"Uma guerra.
Uma coroa.
Uma vida em jogo.
Em um mundo conflituoso, cheio de perigos e traições, será possível uma jovem garota chegar a coroa em meio a tanta incerteza?
Grace sempre teve uma visão clara de seu futuro: herdar a coroa de seu pai e s...
Lembrando que teremos sempre, em todos os capítulos, uma música na mídia para que vocês entrem melhor na história. Beijos, aproveitem!!
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THE BEGINNING
Eu sou Grace Marie Fernsby, filha do rei August Florian Fernsby III, rei de Southcost, e da rainha Catherine Fernsby, primeira na linha mulher na linha de sucessão e oitava herdeira ao trono da linhagem monárquica instaurada após a Grande Guerra.
Isso mesmo, herdeira e futura rainha por legítimo direito.
Destinada à coroa, fui criada e ensinada com tudo que uma rainha tem o direito de receber, principalmente se essa rainha terá chances de governar sozinha durante alguns anos. Bom, isso ainda está em aberto...
Eu tinha seis anos quando adquiria a consciência da minha posição e do meu dever, provavelmente em mais uma das aulas de geopolítica que fui obrigada a ter desde que eu me entendo por gente. Contudo, não tenho nada a reclamar, meu professor, Reynold Berrycloth, é o principal conselheiro do reino há muito mais tempo que eu estou nesse mundo, e, graças a ele, tomei ciência do que significa ser uma rainha. Por seus olhos, vi o lado sombrio da monarquia e fui confiada segredos de Estado que meus pais nem sonham que eu sei. Através de sua experiencia militar, como estrategista e como soldado, entendi os horrores da guerra e jurei que, quando fosse a minha vez, tudo seria diferente.
Foi um pouco traumático para uma criança? Com total certeza.
Mas, conforme o tempo passava, compreendi o porquê que ele me ensinou e explicou coisas tão fortes e a frente da minha idade. Isso me fez crescer, adquirir maturidade e até criar um forte sentimento repulsivo para qualquer forma de violência.
Reynold me contou o motivo de hoje eu ter o título que tenho. Foi através do sangue de inocentes e culpados. Foi pelo senso de justiça e ambição humana.
Há quase 200 anos atrás, o mundo não era como eu o conheço hoje. As nações eram conectadas, porém, tão distantes. Presidentes não conheciam a palavra honestidade e repúblicas se esqueciam o que era democracia. O mundo sucumbia. Era quase como uma implosão. Após conquistarem tanto, após descobrirem as mais diversas tecnologias e soluções para os problemas mais difíceis, decidiram retroceder.
Bastou alguém atirar a primeira pedra para que o caos tomasse conta da humanidade.
Crises começaram. A inflação disparou. Refugiados se espalhavam pelo mundo. Crianças se tornavam órfãs, países destruídos, cercos se iniciaram em volta das nações inimigas e os aliadas se desmoronavam em paranoia e desconfiança.
