AMYAH ➛ JUSTIN BIEBER

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Alexa Hardy

Voltava para casa, depois de um dia de aulas. Sentia-me cansada, visto que estávamos no último período e os trabalhos começavam a ser imensos.

Assim que virei para a rua do apartamento, os meus olhos focaram-se numa silhueta a tentar acertar o código da porta. Ao observar-me, correu para um beco perto do prédio. Estranhei toda a situação. Estranhava mais, aquela sensação de estar a ser observada desde que voltei da viagem de finalistas. Havia alguma coisa. Algo não estava certo e cada vez tinha mais certezas disso.

Decidi caminhar até ao beco, embora deixando a mochila dentro do prédio, caso algo errado acontecesse. Espreitava uma e outra vez para o beco, observando a tal silheuta ao fim do mesmo.

Percorri o beco, tirando o telemóvel do bolso. A pessoa parecia aflita, indefesa pela posição e pelo facto de estar encostada à parede.

Liguei a lanterna do telemóvel, apontando-a para a pessoa.

- Alexa?

Não queria acreditar no que os meus olhos viam. Alexa Hardy, indefesa, roupas rasgadas, pele também com alguns rasgões e terra. Perguntava-me o que lhe tinha acontecido, mas era impossível não sentir o sabor a vingança dentro de mim.

Os meus punhos já fechados, a minha raiva começava a sobressair-se. Alexa murmurou algo que nada consegui entender.

- Dá-me um motivo para não piorar o teu estado. – Murmurei, mantendo o meu olhar preso no dela.

- Deixa-me ajudar-te. Contra o meu pai. – Sussurrou. A sua voz demasiado fraca, meio rouca e pouco alta. – Quero vingar-me tanto quanto tu.

Antes que lhe pudesse responder, as suas pernas fraquejaram e a mesma foi de encontro ao chão. Um pequeno gemido de dor abandonou os seus lábios. Baixei-me à frente dela, pois tinha a certeza que naquele estado, jamais conseguia esticar a mão para fazer o que quer fosse.

Analisei o estado dela com a luz da lanterna, apercebendo-me que não se encontrava nada bem.

- O que te aconteceu? – Murmurei, tentando manter a calma. Depois de Brandon ter partilhado a história da Alexa comigo, não podia simplesmente explodir com ela. – Foi o teu pai que te deixou assim?

Ela balançou a cabeça, dando-me agora as certezas que precisava. Os seus olhos encheram-se de lágrimas. Tirei o meu casaco, cobrindo os seus ombros com o mesmo, visto que começava também a tremer.

Ajudei-a a levantar-se e a caminhar até ao meu prédio. De qualquer forma, ela já sabia onde morava.

Toquei à campajnha, ouvindo a voz de Kellan do outro lado. Sem tirar os olhos da morena sentada nas escadas, expliquei a situação a Kellan e pedi-lhe que descesse com a minha mãe, visto que Alexa precisava de ser vista por um médico. Ninguém melhor que a minha mãe para o fazer no momento. Ambos desceram as escadas e em meros minutos, Alexa estava nos braços de Kellan, já coberta com uma manta.

Peguei na minha mochila atirada nas escadas e subi as escadas à frente deles, explicando melhor como havia encontrado a rapariga. Obviamente que a minha mãe ainda desconfiou que as suas marcas foram feitas por mim.

Após sentarem a morena no sofá e lhe ofereceram um chocolate quente, a mesma enroscou-se nas mantas a saborear a bebida.