32º capítulo

1.2K 73 2
                                    

- "Só queria pedir desculpa por aquilo ao almoço. Do teu pai. Eu não fazia ideia." 

- "Não há problema, o senhor não sabia." -encolho os ombros.

Estou aliviada por ser este o assunto que o pai de Louis tem para falar comigo. Sinceramente, estava a começar a ficar assustada e a pensar mil e uma maneiras para lhe dizer que estou com o Louis porque gosto dele e não pelo seu dinheiro. Ugh, sou tão paranóica. Eu e o Louis não estamos juntos. Não estamos.

- "Eu lamento imenso. Só quero que saibas que se tu ou a tua mãe precisarem de alguma coisa, podem contar connosco."

- "Agradeço imenso, Mark."

- "Eu sei o quanto o casamento pode ser complicado." -ele desabafa e eu olho para ele confusa.- "Fui casado antes da Johannah. Eu e ela nunca chegámos a casar, porque entretanto o Louis nasceu."

- "O senhor e a Johannah não são casados?"

- "Não, querida. Apenas não aconteceu na altura e nunca pensámos muito nisso depois." -ele encolhe os ombros.

- "Oh, pensei que fossem."

- "Eu queria. Mas na altura a Johannah não queria porque o meu divórcio ainda não tinha totalmente acabado, e anos depois aquilo ainda não se tinha resolvido, e depois o Louis nasceu e não houve tempo."

- "Não fazia ideia."

- "Mas eu ainda tenho esperanças em que eu e a Johannah casemos. Tu sabes, temos três filhos, uma casa incrível. Formámos uma família, e até mesmo a nossa empresa."

- "O Louis nunca me tinha falado que o senhor tinha uma empresa."

- "Tenho uma editora de livros. Eu sou quem dirige, a Johannah ajuda-me, mas é uma trabalhadora normal, apenas mais influente."

- "Oh, isso é incrível."

- "O Louis está em humanidades para seguir com o império da família."

Mark tem um sorriso orgulhoso estampado no rosto, e consigo ver o quão feliz ele é com a ideia do Louis herdar a editora. No entanto, o Louis nunca me contou nada disto. Ele apenas mencionou que a sua mãe trabalhava numa editora, quando me ofereceu o livro no natal.

- "Mas ele nunca te tinha falado disto?"

- "Talvez tenha falado e eu me esqueci ou percebi mal. Sou um pouco distraída." -encolho os ombros. Não quero que o pai de Louis fique a pensar que nós não confiamos um no outro.

- "Uma rapariga como tu tinha de ter algum defeito." -ele diz, enquanto gargalha e eu sorrio.- "Tu queres seguir o quê na faculdade?"

- "Escrita criativa, jornalismo ou literatura. Ainda estou a estudar as opções."

- "Isso é interessante. Talvez pudesses estagiar lá na editora."

- "Sim, isso seria ótimo." -dou um grande sorriso.

- "Para o ano falamos nisso." -eu assinto.- "Estou contente por seres tu a rapariga que o meu filho escolheu."

- "Oh, obrigada Mark."

Ele ainda não me parou de elogiar e estou com receio de estar a rebentar de tão vermelha que estou.

- "Estás a pensar em alguma faculdade já?"

- "Bom, o meu melhor amigo está no 12º ano e está a ver faculdades, e eu ando a ajudá-lo e algumas chamam-me a atenção. Mas para o ano vou começar a candidatar-me para a New York University."

- "Isso é interessantíssimo! Mas sabes que para essa universidade, tu podes comprar a tua própria bolsa."

- "Eu sei. Mas quero merecê-la. Para além do mais, a minha família não tem essas condições financeiras."

two is better than one || 1ª temporadaWhere stories live. Discover now