Capítulo Sessenta e Oito

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Estou sentada no sofá da família Malec Tawny, olhando a minha frente os quadros de fotografias do lindo casamento de Rumy e Tomás. Foi uma cerimonia linda há um ano atrás, a emoção de ver minha amiga casar foi gigante e o dia foi o mais lindo que já vivi juntamente com ela que estava parecendo uma princesa de contos de fadas.

Seguro Théo em meus braços. Meu afilhado tem onze meses de vida e eu sou a madrinha mais babona do mundo.

— O que foi meu filhinho, a madrinha mordeu sua bochechinha de novo? Essa cachorra.

Rumy diz ao escutar Théo reclamar com um leve chorinho de bebê enquanto eu chacoalho o pequeno de um lado a outro na tentativa de fazer a dor passar.

Sim eu mordi novamente sua bochecha e eu não resisto a isto. Pecado eu sei. Mas se vocês o vissem, meu deus, vocês me perdoariam, são as bochechas mais gostosas do planeta, eu não aguento.

— Me dá ele aqui sua malvada. — Carla pega Théo de meus braços. — Vem com a madrinha vem meu bebê gordo. — Carla baba Théo tanto ou mais que eu. Ela o ama.

— Então já decidiram se vai mesmo viajar no próximo fim de semana? — Pergunta Rumy.

— Sim. Precisamos ir Ru. Temos que preparar tudo ainda, ver salão de festa, finalizar os últimos detalhes da igreja e com as madrinhas e padrinhos. Enfim, há muito o que fazer ainda. — Explico.

Carla havia ido trocar a fralda de Théo e o colocou para dormir, ao voltar me encoxou por trás me dando um doce beijo na nuca. Ela enrosca seus braços por trás de mim e me aperta contra seu corpo.

— Será uma viagem rápida. A cerimônia já está em cima. — Diz Carla.

— Estou tão feliz por vocês duas. — Diz Rumy num tom emocionado na voz. — Vocês merecem essa felicidade. Dois anos depois de tanta luta, tanto sofrimento... — Ela faz uma pausa e os olhos da minha amiga marejam, amiga que até então pouco tempo atrás, era só uma jovem sem muitas experiências na vida, agora, aos seus 26 anos de idade, esposa e uma mãe excelente apaixonada pela família e pela vida que está construindo em Portugal.

— É verdade Ru. Alice merece ser feliz. O tempo que passou acabou nos trazendo momentos bem conturbados mas também nos trouxe coisas boas. — Carla também se demonstra emocionada.

— Aí meninas vamos parar de tanta melancolia porque não quero chorar agora... — Digo evitando me derramar em lágrimas.

— Aaaaaah que manteiguinha derretida essa minha namoradinha linda... — Brinca Carla por eu ser tão emotiva com tudo.

— Futura esposa! — Repreendo Carla a corrigindo.

— Ok, ok futura esposa... — Fala ao me beijar.

— Para com essa doceria aí por favor que minha vida já é doce demais, vou ficar com cárie desse jeito. — Rumy brinca nos jogando o pano de prato que estava pendurado em seu ombro.

— Ihhh alá tá com inveja da nossa pegação amor... — Digo e todas nós rimos. — Nós somos um doce querida, ficamos grudadas de tanto açúcar.

Ainda brinco. Carla me abandona quando ouve um chorinho mimado de bebê ecoar pela cozinha. Essa é a hora que ela desgruda de mim correndo sem reclamar. Ela corre para pegar Théo que estava dormindo em seu bebê-conforto logo ao lado.

— O príncipe Théo Acordou amor. — Carla segura o embrulhinho em seus braços e o traz para perto de mim, que o recebo com um cheiro na cabeça, aspiro o perfume infantil e me darreto toda com a delícia.

— Chegou quem faltava. — Anuncia Rumy ao ver seu esposo entrar pelas portas após um longo dia de trabalho. — Venham  meninas, vamos comer, a mesa está posta!

VANILLA O Sabor Mais Doce   (CONCUÍDO)✔Where stories live. Discover now