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THE TIME WE SPEND AND THE TIME WE LOSE

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THE TIME WE SPEND AND THE TIME WE LOSE


O dia seguinte começou calmo, assim como todos os outros, a falsa sensação de calmaria apossando-se de cada um no palácio, era quase como se não tivesse nada acontecendo, a não ser pelos treinamentos, eles sim foram frenéticos e dinâmicos, até um pouco demais, o que mostrava implicitamente que algo estava prestes a eclodir, dizem que os explosivos mais letais e perigosos, aqueles que causam maior destruição, são os silenciosos, conhecidos apenas por quem os criou. 

Durante a tarde, fui para o escritório, era hora de aprender com meu pai sobre mais assuntos burocráticos. Posteriormente, ele, juntamente de Reynold e meu tio, o general Charles, conversaram comigo e me explicaram sobre estratégias que eu poderia - e teria - de usar na arena, todas circulando o fato de eu ter de matar alguém, seja agora, seja em futuras guerras e batalhas, que eu torço para nunca se tornarem realidade.

Ao final do pequeno encontro tático, era hora de assumir minha segunda posição. Neste final de tarde deixaria de ser o soldado que me exercitam dia e noite para ser, e tomaria o caráter de uma jovem da nobreza, o que eu nunca deixei de ser. Encontrei-me com minha mãe em seu salão privativo, destinado somente as rainhas de Southcost; sejam elas quem quer que fossem, aquele espaço era e sempre será delas. Minha mãe, em sua função de monarca e auxiliar do rei, realizou com louvor o seu serviço de reunir as demais mulheres de relevância na politica e aristocracia. Reconheci esposas de embaixadores e diplomatas, havia até mesmo algumas que participavam efetivamente do Grande Conselho e do Parlamento. Em geral, todos os presentes contribuíam para o funcionamento da monarquia, da justiça e da ordem no reino de Southcost.

Clarisse, mãe de Felix e rainha consorte de Hallstatt, se encontrava ao lado de minha mãe, como se ambas formassem uma frente firme e forte, prontas para qualquer ataque aos seus reinos, dessa vez, oficialmente aliados. Alicia e Daphne também foram convidadas, assim como as filhas de algumas outras nobres.

Juntas, desfrutamos de uma tarde cheia de fofocas, boatos, informações sigilosas, chás e bolinhos, e talvez um pouquinho de champanhe. 

No fundo, sabia que minha mãe e Clarisse tinham interesses mais profundas com esta reunião; com certeza não estavam tão interessadas como aparentavam no ultimo escândalo de Evebreck, reino vizinho ao nosso, terra natal da rainha Suzanne, quem nos explicava como descobriram que o primeiro-ministro, aparentemente, tinha filhos bastardos, no plural. Confesso ter até ficado um tanto investida na história, era divertido ter certas distrações. Sei que tudo isso era um esquema para reunir informações acerca da reputação de nossos reinos e descobrir o máximo possível sobre as intenções de nossos vizinhos e "supostos" aliados quanto ao torneio de herdeiros que se aproximava a cada dia. Com sorte, todas estariam entupidas de bolinhos o suficiente para começarem a abrir a boca sem modéstia, soltando informações que poderiam vir a ser úteis a nós. E, embora não suportasse a tagarelice de algumas dessa jovens herdeiras que não paravam de elogiar-se falsamente, o que intoxicava o ambiente, não pude deixar que a oportunidade passasse. Atualmente, qualquer novidade poderia significar guerra ou nosso poço da sorte, e se fosse necessário ter de me juntar a reclamação de como eu estava detestando a nova coleção de jóias que ganhei do meu papai, eu me juntaria. Ficariam impressionados em quão boa atriz posso ser quando quero descobrir algo.

O Preço da CoroaWhere stories live. Discover now