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Capitulo Trinta e Um

No dia seguinte, eu me preparei para fazer o que precisava ser feito. Me arrumei basicamente, apenas e fui para o ponto de ônibus pegar o transporte. Cheguei dentro de um horário bom.

Na portaria, me identifiquei, a portaria liberou minha entrada e eu subi,  seu apartamento é na cobertura, morro de medo de elevadores, mas tenho que tomar coragem e subir. Mônica não está aqui dessa vez, para segurar minha mão e me ajudar a não ter um treco. Terei que enfrentar essa barra sozinha.

Toquei a campainha e logo Mônica estava na minha frente. Eu ouvi sua voz lá do corredor, ela estava sorrindo enquanto falava algo com alguém. Depois que me viu ali na sua porta, seu rosto se transformou em alguém super séria.

— Oi, Mônica. Posso falar com você?

— O quê quer aqui? Eu já não mandei o recado para você, por Carla, avisando para não dar as caras? — Mônica está tão diferente da mulher que eu conhecia.

— Sim, mas... Desculpe, eu precisava te ver. — Abaixo a cabeça. — Posso entrar?

— Ok. Já que está aqui, diga o que quer e vá embora rápido. Entre. — Ela dá espaço e eu entro.

Não fiquei satisfeita em ver a tal da  Nicole lá. Eu queria retomar o que  era meu.

— O quê essa garota faz aqui? — Mônica me olha calmamente.

— Não é da sua conta o quê ela faz aqui. — Responde fria.

— É da minha conta, sim. Você estava me traindo com essazinha o tempo todo? — Estou tão brava com ela.

— Ah, você quer falar de traição, Alice? Então, vamos lá! Eu estava traindo você com uma total desconhecida de outro estado, enquanto você me traía com a minha melhor amiga. — Ela fala gritando.

— Eu não estava te traindo. Aconteceu umas vezes mas porque sua amiga de alma insistiu.

— Não fale como se apenas Helena fosse a culpada nessa história. Você abriu as pernas para a minha amiga porque quis. — Mônica estava me traindo por puro prazer, enquanto eu tive que inúmeras vezes, brigar com Helena para que ficasse longe de mim. Eu não sentia vontade de trai-la com sua amiga, aconteceu daquela forma e foi horrível.

— Só acredito que seja justo, pesar os fatos.

— Sua cínica! Helena me contou sobre tudo, até mesmo da conversa de vocês pelo Instagram. Você já a conhecia há tempos. E veio atrás dela. Admita. — Agora, tudo havia passado dos limites. Eu estou nervosa com Helena, que ódio dela. Falsa. 

— Isso não é verdade.

— Ah, não? Você não conhecia Helena pelo Instagram anônimo dela? Vai mentir até quando, Alice?

— Não foi assim do jeito que imagina que tudo aconteceu. Eu não a conheci de verdade. Não cheguei a conhecê–la nesse tempo. Só depois, eu te conheci e foi por muita coincidência você ser justo amiga dela.

— Para mim, isso tem cheiro de armação. — Ela diz.

— Ok, você tem total direito de não acreditar, se não quiser. Mas estou dizendo a verdade. Só quero conversar civilizadamente com você para esclarecer todos os detalhes. Eu juro que contarei detalhe por detalhe. Me deixe fazer isso, por favor? — Eu peço quase implorando.

— Eu não quero ouvi-la. Já acabou entre nós. Não temos mais nada para resolver.  — Mônica dá por encerrado.

— Mônica, vamos conversar, por favor? — Insisto.

—  Você já não ouviu? Porquê não vai embora, guria? — Eu so virei meu pescoço igual a menina do exorcista para a individua que estava dirigindo a palavra a mim.