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YOUTH IS GONE

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YOUTH IS GONE


Um momento de tranquilidade era tudo o que eu precisava, especialmente depois da conversa com Felix. O piano me ajudou, me sentia mais calma e relaxada, descontei nas teclas qualquer sentimento reprimido e palavra silenciada. Mas agora precisava me apressar, o jantar já havia começado e seria uma noite importante. Onde tudo mudaria. Onde tudo se concretizaria.

Ao me dirigir para o corredor, aproveitei para chamar Daphne, não havíamos nos visto direito durante o dia, e seria bom ter uma companhia agradável como a dela para me distrair e acalmar os nervos.

-Grace? – Falou um tanto surpresa ao me ver na porta. – Já está indo para o jantar? – Perguntou antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

-Sim, vim lhe chamar para me acompanhar, na verdade. – Expliquei e ela logo entrelaçou nossos braço, já me guiando pelos corredores.

-Então... – Começou de uma forma diferente em seu tom de voz e sabia que iria me perguntar sobre algo.

-Pode perguntar. – Falei para lhe poupar.

-Passei a tarde louquinha para ter perguntar algo...

-Como se eu já não tivesse notado. - Ri de sua expressão de vibração e ao mesmo tempo de retenção para não falar de uma vez o que tanto aparentava querer dizer. - Por que simplesmente não foi no meu quarto? Passei o dia à toa. 

-Estive com Peter. - Responde tímida.

-Ah... então de fato tinha motivos muito melhores, não é mesmo? Aposto que esteve bem ocupada. - Ergo uma de minha sobrancelhas para provocá-la com meu tom pejorativo.

-Pare com isso que o assunto não sou eu. - Ela corta o meu barato cedo demais. - Eu vi você e Felix nos jardins, perto do lago, sabe?

-Estava nos espionando? – Questionei a colocando contra a parede, da forma figurativa, claro.

-O-o que? C-claro que não. – Pigarreou uma tosse e continuou. – Eu apenas passei por lá e acabei os vendo, não sei se tem conhecimento, mas os jardins são lugares públicos onde os residentes do palácio podem caminhar quando e se quiserem. – Contradisse com uma resposta rápida e engenhosa, minha prima sendo inteligente como sempre.

-Ok, continue... – Concordei apenas esperando para ver onde ela chegaria com essa conversa.

-Vi os dois se abraçando. – Diz mordendo o lábio inferior como se tivesse contado o meu maior segredo.

-E...? – Questionei arqueando uma das sobrancelhas. Sabia o que queria dizer, não tenho um raciocínio tão devagar, mas queria que ela mesmo perguntasse, usando as próprias palavras.

-Como assim, Grace? Vocês dois, pessoas que se odiavam até ontem, "aparentemente" pelo menos. – Faz aspas me encarando. – Agora estão saindo em encontros juntos, afastados do palácio, sem conhecimento de ninguém e ainda por cima se abraçando, não da forma como amigos se abraçam, mas de um jeito um pouco mais... romântico. – Disse comprimindo os lábios.

O Preço da CoroaWhere stories live. Discover now