Capítulo Trinta e Cinco

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Três semanas se passaram desde o passeio no parque. No dia seguinte, Carla me ligou e explicou melhor o porquê saiu correndo, me deixando lá sem falar nada. Ela teve que socorrer uma amiga que precisou de cuidados médicos.

Eu entendi, doença não avisa e sei que Carla é tão cuidadora que não se negaria para sua amiga. Depois, ela me encheu de perguntas, mas eu não disse nada sobre o que rolou com Helena. Só falei que ela havia me deixado em casa como combinado e foi tudo o que eu disse.

Eu me enfiei nos estudos para espairecer os pensamentos a respeito de Mônica e Helena. A situação com Mônica mesmo depois de meses ainda me deixa atônita.

Mas está sendo melhor assim, já que aconteceu da forma que aconteceu. Mas se disser que não sinto sua falta estaria mentindo, sinto e sinto muito, se eu parar para ficar remoendo nosso namoro confesso que caio no choro.

Então prefiro não pensar tanto.
Helena, bom essa mulher me intriga de um jeito perturbador. Eu não sei o tipo de sentimento ao certo que me invade quando penso nela, raiva, ranço, ódio, desejo, paixão, luxúria. "puta merda" sentimentos confusos quando se trata de Helena. Tudo o que minha consciência me pede é para ficar longe dela. "Mantenha Distância" Ela diz. Ah, pobre consciência, se você soubesse.

Estava tentando entender os empregos dos "Porquês" quando uma mensagem faz vibrar meu celular. Eu olho de soslaio para ele, evitando pegá-lo, eu quero apenas dedicar um tempo a mim e ficar lendo mensagem de quem quer que fosse estava fora dos meus planos. Porém, um número não identificado surge brilhando na tela. Ah, quer me deixar curiosa? Se um número novo me mandar mensagem eu não resisto, prefiro ver quem é.

🔰Mensagem🔰

011986567*** - Sinto sua falta Alice!

Visualizo a mensagem sem entender.

Eu - Quem é?

011986567*** - Sou a única que "deva" sentir saudades sua.❤

Oh my God! Só pode ser Helena. Engulo em seco e penso numa resposta para isso.

Eu - Não faço ideia de quem seja.

Dou uma de João sem braço fingindo não saber quem é. Pois deduzo que seja a dita cuja.

011986567*** - Atenda a porta e verá quem é 😉

A campainha toca e meu coração gela. Levei um susto. Me levantei e olhei pela janela, era bem difícil ver quem estava no portão. Então, eu desço para atender.

Com certeza, o espanto pulou da minha cara ao ver Helena parada do lado de fora do meu portão. Ela sorria radiante para mim. Que carinha cinica essa mulher carrega. Porém, uma cara linda que carrega um sorriso esplêndido e um olhar brilhante que arrebata.

Não sei quando que Helena passou a ser a mulher mais linda para mim, antes, eu só tinha olhos para a beleza de Mônica, jamais ousaria reparar em outra mulher que não fosse a minha Mô, e isso era tão natural.

Agora, enxergo a beleza estonteante que Helena tem. Nem sei quando foi que comecei a reparar nela, tanto assim. Mônica hoje, já não carrega mais aquele mesmo brilho no olhar, aquele sorriso leve e reconfortante, aquela expressão de alegria na face. Ela parece outra pessoa, uma que eu não reconheço.

- Não vai me convidar para entrar, Lilice? - Helena segurava o seu celular na mão.

- Claro que sim. - Digo enquanto me dirijo ao portão para abri-lo. Nessa ida, meus pensamentos se agitam.

Por quê" Helena viria até mim?
"Porque" ela apareceu na minha casa sem avisar?
"Por quê" Helena sempre me pega de surpresa?
"Por que" "Por quê" "Porque" "Porquê" ?
Quatro tipos de "Porquês" e eu não faço ideia de qual é a resposta certa. Socorro!

VANILLA O Sabor Mais Doce   (CONCUÍDO)✔Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum