Capítulo Setenta e Dois

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Saímos do restaurante e eu não sei como estava dentro do carro de Helena, ela me convenceu a me deixar em algum ponto de ônibus. Depois de muito lutar, acabei cedendo a sua carona.

Mas, alguns minutos depois fico surpresa porque Helena entra num hotel ou será motel? Não sei bem. Não adiantou nada eu dizer que queria ir para minha casa, Helena não aceitava minha negação dizendo que precisava ainda falar comigo.

Eu tentava segurar minha língua mas estava quase explodindo para dizer tantas coisas que ficaram embargadas durante esses dois anos.

Ao entrar no quarto , reparo de como é tudo muito luxuoso e a decoração arremete a um estilo bem bdsm, os tons negros misturados a cor escarlate, a cadeira sexual, os ganchos espalhados pela parede os suportes no teto, a cama redonda equipada e principalmente a cruz de Santo André em formato de X não deixam dúvidas.

A loira com cara de psicopata, pediu uma bebida e nos servia dela. Eu bebi porque acho que vou precisar mesmo. Helena estava em silêncio e eu mais ainda, eu estava um pouco incomodada, já Helena, não sei ao certo. Ela parece relaxada, andando pelo quarto com sua bebida na mão procurando seu isqueiro para acender seu charuto favorito.

Características dela, saborear um bom charuto, depois de uma transa. Mas como ela mesma dizia, só acendia seu charuto se a transa fosse gostosa, se não valesse a pena ela não gastaria seu charuto caro. E ela me lembrava disso sempre que faziamos amor, pois em todas as vezes ela o acendeu. Sorrio sozinha lembrando disso. Sem deixar ela perceber.

Eu estava olhando a vista da noite, pela janela, quando Helena me abraça por trás me fazendo uma massagem na nuca. Eu chego a fechar meus olhos com a sensação. O que me faz relaxar os nervos.

— Eu não quero que me toque, Helena. — Digo brava.

— Eu acho que você quer sim. — Helena está sobre meu corpo, ela para e apenas me olha como quem admira uma obra de arte. Ela apara uma lágrima solitária que escapa pelos cantos de meus olhos.

— Helena... — Sussurro em seu ouvido. Ela segura firme em minha cintura me mantendo presa ao seu corpo. Seus lábios estão colados em minha orelha, e meus lábios estão em seu pescoço.

Seus lábios percorrem pela minha bochecha até encontrar os meus , ela me beija, com calma sem pressa, um beijo doce e calido.

Ela tira minha blusa, depois desabotoa minha saia e a puxa para baixo deslizando o tecido pelos meus quadris ,a saia cai no chão. Helena envolve meu corpo e leva suas mãos até minhas costas para desabotoar o fecho do meu sutiã, ela me observa atentamente.

— Eu não quero...

— Shiii, o que você não quer, meu amor? — Ela segura meu queixo com sua mão para olhá-la.

— Não quero fazer sexo, agora. Você só sabe resolver as coisas assim, Helena? — Falo brava e chorosa. — Nem tudo se resolve com sexo, não.

Viro minha cabeça desviando nossos olhares. Helena se mantém parada apenas me observando. Depois de um tempo, ela segura em minhas mãos.

Helena me conduz até a cruz de Santo André e me prende a ela. Meus braços ficam esticados presos por uma pulseira. Os dos tornozelos também, estão presos me deixando de pernas abertas.

Eu fico vulnerável para ela fazer comigo o que quiser.
Estou em pé, amarrada observando Helena me lançar um olhar de luxúria. Ela pega na sua bolsa um chicote e anda em minha direção olhando dentro dos meus olhos.

Eu tenho um pouco de medo, mas apenas assisto para ver o que vai acontecer.
Eu sinto uma dor sobre minha coxa esquerda. Helena me bate com o chicote. Seu olhar é duro, ao mesmo tempo sexy.

VANILLA O Sabor Mais Doce   (CONCUÍDO)✔Onde as histórias ganham vida. Descobre agora