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WILL YOU MARRY ME?

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WILL YOU MARRY ME?

O som da orquestra tocando uma bela valsa era escutado de forma abafada dos jardins. a luz das velas e dos lustres do palácio trouxeram uma luminosidade calorosa àquela noite quente e cheia de surpresas de julho. A sombra da silhueta de pessoas dançando e andando pelo Grande Salão se formava no chão de pedra mais próximo das janelas e balcões. Conseguia, do lugar em que estava, sentir o calor humano, o suor, o toque de estranhos que esbarravam uns nos outros pelo salão lotado, o gosto amargo de champanhe misturado com as melhores iguarias já vistas na face da Terra, o tilintar de taças sendo brincadas, saltos pisando no chão de mármore e garfos e facas sendo usado para prova algum tipo de sobremesa que deveria estar sendo servida. Tudo tão vivo, tão... normal.

A luz da lua, misturando-se com a luz das tochas que eram acesas por todo o jardim a fim de ter uma iluminação, particularmente, privilegiada, formava figuras engraçadas pela grama ou pelo pequeno caminho de pedras que circundava o jardim. Nossas figuras caminhavam lado a lado, brincando em meio a luminosidade e tudo o que lhe era proporcionado. A forma como o fogo deixava tudo um pouco mais vibrante, um pouco mais quente, simplesmente me fascinava.

Eu e Felix já havíamos conversado sobre os assuntos mais aleatórios que havia, desde as reuniões mais entediantes, até a pior pegadinha que já havíamos pregado com algum dos funcionários, tal fato que parecia ser universal ao descobrir que não foram somente os nobres de Southcost que levaram um esporro pelas armadilhas e brincadeirinha de mal gosto.

Aos poucos, íamos nos conhecendo, nos conhecendo de verdade. Descobri que sua cor favorita é azul marinho e que aos treze anos roubou o anel de noivado de sua mãe para dar a uma jovem da corte o qual jurava ser sua futura esposa. Também passei a ter conhecimento de suas comidas preferidas, que se resumiam a pasta e um tipo estranho de comida a base de salsicha branca e fermentação alcoólica. Eu sei, preferi nem perguntar muito mais sobre esse prato tão... exótico.

 Ele não é tão insuportável quando o conhece. É na verdade, uma pessoa extremamente divertida, e eu, por incrível que pareça, estava realmente desfrutando de sua companhia, confesso que ele me fez rir bastante. Felix consegue ser impressionantemente, bem engraçado, de um jeito as vezes meio sarcástico. Não da para saber se o que ele diz é verdade ou apenas uma brincadeira. Sem contar suas piadas de duplo sentido, são péssimas!

-No que está pensando? – Felix perguntou enquanto caminhávamos, estranhando o meu silencio repentino.

-Não sei. – Dei de ombros. – Acho que nós não somos muito normais. – Ele franze o cenho e nem precisa virar-se para mim para saber que ficou confuso com a minha fala.

-E você percebeu isso só agora? - Rebate, o que me faz rir e revirar os olhos. Sempre dando uma resposta engraçadinha. 

–Eu quis dizer que, por exemplo, todos estão lá dentro, se divertindo em suas vidas luxuosas e cheias de privilégio. Enquanto nós, as pessoas que mais deveriam gostar de se distrair, principalmente com as últimas notícias e que mais tem o que desfrutar, diante de tudo o que estamos vivendo, preferimos ficar caminhando. E por mais incrível que isso possa soar, prefiro estar caminhando nos jardins com-. – Me cortei ao percebi o que iria dizer, automaticamente levando minha mãe aos meus próprios lábios para impedir que eu falasse qualquer besteira, além de todas as que eu já soltei.

O Preço da CoroaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora