"Uma guerra.
Uma coroa.
Uma vida em jogo.
Em um mundo conflituoso, cheio de perigos e traições, será possível uma jovem garota chegar a coroa em meio a tanta incerteza?
Grace sempre teve uma visão clara de seu futuro: herdar a coroa de seu pai e s...
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THE DEEPEST TYPE OF DESIRE AND FEAR
Não só poderia ser muito ruim como também poderia ser péssimo.
Horroroso.
Meu maior receio e tudo que batalhei para evitar nos últimos anos se tornando realidade.
Em um momento, a vida é ótima.
É estável.
Da forma que planejamos, da forma que fomos assegurados e prometidos que aconteceria
Entretanto, no segundo seguinte, tudo desmorona.
Como uma fila de dominó. Um evento tombando o outro e quebrando o seguinte e destruindo o próximo. Sem nunca parar. Sem fim. Um ciclo infinito de ruina e caos.
Certos acontecimentos são tão imprevisíveis...
No momento em que minha mãe disse as palavras "casamento" e "prometida", o mundo pareceu parar. Eu já não escutava mais, não via mais, não conseguia nem sequer pensar...
Eu? Casamento...? Como?
Eu não consigo entender.
Isso é só um sonho e eu vou ser acordada em breve por Marli...
Pisquei uma vez. Duas. Três. Dez vezes.
Mordi minha própria bochecha tentando sair daquele pesadelo. Porém, infelizmente, não era um sonho. Era a mais pura realidade.
Não, não, não!
Não agora, não comigo.
Eu não posso, não quero!
Como me casarei com alguém que não conheço? Eu o vi uma vez na vida! E já o detestei... eu queria me casar com alguém que amo, com alguém que ao menos suportaria passar o restante da minha vida ao lado, um amigo...
Porém, a pior parte de tudo isso, é tentar entender como meus pais puderam fazer isso comigo?! Como tiveram coragem de se esquecer de tudo o que eu sempre lhes disse. Como jogaram no lixo o fato de eu ter desejos, opiniões, uma voz e uma vontade.
Como?!
Tínhamos feito um trato, meu pai prometeu... Eles disseram que compreendiam! Que eu poderia reivindicar a minha coroa.
Sinto traída.
Sinto que meus sonhos foram jogados em um poço sem fundo no qual eu sou incapaz de me jogar para recuperá-los. Dessa vez, era fundo de mais, não conseguiria trazê-los de volta.
Fiquei paralisada. Não escutava o que minha mãe dizia ou sequer enxergava as pessoas a minha frente. Foi necessário que Daphne viesse até mim e deferisse um tapa em meu rosto para que eu pudesse voltar a razão. Somente com isso saí da minha própria versão transe nervoso e percebi o que estava acontecendo, porque todos estavam tão alarmados.
