- “Se não queres que eu seja querido, eu não vou ser.”

- “Bom, mas tu tens de ser querido.”

- “Então não me chames gay.”

- “Mas tu és um gay às vezes.” –eu riposto.

- “Isso não faz qualquer sentido.”

- “Faz sim.”

- “Está calada.” –ele manda divertido.

Ele para e quando olho em volta, estamos num jardim. Avisto um parque de diversões e olho para o meu namorado, confusa.

- “Um parque?”

- “Sim, tu não estás em Londres, a nossa saída à noite não pode ser numa discoteca.”

- “Tens razão.”

- “Sei que não nos vamos divertir tanto, mas…”

- “Estás a brincar? Oh, Tomlinson, tu não sabes no que te meteste em trazer-me aqui.”

- “Desculpa?” –ele pergunta, com uma sobrancelha levantada.

- “Anda daí, eu preciso que me empurres no baloiço.”

Ele ri alto e eu corro para o baloiço, sentando-me na placa preta de plástico e agarrando-me às correntes. Louis continua parado no mesmo sítio e eu incentivo-o a juntar-se a mim. Após um revirar de olhos acompanhado por um suspiro, ele vem para trás de mim e empurra as minhas costas, fazendo-me ir para a frente.

- “Tu és tão infantil.”

- “Tu é que me trouxeste a um parque infantil.” –eu comento, enquanto ajudo o impulso com as minhas pernas.

- “Nunca pensei que te fosses meter num baloiço, Horan.”

Eu decido não responder e Louis senta-se no baloiço ao lado, quando eu já tenho balanço suficiente. Eu grito de alegria e ele ri enquanto olha para mim. Quando dou por mim, ele está com o seu telemóvel a gravar-me e eu estou a gritar para ele parar. Quando ele o faz, eu paro o baloiço e saio dele.

- “Apaga isso.”

- “Não me parece.” –ele dá-me um sorriso falso.

- “Louis!”

Ele deita-me a língua de fora e eu tento fazer-lhe um género de placagem, mas, obviamente, não resulta e ele fica parado no mesmo sítio.

- “És terrível.” –ele insulta e senta-se sob a relva.

Eu sento-me sobre as suas pernas e enrolo o meu braço no seu pescoço, enquanto vemos o vídeo às gargalhadas.

Reparo no sorriso de Louis enquanto vê o vídeo. Eu sei que vir a um parque não foi a ideia perfeita, mas ele arranjou algo para nós fazermos os dois sozinhos. Ele fá-lo sempre. Já para não falar que ele me trouxe aqui e disse-me que se eu não viesse, ele próprio não quereria vir. Louis está constantemente a fazer-me surpresas e a fazer-me sentir bem. O que ele me fez no dia de S. Valentim, foi das melhores lembranças que eu vou guardar no meu coração. Ele é tão bom e puro, mas ao mesmo tempo tão intimidante e curioso.

Eu só sei que estou tão grata por ele se ter interessado por mim no início deste ano. Eu não sei bem como é que aconteceu mas ainda bem. Eu provavelmente quereria distância dele durante o resto do ano e tentaria falar o mínimo com ele. E se isso tivesse acontecido, eu não teria vivido momentos tão bons.

Eu exerço força sobre o corpo dele, e ele desequilibra-se para trás, ficando deitado na relva e eu por cima dele, enquanto me apoio num braço.

- “Savannah?” –ele pergunta, confuso com a minha atitude.

two is better than one || 1ª temporadaWhere stories live. Discover now