AMYAH ➛ JUSTIN BIEBER

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"No, I guess"

O meu telemóvel vibrava constantemente. JC e Josh mandavam-me mensagens em branco, com intenções de me irritar. Costumavam fazê-lo várias vezes, quando ainda estava a estudar em Santa Monica. Tanto comigo, como com Evelyn, pois esta não prestava muito atenção ao telemóvel, a não ser quando tocava.

Lembro-me perfeitamente de ter sido dispensada de uma aula, por me ter esquecido de silenciar o telemóvel.

Sai do autocarro, avistando Madison com Ian. A morena tinha um sorriso rasgado no rosto e o rapaz, com o seu típico ar tímido. Passei por ambos, dirigindo-me ás bancadas.

Chegara primeiro que Justin. Encostei-me a um dos pilares que sustentavam a bancada e esperei que o rapaz aparecesse. O espaço exterior estava deserto e no momento em que tocou, os corredores tornaram-se silenciosos e vazios. Minutos depois, Justin apareceu à minha frente, com um ar ensonado. Arqueei a sobrancelha quando atirou a mala para o chão e se encostou a um outro pilar.

Parecia preocupado, chateado com algo. A sua expressão trancada e não matreira, denunciavam-no. Para além, da forma brusca como atirou a mala.

- Passa-se alguma coisa?

- Não sei, diz-me tu. – Respondeu brusco, encarando-me. Relembrei então o que lhe havia dito nas mensagens.

- Ok, falamos depois. – Arqueei a sobrancelha, preparada para sair dali. O Justin esticou o braço, para que não fosse.

- Não vás, desculpa. – Murmurou, desta vez mais calmo, após um suspiro abandonar os seus lábios. Voltei a encostar-me, sentindo os seus olhos pousados em mim. Ao levantar a cabeça, os nossos olhares cruzaram-se.

Justin aproximou-se de mim, com intenções de roçar os nossos lábios. Virei a cara, visto que não me podia afastar dele. Afastou-me um pouco, meio confuso com o meu ato.

- Amyah?

- Ouve Justin, eu não consigo. Tu estás a levar isto para outro patamar, estás demasiado apegado e eu avisei-te que não queria que isso acontecesse.

- Eu pensava que...

- Pensaste mal. – Interrompi-o. – Estou a sentir-me pressio...

- Pressionada? – Forçou uma risada, embora a sua expressão fosse sarcástica. – Aliás, apegado? Tu não me dás oportunidade para me apegar.

- O que queres dizer com isso?

- O que achas, Amyah? – Balançou a cabeça, encostando-se ao pilar, onde outrora de havia encostado. – Tu ages como se eu estivesse apaixonado por ti, como se quisesse pôr-te um anel no dedo e foda-se, não quero! Como é que podia pensar nisso, se nem oportunidades para estar contigo, tenho?

- Essa conversa é de alguém que já desenvolveu sentimentos que não devia! – Elevei o tom de voz. – Era isto que queria evitar!

- Deves de te achar muito boa, para que todos os gajos se derretam aos teus pés, mas sabes que mais? Não és, nem perto!

Balancei a cabeça e soltei uma gargalhada.

Revirei os olhos e passei por ele, sem lhe dar oportunidade para me agarrar. Caminhei para a sala de aula, já uns vinte minutos atrasada. Ao bater à porta, o típico sermão foi dado, apesar de não ter ouvido nem metade do que foi dito. Sentei-me ao lado de Alisson, que virou o caderno para mim, para tirar os apontamentos.