- Primeiro o meu pai, depois o meu irmão e agora Brandon. Lamento Justin, se não quero que sejas o próximo! – Acabei por admitir, deixando-o meio incrédulo com as minhas palavras.

- Não me importa, Amyah. Desde que esteja contigo.

- Por favor! – Elevei novamente o tom de voz. – Isto não é uma típica história de amor em que acaba tudo bem, não percebes?

- Eu sei! Porra Amyah, eu sei! – Elevou também a voz. – Pára de fazer decisões por mim.

- Justin, entende uma coisa. Eu não preciso de ti, nunca precisei. E não quero estar contigo, ok? Não preciso de ti.

A sua expressão tornou-se vazia. Os seus lábios entreabriram-se e eu sabia que precisava de o fazer. Era a única maneira de impedir que fosse atrás de mim. Olhá-lo nos olhos e dizer-lhe tais palavras, custou-me mais do que aquilo que esperava. O autocarro apareceu, entretanto.

Mais uns segundos a olhar para ele, acabaria por mostrar o quão difícil estava a ser, também para mim.

Entrei no autocarro, deixando-o parado no mesmo local.

(...)

Sentada no sofá a saborear uma pizza sozinha, não deixava de pensar no que dissera a Justin.

Percebia, o quão afetada estava. Algo dentro de mim parecia descontrolado, pois estava constantemente com o rapaz no meu pensamento e a relembrar os poucos momentos com ele. Tanto na piscina a meio da noite, como o jantar com direito a cinema sob o carro, principalmente, as mãos dele pelo corpo, enquanto os nossos corpos se saboreavam naquele duche.

Tudo isso começava a mexer comigo. E eu sabia, sabia que por mais que tivesse tentado evitar, havia algo mais que uma atração. Um sentimento pequeno, que me torturava cada vez que era rude com ele.

Era tão claro agora. Mas não podia voltar atrás, não podia deixar que ele se arriscasse por mim, mesmo que isso significasse não voltar a senti-lo.

- Amyah, queres explicar-me o que raio se passou no hospital? – Dei um pequeno salto, pois não ouvira a minha mãe e Kellan a chegar. – Estou a falar contigo! – Elevou a voz e Madison apareceu também na sala.

- Tu sabias? – Levantei-me, encarando-a. – Sabias que o Frank era dono de um estabelecimento de prostitutas? E que o pai descobriu, dai estar atrás das grades? – A expressão da minha mãe tornou-se outra. – Tu sabias?

- Suspeitava, tal como o teu pai. – Murmurou e uma risada falsa escapou pelos meus lábios. - Foi isso que te contou? Que eu sabia de tudo? Qual era a ideia do Daniel, virar-te contra mim?

- Eu não estou a ouvir isto. – Passei as mãos pelos meus cabelos, rindo-me pelo nariz, o que soou bastante falso. – Ele não me contou nada! Acho que nunca esperou que a própria mulher deixasse de acreditar nele.

- Tu não sabes aquilo que dizes.

- E tu sabes? – Ri-me, olhando para Kellan. – Sem qualquer ofensa, Kellan.

- Do que falas, Amyah? O que é que o teu pai te disse?

- Apenas o nome da filha do Frank Hardy. Brandon, enquanto era torturado inúmeras vezes, é que soube tudo.

- Torturado?

- Sim. – Kellan parecia aterrorizado, tal como a minha mãe. – Torturado, Kellan.

- Obrigada por nunca me teres contado as tuas suspeitas e por me teres feito acreditar que o meu pai era um assassino. – Encarei a minha mãe, dando ênfase em cada palavra. – Não há como te odiar mais.

Balancei a cabeça, vendo os seus olhos cheios de lágrimas.

Ignorei o teatro prestes a começar e virei-lhes costas, caminhando para o meu quarto, onde me tranquei mais uma vez. A injustiça que cometi para com o meu pai, conseguia ser maior que qualquer outra que alguma vez foi cometida. Odiava-me por isso.

(...)

Tenho apenas três capítulos para fazer e a história está terminada. Irá ter 70 capítulos de história e vários de Instagram que estão por vir!

AMYAH  ➛  JUSTIN BIEBER Onde as histórias ganham vida. Descobre agora