Capitulo Vinte e Cinco

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Mônica me arrasta pela cobertura de seu apartamento segurando em minhas mãos. Meus olhos estão vendados porque segundo ela, tem uma surpresa para mim esta noite.

— Nossa que pressa Mô, pra quê tanta euforia? — Pergunto morrendo de curiosidade.

— Deixa de ser ansiosa, você logo verá! — Ela diz. — Espera só um momento... — Pede enquanto remove a venda de meus olhos. — Prontinho, agora pode abrir os olhos! — Autoriza e eu logo abro.

— Meu Deus! — Digo surpresa e assustada. — O quê isso significa?

— Ué... O quê você acha que significa? — Ela pergunta esperando uma resposta lógica.

— Qual loucura você está aprontando para mim, senhorita Mônica Albuquerque?

— A maior loucura nas alturas. Isso é pelos dias que passo longe de você. Merecemos esse tempo juntas. — Ela explica e me puxa pelas mãos.

— Mônica, eu tenho medo de altura, eu já falei sobre isso, lembra?

— Venha meu amor. — Ela mantém sua mão estendida para que eu segure e suba em um helicóptero, sim, um helicóptero que está pousado em sua cobertura. Tem um heliponto, onde a nave está aterrada e parece estar pronta para decolagem.

— Acho que devo estar ficando louca em aceitar entrar num desses. — Digo ao concordar com essa insanidade.

No banco ao lado, tinha um homem, ele nos deu boa noite e agiu de uma forma muito simpática, Mônica nos apresentou e disse que ele era um grande amigo e coach das aulas de vôo. Eu fiquei boba ao descobrir que Mônica era pilota de Helicóptero. Dessa, eu não sabia, e ainda não acreditava.

— Sente-se aqui, coloque isto, não tire, é assim que iremos nos comunicar durante o passeio. — Estou tremendo muito mas acatei todas as instruções de Mônica sem pestanejar.

Pensei que Mônica fosse sentar ao meu lado, mas ela se direcionou até o assento do piloto, isso mesmo, do piloto não do co-piloto. Toma sua posição e enquanto eu tento acreditar no que meus olhos vê, Mônica Albuquerque Dias, coloca uma aeronave para flutuar há mais de 300 metros de altura. E o helicóptero continuava a subir, até sair da cobertura e planar pelos ares.

Alguns minutos depois, Mônica conversava comigo pelo rádio, eu só não ouvia porque estava começando a passar mal de tanto medo.

Eu me seguro firme no banco, agarrada ao cinto de segurança e começo uma oração que nem lembro mais o que dizia. Mônica tenta me acalmar enquanto pilota mas eu estou muito nervosa.

Após colocar o piloto no automático, Mônica pediu para que seu co-piloto assumisse dali. Ela se encaminha para trás onde estou. Chega perto de mim e me pede para abrir os olhos. Eu demoro mas abro. Ela se senta, e me abraça forte.

— Estou aqui, princesa. Está tudo bem. Eu soltei o cinto rápido, minha mão já estava até vermelha por causa da força que estava fazendo. A abracei com rapidez. Ela sorria dizendo que ia ficar ali comigo, agora.

— Olhe isso. — Ela puxa meu rosto para olhar pela janela. Eu me nego por um tempo. — Não preparei esta surpresa para te deixar com medo, meu amor. Ao contrário, quero que se divirta. Quero que tenha uma experiência maravilhosa. Então confie em mim. Ou você não confia?

— Sim, eu confio em você, Mô. — Minha voz quase não saiu de tanto medo.

— Então, faça o que eu digo. — Mônica sorri levemente. Eu obedeço.

— Você está voando, princesa. Livremente. — Mônica aos poucos solta meu cinto de segurança, me abraçando por trás e me fazendo olhar pela janela.

VANILLA O Sabor Mais Doce   (CONCUÍDO)✔Where stories live. Discover now