certeza todos daquela família são imbecís.

Olho para o lado e arregalo os olhos com o que vejo, paro de correr quase que imediatamente e vou até o corpo, sim, tinha um corpo todo cheio de sangue no chão todo cheio de terra e folhas.

Quando cheguei mais perto fui arremessada no chão, só senti o impacto então fechei os olhos com força, senti um peso sobre meu corpo então rapidamente olhei para ver quem era... Ou o que era.

Como estava claro pude ver com mais detalhes... Pelagem negra, escura como a noite, olhos vermelhos que me olhavam, ele era gigante, tive a vontade de gritar, mas o medo me deixou muda, foi... Foi ele que matou essa pessoa? Ele vai me matar?

TransformadaWhere stories live. Discover now