CAPÍTULO 56

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Meu domingo foi agitado; não que antes não fosse, mas é que agora minhas obrigações eram realmente importante, no sentido de que qualquer decisão minha poderia provocar morte ou vida, riqueza ou miséria, entendem o que eu digo?
Acordei cedo, segui direto para o escritório acompanhada minha secretaria Tiffany, lá, encontrei-me com Reynold, o primeiro-ministro Abhram e outros chefes de Estado e que ajudavam meu pai em suas decisões ou campanhas militares. Já havia tomado muito antes a decisão de que não faria outro Congresso para decidir os membros constituintes do Parlamento,. Convivi e trabalhei todos esses anos com eles, sei a competência de cada um, e bem, meu pai quem os escolheu, e confiou neles, e eu confio no meu pai e seu julgamento, não interferirei em nada, por enquanto.
Felix passou rapidamente aqui com seu pai para assinar os papeis do nosso novo acordo, nada tão demorado e que exigisse muito tempo. Foi algo simples que só envolveu algumas assinaturas e um aperto de mãos.
Ao se retirar, Reynold trouxe, literalmente, uma lista do que deveria ser feito de início, ou melhor, o que era considerado "importante" de fato.
Primeiramente, deixamos claro que a Constituição ou qualquer outra mínima lei não seria mudada. Eu conhecia bem as leis e tudo o que meu pai havia feito, estudei durante vários anos a Constituição do meu reino e em como ela mudou desde o século passado, e, sabendo disso, tenho certeza de que a melhor decisão – no momento – era deixar como eu estava.
-A Constituição será mantida, essa é a minha palavra final. – Aviso de uma vez por todas já que um conselheiro, James Walsh, deputado de grande influência no parlamento, continuava a insistir que tinham sim medidas que deveriam ser feitas. Porém, com a minha ultima fala, o mesmo foi obrigado a se calar.
-Seguindo para o próximo tópico. – Reynold continua, encarando feio o deputado e tentando se concentrar na sua lista. – Um general. – O olho do outro lado da mesa. – Vossa majestade precisará de alguém que comande suas tropas, ele ou ela será você no campo de batalha, e no meio de todos os soldados.
-Está bem, quais são nossas opções? – Pergunto a Reynold.
-Bom, temos uma grande lista dos tenentes e coronéis que seriam aptos para tal trabalho. No momento, praticamente todos se encontram na base April, ajudando a criar estratégias para a guerra.
-Quero o nome de todos, e sua fichas também, quero saber tudo sobre cada um. – Peço me virando para Tiffany que assente. – Não podemos correr o risco de outra traição no exercito ou no parlamento. – Explico a todos os presentes.
-Há mais algo a ser resolvido? – Questiono anotando em uma pequena folha de papel as tarefas que deveria realizar ainda hoje.
-Sua irmã. – Meu ex tutor e agora conselheiro diz solene. Minha atenção se esvaindo imediatamente daquele papel e seguindo suas palavras. – Podemos começar as buscas quando a senhorita quiser. – Reynold profere.
Não respondo, permaneço quieta enquanto mil estratégias e teorias atravessavam minha mente a procura de uma solução. Quero encontrar Ashley o quanto antes e preciso de um bom plano para apenas começar as buscas, decidindo o que farei primeiro.
-Por favor, deixem-me a sós com Reynold. – Peço a todos eles que se entreolham confusos, mas permaneço impassível, esperando que todos se retirassem.
Os conselheiros se levantam e, após uma breve reverencia da parte deles, se retiram finalmente, deixando-me sozinha com Reynold.
-No que está pensando? – Ele me indaga.
-A base April, ela é o centro de comando militar, não é?
-Sim.
-Estou pensando em viajar até lá para que eu possa estar presente nas buscas por Ash.
-Majestade, sabe que-.
-Sim, sei que pode ser estranho que uma rainha vá presencialmente até uma base militar, mas irei, quero inspecionar de perto as buscas pela minha irmã. Além de que lá poderemos aproveitar para fazermos nossas estratégias militares e começarmos a agir contra as investidas de Northshire.
A base April é o centro estratégico e militar de todo o reino, é onde toda a ação acontece.
Ela se localiza no centro do reino, diferentemente do palácio que é no litoral. O lugar é um ponto estratégico, em uma parte mais elevada do relevo, enfim, é o lugar perfeito para ser o nosso centro de operações.
-Admito que faz sentido o que diz. – Ele confessa. – Mas não prefere ir daqui algumas semanas? – Ele sugere.
-Não. Esperei tempo de mais, se fosse por mim teríamos ido atrás dela assim que foi raptada.
-Sendo assim, posso começar a preparar a comitiva para irmos até a base April?
-Certamente que sim. Que fique claro que apenas você dos conselheiros irá.
-Sabe que eles exigirão ir, não sabe?
-Sim, mas você é o único que eu confio.
Um silencio se instaura entre nós.
-Grace. – Ele diz com ternura olhando para o seu caderno, e depois mais uma vez para mim. – Eles não farão o que seu tio fez.
-Não é só por isso. – Minto. – Eu simplesmente quero que somente pessoas de confiança vão. E não tente me convencer do contrario. – Apresso-me a dizer.
-Sendo assim, farei como quiser majestade.
-Avise a base April que estamos chegando, e que entre eles escolhemos o novo general.
-Pode deixar. – Ele diz se levantando e reverenciando como os outros antes de sair.
Não demorou muito para que Tiffany aparecesse... acompanhada de minha mãe?
-Mãe? O que faz aqui. – Disse me levantando de meu assento. Minhas costas doíam por ter ficado tanto tempo sentada na mesma posição, sem contar a tensão que resolver tantos problemas me causou.
-Você perdeu o almoço. – Ela responde.
-Perdi? – Questiono espantada.
Eu não vi a hora passar, para mim, ainda eram onze horas da manhã, mas não, olhando pela primeira vez em meu relógio percebo já ser duas da tarde.
-Caramba, eu nem percebi.
-Imaginei mesmo, seu pai fazia igualzinho a você. – Fala entrando no escritório atrás de Tiffany que já seguia até ao meu lado na mesa. – Por isso, pedi que trouxessem seu almoço.
-Obrigada, mãe. – Falei honesta a ela.
-Majestade, aqui estão as fichas que me pediu. – Tiffany entrega para mim, deixando-as em minha mesa.
-Obrigada, Tiffany, se quiser pode se retirar, almoçar, ou simplesmente dar uma pausa, sei que ficou a manhã inteira aqui comigo e deve estar cansada. – Sua feição se espantou com a minha atitude, mas suavizou em agradecimento.
-Obrigada, majestade. – Ela reverencia assim como todos e se retira, passando pela porta que entrou junto de minha mãe.
-Que fichas são essas? – Minha pergunta se sentando em uma cadeira a minha frente.
-De tenentes e coronéis que são cotados como novo possível general. – Lhe explico.
-Quer ajuda? Não tenho nada para fazer e parece ser muita fichas. – Ela se dispõem.
Olhando para as fichas mais uma vez, noto se realmente varias, uma pequena torre formava com a quantidade. Provavelmente ficaria a tarde toda aqui se fizesse sozinha.
-Claro. – Assinto para a minha mãe, contente por ela estar me ajudando com coisas do tipo.
-Almoce primeiro. – Diz em tom repreensor.
Mesmo eu sendo a rainha e mandando em todos, ainda tem alguém que manda em mim.
-Pode deixar, mamãe. – Asseguro-a sentando-me em minha mesa onde ela havia deixado meu almoço.
-Vou começar a checar as pessoas. – Ela diz pegando um pequeno monte de fichas.
Assim foi o meu almoço, minha mãe comentando sobre a vida alheia dos tenentes e coronéis, enquanto eu ria e tentava terminar minha comida.
-Não confio neste homem. – Ela diz olhando severamente para um ficha.
-Por que não? – Pergunto esticando meu pescoço para conseguir enxergar a figura.
-Olhe que corte horrendo! Quem em sã consciência faria algo assim consigo mesmo?! – Ela me mostra o homem que realmente precisava rever seus conceitos de corte de cabelo.
-Mãe, lembre-se que estamos vendo a personalidade deles, não o corte de cabelo ou aparência, embora eu também achado péssimo. – A relembro.
-Está bem, vou me concentrar. – Diz bufando e pegando a próxima ficha.
As horas se passavam e continuávamos vendo currículos e determinando quem seria ou não seria qualificado para o trabalho, não tínhamos o luxo de cometer qualquer erro.
Dispensei Tiffany mais cedo, era bem provável que ficássemos somente fazendo isso e de nada adiantaria sua presença no momento, além de aposto que a garota ficaria muito feliz com essa pequena folga, já no primeiro dia havíamos feito tanta coisa.
