43º capítulo

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- “Estamos no BrownPark.” –eu comento com um sorriso, quando saímos do autocarro.

- “O teu parque preferido.”

Eu sorrio-lhe e ele puxa-me para uma mesa de madeira. A mala que veio com ele o caminho todo abre-se e ele retira inúmeros taparueres com tampas com diversas cores. Olho para ele, confusa, e ele começa a abrir as caixas. Revela sandes, uma salada, ovos cozidos, batatas fritas e uma caixa com uvas.

- “Vamos fazer um piquenique.”

- “Tu sabes que um piquenique é suposto ser connosco sentados no chão e com uma toalha, e com um cesto cheio de comida.” –eu comento.

- “Okay, vamos fazer um piquenique um pouco alternativo.”

- “Fizeste isto?”

- “Porra, não, achas? Foi a tua mãe. Eu tentei temperar a salada e saí-me mal.”

- “És inacreditável.” –eu digo, rindo alto.

- “Oh, vá lá, fui eu que dei a ideia.”

- “Vamos começar a comer, estou esfomeada.”

Ele ri e pega numa sandes, levando-a à boca. Faço o mesmo e ele retira pacotes de sumo da mala, e entrega-me um. Dou um gole e continuo a comer a sandes.

- “O que temos mais para fazer hoje, para além deste piquenique alternativo?”

- “Pouco mais. Prometi à tua mãe que às 17h estavas em casa para estudares para o teste de Geografia que vamos ter na terça-feira.”

- “Ugh.” –eu protesto e ele ri.

- “Só refilas.”

O almoço é divertido. Sempre connosco a embirrarmos um com o outro e eu a criticar o Louis de como ele não consegue cozinhar quase nada. Quando acabamos, eu ajudo-o a arrumar as coisas na mala e ele põe-na nas suas costas.

Andamos pelo parque, e eu compro um gelado para cada um. Acabamos por nos sentar num banco e ficamos calados a comer os nossos gelados, enquanto vemos as crianças a brincarem umas com as outras pelo parque.

- “Posso dizer-te uma coisa?” –Louis pergunta.

- “Sim, claro que sim.”

- “Mas não podes gozar comigo.”

- “Depende.”

- “Depende do quê?” –ele pergunta confuso.

- “Se me fores contar uma experiência pior do que a tua na neve quando fizeste ski com o James, eu vou ter de gozar contigo.”

- “Eu vou matar o James por te ter contado isso.” –ele refila enquanto revira os olhos.

- “Agora a sério, podes dizer.”

- “Eu…” –ele começa.- “Eu hoje… Bem, eu sonhei contigo.”

Um sorriso forma-se no meu rosto e eu olho para ele. As suas bochechas têm um certo tom avermelhado e ele sorri para mim.

- “A sério?”

- “Sim.”

- “Isso é tão adorável.”

- “Oh, não comeces com as frases gays.” –ele refila e eu rio.

- “Estou a falar a sério.”

- “Eu também.” –ele continua a rir.- “É normal estas coisas acontecerem quando estamos apaixonados… Eu apenas queria que o soubesses.”

two is better than one || 1ª temporadaWhere stories live. Discover now