Capítulo Oitenta e Três

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— Que merda! — Foi a única coisa que saiu de sua boca enquanto pegava uma taça para encher de sua bebida, após colocar 3 pedras de gelo na mesma.

— A Edi–ecorp Portugal, tem uma parcela menor de provedores conosco porque sustentamos as editoras principais mantendo-as com todo o aval de monopólio dentro de sua principal cidade e estado, no seu caso mantemos pelo país e mais em 7 países mundo a fora inclusive a sua filial brasileira. Mas se, a minha empresa decidir por passar o monopólio a outa empresa, a sua empresa entra em desvantagens, tudo o que minha empresa decide, as que dependem de nosso serviço, acatam. E... eu não quero ter que indicar outra editora para elas. Ok?

— Eu não sabia que fosse a Simões da Albuquerque & Simões Brasil, de fato, estou surpresa.

— Pois é, indiretamente temos negócios e mal sabíamos. Como preciso de um grande favor da sua parte, tive que descobrir isso por mero acaso. Da sua empresa e que fazia parte de meu portfólio isso eu já sabia. Mas eu não conhecia quem era a presidente. Não imaginei que fosse você, a dona da Editora Oásis.

— De fato, o mundo é um ovo. — Diz enchendo mais uma vez sua taça de conhaque. — Beba!

— Não obrigada. Está cedo demais para isso. Mas então, Flora, da mesma forma que eu coloquei Alice aqui dentro, agora preciso tirá-la daqui.

— Como assim colocou Alice aqui dentro?

— Você recebeu uma carta de recomendação, lembra?

— Sim, era uma bela carta de recomendação, foi o que me fez contratá-la, além de seu carisma.

— Pois bem, a carta veio de seus contatos, empresas que você confia, certo?

— Sim. Foi isso mesmo. Sempre contrato funcionários por este método, é costume nosso.

— Àquela carta foi enviada por meu escritório através de um dos provedores que me fez um favor de colocar uma amiga no mercado de trabalho, numa das maiores empresas de Portugal.

— Uau! Você realmente controla tudo ao seu redor! — Diz Flora batendo palmas lentamente com puro sarcasmo. — Tudo muito bem arquitetado, parabéns, Helena Simões! Já ouvi falar de você como uma mulher inteligente mas você é muito mais do já disseram...

— De verdade, agradeço o elogio, querida.

— Não foi um elogio... — Flora diz ácida e eu a encaro ainda com um sorriso cínico nos lábios. Parece que ela está puta de raiva.

— Pois bem, você me faz aquele favorzinho desligando Alice e eu saio da sua empresa e esqueço que ela existe e involuntariamente continuo fazendo a sua empresa crescer e expandir, mesmo não estando aqui, trabalhando dia e noite, que tal? — Ouço Flora suspirar forte.

— Isso aqui faz muito bem a Alice.

— Eu não quero saber, Flora. Você não sabe da metade do porque eu tive que plenejaer, armar, arquitetar pra a amiga da Alice vir estudar em Portugal, assim Alice não desconfiaria que tudo isso era para ela vim em seguida.

— Mas porquê? Porquê Helena? Você tirou Alice de sua vida no Brasil? Porque controla a vida dela sem que ela saiba?

— Você não têm que entender, Flora. Apenas faça o que pedi. Só saiba de uma coisa, lá Alice começou a passar perigo por causa de um conhecido meu. Trazendo-a para Portugal, eu tirava Alice da mira do mau. Só que agora, ela foi descoberta, outra vez. Se ficar, esse mau chegará aqui para acabar com ela. Agora, é hora de Alice voltar para perto de mim. Eu sei que posso mantê-la a salva.

— Ok. As coisas são mais complexas do que imagino. Se foi você quem tramou para Alice vir para cá, não posso impedir, nem questionar que a leve de volta. Você deve saber o que faz.

— Obrigada pela compreensão, querida. Saiba que assim estará mantendo Alice bem.

— Já que você diz. Tudo o que quero é o bem dela. E também, sou louca para conhecer melhor o Brasil, Alice morando lá, terei muitos motivos para embarcar e ficar por lá. — Quando Flora diz isso, um excesso de raiva me toma por completo. Ela que não se atreva a parecer no Brasil, atrás da minha Alice.

— Bom, Flora. Acho bom cada uma ficar no seu canto. Alice precisa de tempo para se erguer, você aparecendo por lá, não será muito bom. Pode confundir a cabeça da menina e ela querer voltar para Porto. Então, melhor deixá-la esquecer tudo isso aqui.

— Eu sei qual é a sua, Helena. Saiba que vou demiti-la e não vou me opor a nada. Mas não entre no meu caminho quando eu for visitá-la. Eu gosto dela e não vou abrir mão daquela garota por sua causa. Da mesma forma que, você tem gatilhos contra minha empresa, não se esqueça que tenho contatos que tem gatilhos sobre muitas empresas do Brasil. Só para te deixar ciente de que você não é blindada.

— Então, pague para ver, Flora Villar. Coloque sua empresa na roda de fogo! Quando ela queimar até não sobrar mais nada, não vá chorar pelo leite derramado, querida. — Ela torce o nariz.

— Veremos quem vai queimar, Helena Simões. Por agora, terá o que veio buscar. Mas é apenas isso que terá de mim. Fique ciente.

—  Estou muito ciente, sim. Agora, você precisar ter ciência de mais uma coisa... 

— Fala aí, o que mais quer sugar?

— Não diga uma só palavra para Alice sobre o que falamos aqui. Ela não pode saber de nada. Apenas a demita sem muitas explicações. Nunca diga que eu coloquei meus pés aqui, se ela descobrir sobre isso, saberei que foi você. Espero que não esqueça sobre meus avisos.

— Pode deixar, Helena Simões. Ela nunca saberá de nada. Não por mim. Afinal, negócios são negócios.

— Sua empresa acaba de ganhar mais um ponto com minha empresa. Isso aí, negócios são negócios. Um aperto de mãos para selar um bom negócio entre nós?

— Vou dispensar essa formalidade de sua parte, Helena. Siga seu caminho.

— Ok, Flora Villar. Dispensando apertos de mãos de seus irmãos brasileiros, não foi isso que Dom Pedro ensinou para seu povo. — Sorrio cinicamente.

— Já acabou, Helena? Pode se retirar. A carta de demissão de Alice será entregue o quanto antes.

— Ótimo. Até nunca mais, Flora Villar.

Saio de sua empresa deixando uma Flora evidentemente transtornada enquanto me retiro com meu lindo sorriso cínico e vitorioso. Eu sinto que posso ter um orgasmo a qualquer momento com tal boa sensação.

VANILLA O Sabor Mais Doce   (CONCUÍDO)✔Where stories live. Discover now