-Ahá! – Minha mãe exclama. – Era esse mesmo que eu estava procurando. – Diz apontando para a pasta que segurava com as informações da pessoa. – Ele ajudou muito seu pai, era um homem de extrema confiança dele, acho que pode ser quem estávamos procurando. – Ela me entrega os papeis.
-Coronel Weather? Seu nome é familiar, acho que o conheço. – Comento pensativa.
-Certamente que sim, houve uma época que ele ficava instalado no palácio e ajudava seu pai diretamente aqui. Mas, depois de alguns, decidiu ir em bora.
-Por quê? – Questiono.
-Dizia que sentia falta do combate corpo a corpo, de estar em uma base militar, dar as ordens e ficar de cara com os riscos que uma guerra proporciona. Onde já se viu? – Minha ri da possibilidade de alguém desejar, literalmente, correr para o perigo.
-E aqui diz que ele está na base April atualmente. – Lhe digo lendo sua ficha. – Reynold estava planejando uma viagem a base April. – Conto a minha mãe.
-Reynold vai à base April? – Ela pergunta curiosa.
-Eu vou à base April. – Corrijo-a.
-Como assim? Do nada resolveu que iria?
-Eu preciso resolver assuntos militares, incluindo as buscas por Ashley, e quero estar ali, quero comandar tudo e fazer o possível para encontrar a minha irmã. Sem contar que eu preciso nomear um novo general, e faria isso lá.
-Começarão as buscas por Ashley? – Seu tom é de esperança e otimismo; eu apenas assinto a sua pergunta que imagino ter sido retórica. – Sinto tanta falta dela. Não há uma noite que durmo sem a ter em meus pensamentos e orações. – Fala comprimindo os lábios pela ternura de seus pensamentos em como a filha possa estar.
-Prometo que a encontrei sã e salva. – Seguro em sua mão tentando lhe passar confiança e determinação.
-Quando pensa em ir? – Pergunta eufórica.
-Espero que até amanhã de manhã eu já tenha embarcado no avião.
-Quem irá?
-Bom, uma pequena comitiva com a minha secretaria, Reynold, alguns soldados obviamente, mas pensei em chamar mais alguém da minha confiança.
-Por que não chama algum de seus amigos? Felix é claro, como seu futuro marido e rei. Avise-os no jantar e veja quem quer ir. – Ela sugere.
-Ótima ideia, mãe, assim o farei. – A garanto.
-Bem, acho que agora eu já irei, terminamos as fichas e o jantar é em meia hora. – Minha mãe se levanta.
-Em meia hora? – Digo abismada pelo horário.
-Sim, passamos a tarde toda resolvendo problemas.
-Nossa, eu realmente não tenho visto o tempo passar. – Falei chocada.
-Mesmo você sendo rainha, a obrigarei a parar de fazer o que quer que seja o que está fazendo e ir se arrumar para jantar. Rainhas também precisam de descanso. – Fala autoritária ainda sendo a minha mãe.
-Como quiser, senhora. – Ergo minhas mãos para cima, rendendo-me e nem sendo louca o suficiente para discutir com ela.
Saímos juntas, porém em uma bifurcação no corredor, nos separamos, cada uma seguindo para uma ala diferente do palácio, já que nossos quartos ficavam um tanto distantes um do outro.
Marli aguardava-me em meu quarto, sempre alegre e disposta a tudo.
Ella dizia que era eu quem trazia animação para sua vida, mas duvido que seja o contrário.
-E aí? Como foi seu dia? – Ela perguntou ao me ver adentrando meus aposentos.
-Muito bom, exaustivo, porém bom.
-Ah, que maravilha!
-Pode ir separando o meu vestido enquanto tomo um banho? - Peço e a mesma assente no mesmo instante. – Passei o dia inteiro assim e tudo o que eu preciso é de uma ducha quente e relaxante. – Falo mais comigo mesma do que com Marli.
Sigo até o meu banheiro onde, como eu desejava, relaxei com a água quente caindo sobre os meus músculos tencionados pelo nervosismo de simplesmente ter trabalhado em um escritório o dia todo.
Marli escolheu, como sempre, a roupa ideal. Seu senso de estilo era ótimo, e, por me conhecer a vida toda, sabia exatamente como eu me vestia, o que facilitava tudo, e fazia com que eu não me preocupasse nem um pouco sobre o que ela poderia escolher, confiava plenamente em minha dama para tal tarefa.
Como tenho costume de fazer, ao sair do meu quarto para seguir até o Salão de Refeições, chamei Daphne.
