Capítulo Sessenta e Um

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Acordo sentindo uma dor insuportável na cabeça. Só consigo sentir as pessoas e ouvir passos ao redor, embora que com dificuldades pela tormenta dolorosa. Não sei onde estou. Não sei o que está acontecendo. Ao conseguir abrir meus olhos, a luz se torna um castigo para mim.

— Calma Alice! Vou apagar as luzes assim você não terá tanta dificuldade para abrir os olhos. — Essa voz eu conheço. Mas ainda me custa para lembrar de quem é.  — Oi... como está se sentindo? — Eu forço minhas vistas para tentar clarear o rosto que ainda está embaçado.

— O que houve? — Sinto minha garganta doer após a frase sair falhada e muito baixa.

— Você não lembra de nada? — Eu a reconheço, é Rumy minha amiga.

— Lembrar do que? — Ela me olha confusa.

— Está tudo bem ela vai lembrar aos poucos. — Uma moça vestida de branco adentra ao quarto de cores claras.

— Onde estou? — Pergunto confusa e sendo incomodada por uma dor aguda na cabeça.

— Alice, eu sou a doutora Marina. Estou acompanhando o seu caso. Você sofreu um acidente e bateu forte a cabeça, isso fez você dormir por um tempo. Você lembra de alguma coisa? — Olho para a médica de cabelos cacheados black power e cor de jambo, estranho por causa de sua pergunta que no momento não faz sentido algum para mim.  Eu pensei por um tempo, tentei lembrar de alguma coisa, mas ainda estava muito confuso.

— Ok. Não precisa se esforçar. Por agora precisa apenas descansar e receber sua família e amigos que estão todos ansiosos para vê-la acordada. — Ela me dá um sorriso terno.

— Rumy? O que houve? — Pergunto soltando leves gemidos de dor.

— Alice... Esqueceu de tudo mesmo? — Ela me olha séria.

— Tudo o quê?

— De como aconteceu o acidente...

— Alice, que bom que acordou... estávamos todos orando por você. Deus é bom, ele atendeu a todos que esteve de joelhos orando pela sua vida! — Reconheço também a voz da minha mãe entrando no quarto.

— Oi mãe. Eu dormi por quanto tempo?

— Hoje completa uma semana desde o acidente. — Ela diz. Eu olhava para todos com uma expressão muito séria.

Já havia se passado uma semana e.... Meu Deus! Me deu um estalo na cabeça de repente.

— Mônica? — Grito com os olhos arregalados. Sinto meus batimentos cardíacos acelerar, e ao lado um aparelho fazia o “bip” soar mais alto. Minha pressão estava caindo. E a dor aguda dentro da minha cabeça fazia meu corpo inteiro latejar.

— Alice fique calma... — Rumy pede com uma expressão de sofrimento no olhar.

— Onde está Mônica? — Insisto e ameaço levantar da cama. Eu preciso ver Mônica, eu lembro o que houve. Estávamos em um helicóptero e ele começou a cair de repente. A nave se chocou com a montanha e lembro de presenciar o terror.

Eu estava irredutível e chorando muito, ao tentar levantar descobri mais uma forte dor, agora na minha perna direita que estava enfaixada dos pés até a coxa. Eu não conseguia movê-la. Além do meu braço também estar coberto por um gesso branco, mas não doía, este eu não sentia nada.
Todos que estavam presente ali me pediam calma, mas foi necessário uma injeção de calmante para me colocar em modo off, o que acabou com a agitação. Minutos depois eu estava caindo em um sono profundo e aparentemente tranquilo. 

VANILLA O Sabor Mais Doce   (CONCUÍDO)✔Where stories live. Discover now