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THE REVOLT OF THOSE WHO HAD SOMETHING STOLEN

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THE REVOLT OF THOSE WHO HAD SOMETHING STOLEN


Real... aquilo não parecia real. E eu não queria que fosse.

Minha vida mudou tão bruscamente da noite para o dia. Tudo, completamente tudo, havia mudado. Todos os meus sonhos teriam de ser revistos. Tudo o que eu planejara... acabou. Dessa forma. Da noite para o dia. E tudo por causa dessa maldita guerra.

-Senhorita Grace? – Era Marli indo me acordar como de costume. – Está acordada?

-Infelizmente, sim. – Respondi sentando-me na cama.

-Não fique assim, minha menina. Você ainda tem muitas coisas para fazer. Não pense que está tudo acabado. Não perca seus sonhos, suas esperanças.

-Estou tentando. – Falei reprimida.

-Bom, vamos te arrumar agora, seus pais querem uma audiência privada com você no escritório.

-Agora?

-Sim, o quanto antes. Farão seu desjejum mais tarde.

-Ah..., compreendo – Assenti derrotada, levantando-me para seguir até o banheiro.

Andava apreensiva pelos corredores. Estava a caminho do escritório dos meus pais, e, confesso que ainda estar irritada com eles, contudo, depois do que o meu irmão falou, comecei a enxergar melhor o lado deles, todavia ainda estou me sentindo traída por eles não terem me consultado antes, talvez pudéssemos arranjar uma melhor solução, juntos, não as escondidas.

Bati na porta e ouvi meu pai dizendo que eu entrasse.

-Queriam falar comigo? – Perguntei secamente sentando-me em uma cadeira a frente da mesa de meu pai, onde ele estava sentando e minha mãe em pé ao seu lado, sempre tão formais.

-Nós queríamos te explicar melhor as razões pelo o qual aceitamos o pedido de aliança, que vinham junto do de casamento, foi tudo tão brusco ontem a noite... – Meu pai começou falando.

-Não, não precisam. Eu já entendi. – Os dois se entreolharam brevemente e voltaram seu olhar para mim, com um ar de questionamento. – Sim, eu entendi. Sei que reis e rainha têm que fazer sacrifícios, mesmo que inclua a vida da filha deles. Eu entendi que ou era isso, ou nós poderíamos morrer.

-Que bom que compreende, querida. – Minha mãe fala aliviada.

-Ficamos muito felizes que esteja tudo certo.

-Não está tudo certo. Eu simplesmente aceitei. – Rebati, pois realmente não estavam. Consigo fingir muitas coisas, consigo aguentar muito teatros, mas acerca disso eu não consigo. – Eu posso não gostar ou querer, mas sei que é minha obrigação, como já havia dito ontem. – Eles apenas assentiram. – Se não tem mais nada para me dizer, irei me retirar, gostaria de tomar café da manhã enquanto ainda é manhã. – Falei de uma forma um pouco insolente, eles mereciam pelo menos uma alfinetada.

O Preço da CoroaWhere stories live. Discover now