-Estava apenas a esperando. – A garota disse ao abrir a porta e ver a minha figura.
-Como sabia que a chamaria?
-Não sei. – Ela deu de ombros. – Telepatia? – Sugeriu.
-Provavelmente. – Concordo na ironia.
-E aí? Como foi o seu primeiro domingo sendo a rainha de Southcost? – Ela pergunta ao virarmos a esquina do corredor, dando ênfase na frase e olhando de relance para mim.
-Foi ótimo. Eu amo fazer esse tipo de trabalho, e gosto de responsabilidade, mas tenho que admitir que é muito mais do que eu imaginei, no sentido de ser bem mais cansativo do que aparenta ser. – Respondo-a.
-Pelo menos gosta do que faz. – Diz otimista.
-Sim, de fato um bom ponto. – Concordo em um meio sorriso.
Ao adentrarmos o Salão de Refeições, noto que ainda há alguns de nossos convidados presentes. Muitos haviam ido em bora esta manhã, mas pelo visto, alguns decidiram ficar por mais tempo, não que fosse algo ruim, estou apreciando a estadia de todas essas pessoas aqui, principalmente porque o castelo fica mais agitado e movimentado, sem contar que muitos amigos meus teriam que partir com a saída de suas famílias de volta aos reinos. Sentiria muita a falta dos meus amigos da ilha, e, principalmente, de Claire e Samuel
-Boa noite. – Disse sentando-me em minha mesa entre Henry e minha mãe.
Em minha mesa agora presente estavam todas as pessoas mais importante para mim, e para o meu reinado, como minha família, Reynold, o primeiro-ministro e alguns conselheiros.
-Decidiu aparecer para o jantar? – Henry questionou em tom de deboche.
-Diferente de você, irmãozinho, eu tenho muitas responsabilidades e pouco tempo. – Rebato meu irmão que ergue ambas as sobrancelhas com a minha fala.
-Mil perdões, majestade. – Diz em tom exagerado e talvez um tanto dramático, apenas reviro os olhos e volto a atenção ao meu jantar que estava divino, algo que necessita se ressaltado.
Uma conversa paralela surgia na mesa, todos animados e contentes, um ar descontraído tomava conta do ambiente, diferentemente de semanas atrás, quando era tudo depressivo e pesado. Fico igualmente alegre ao perceber que todos estamos nos reajustando a nossa nova realidade, inclusive eu.
-Grace, psiu! – Alguém me cutuca tentando chamar-me.
Viro-me na direção de quem pudesse ser.
-Que foi Daph?
-Vamos nos encontrar na sala de música depois do jantar, se vossa majestade ainda estiver disposta a se encontrar com meros mortais como seus amigos, pode aparecer. – Ela me avisa.
Reviro os olhos com sua fala primeiramente, mas depois assinto positivamente, confirmando que estaria presente em nossa pequena "reunião".
O jantar não durou muito, e bom, parecia que todos ali tinham planos que precisavam ser terminados ainda naquela noite.
Auggie havia saído primeiro com outra duas crianças, filhos de monarcas presentes, aposto que devem ter ido para a sala de jogos, ou até o jardim, enfim, a melhor parte era que estava se divertindo, meu irmão estava e isso me deixava contente. Entendo que as vezes pode ser entediante ficar tanto tempo sozinho no palácio, e imagino que ele possa se sentir solitário, especialmente agora que Ashley não está mais presente, por enquanto.
Minha mãe se encontrou com a rainha Clarisse, mãe de Felix, e uma outra senhora que eu não conhecia, aposto que as três seguiram até a sua sala privativa para papear e fofocar sobre a vida dos próprios filhos.
Meus amigos, incluindo meu irmão, Henry, também foram se retirando aos poucos, até mesmo Samuel e Claire saíram as escondidas. Acabamos formando um grupo interessante de amigos, e, mesmo que os gêmeos, Henry e Daphne não conhecessem tão bem Claire e Samuel, se deram muito bem e em pouquíssimo tempo.
-Olha só quem nos deu a honra de sua aparição! – Peter anuncia ao me ver entrando pela porta da sala de música.
Era um lugar agradabilíssimo e que já frequentei muito, hoje nem tanto.
Quando eu tinha uns quatorze anos eu praticamente vivia aqui, se quisessem me encontrar, era exatamente aqui onde deveriam me procurar primeiro.
Era uma lugar belíssimo, ficava no primeiro andar e possuía uma portinha que dava para o lado de fora. Uma de suas paredes era coberta por imensas janelas que davam para o jardim. Era repleta por todos os tipos de instrumentos existentes; desde trompetes e clarinetes, a pianos e violões selos. A variedade era impressionante, e belíssima.
-Resolvi ver como vocês, meros mortais, estavam se saindo sem me ter frequentemente por perto. – Disse em tom arrogante em resposta para o mesmo que rio nasalmente.
-Ah, não precisava majestade, apenas sabendo que durmo no mesmo teto que vossa senhoria já é suficiente. – Alicia ironiza dramaticamente fazendo me rir instantaneamente.
-Também amo vocês. – Conclui e os gêmeos reviram os olhos em sincronia. – Alguma ocasião especial para estarmos aqui? – Pergunto adentrando mais ainda a sala e ficando próxima a um sofá que havia ali.
Todos estavam presentes, os gêmeos, minha prima e meu irmão, Samuel e Claire, Felix, e agora eu.
-Nenhuma, pelo o que eu saiba. – Samuel me respondeu.
-Quem programou isso pra início de conversa? – Claire perguntou em seguida intercalando o olhar entre todos os presentes.
-Eu. – Daphne disse com um sorriso ingênuo. – E não, não tem motivo, só achei que seria legal nos encontrarmos, batermos um papo, sei lá.
-Ah, lembrei que tinha algo a dizer a vocês. – Falei ao relembrar a ideia que minha mãe havia me dado enquanto estávamos em meu escritório.
-É a chefe do crime na capital e precisa que alguém assuma o seu posto agora que é rainha? – Alicia questionou e a olhei pasma, as sobrancelhas franzidas e a feição confusa, assim como todos os nossos amigos. – O que é? Nunca se sabe... – Falou dando de ombros.
-Sabe Alicia, isso foi muito específico... – Observei comprimindo os lábios.
-Grace, só continua. – Seu irmão disse como se fosse algo comum para ele situações assim envolvendo sua irmã.
-Bom, eu vou viajar até a base April. – Anuncio. – E queria saber se alguém quer vir comigo? Preciso de gente de confiança do meu lado. – Proponho a eles.
-Eu topo. – Felix se prontifica após alguns segundos de silencio.
Observo Alicia cutucando Daphne e Claire para que prestassem atenção na cena e me observassem. As fuzilo com o olhar tentando faze-las parar, mas isso só faz com que sintam vontade de rir. Foi necessário que Daphne tampasse a boca de Alicia para que não risse.
-Alguém mais? – Pergunto esforçando-me para continuar sem ser distraída pelas três.
-Acho que eu vou. – Claire declarou.
-Eu também. – Alicia disse em seguida.
-Desculpe meninas. – Daph já começou ao ver que agora nós três a encarávamos. – Mas dessa vez terei que deixar passar, vou permanecer no palácio.
-Então será apenas vocês três, certo? – Confirmei mais uma vez.
-Eu irei. – Samuel declara e noto que Felix levou seu olhar diretamente ao garoto.
-Então está bem. – Dou continuidade. – Arrumem suas coisas até as cinco da manhã, partiremos as seis em ponto. – Lhes aviso.
-E quando voltaremos? – Claire pergunta.
-Tempo indeterminado. – A respondo. – Tudo depende do que acontecer lá. – Lhe explico e a mesma assente compreendendo. – Mas dará para vocês irem? Tipo, o reino de vocês não partirá em breve? – Questiono ao lembrar que Claire e Samuel não são daqui.
-Será uma ótima desculpa para ficarmos mais, não? – Claire se vira para Samuel que concorda com um belo e simpático sorriso.
-Por mim é até melhor. – Sorrio para a minha amiga, sinceramente satisfeita que teria sua presença, e a de Samuel, por mais tempo.
-Foi mal Grace, mas também passarei. – Henry diz dando um tapinha nas minhas costas.
-Estou com Henry.
-Com Daphne você quis dizer. – Alicia o corrigiu.
Essa garota é impossível...
Acabamos rindo com o ultimo comentário de Alicia e o clima se descontraiu mais ainda, iniciando conversas aleatórias, porém prazerosas, no qual todos riamos, falávamos, concordávamos ou discordávamos, e o melhor de tudo, aproveitávamos a companhia um dos outros.

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Praticamente TRÊS capítulos para o livro acabar!!! Aaaaaaa nem acredito já.




Praticamente TRÊS capítulos para o livro acabar!!! Aaaaaaa nem acredito já

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