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Capítulo Sessenta e Quatro

Me arrumei como de costume, e fui para o ponto de ônibus pegar a condução. Cheguei na empresa e me coloquei em pé a sua frente. Pensei por um tempo e como se fosse um filme louco passa tanta coisa pela minha cabeça.

Era 11:00 horas da manhã quando pedi para uma das recepcionistas me anunciar para a diretora da empresa, logo a moça de cabelos negros, e pele morena avisou. Ela me mandou subir até o 4° andar. Assim o fiz.

- Você é Alice Lira? - Pergunta uma outra moça após me ver saltar do elevador.

- Sim sou eu. Pode me anunciar para sua Patroa por favor?

- Já fiz isso, ela pediu para que espere aqui. Em 15 minutos ela virá para lhe atender. - A moça sorri gentilmente.

- Tudo bem, obrigada. - Devolvo a gentileza também com um sorriso educado.

Em meia hora de espera depois, a porta da única sala que havia no andar se abre, de lá, sai um homem engravatado e elegante. Ele me olhou de cima a baixo como se me analisasse, meneou sua cabeça levemente e desviou seu olhar em seguida. Não sei quem é.

A diretora e digital influencer se despede do homem e quando ele se vai pelo elevador, ela se volta para mim e me chama com a mão. Eu passei pela secretária e era possível perceber o olhar curioso dela, sentada em sua mesa de trabalho.

- Oi Alice, como vai? - Helena mal me olha e se vira indo em direção a uma mesa que ficava no canto da sala para encher um copo de água.

- Oi Helena estou bem e você?

- Na medida do possível estou indo... - Diz levando seu copo a boca. - Beba água.-- Oferece.

- Não obrigada. - Agradeço. Não foi preciso tanto para nossos olhares se cruzarem e logo os meus estarem lacrimejantes. Eu estava machucada por tudo o que houve e a resistência de Helena estava me machucando ainda mais.

- Quem é ele? - Pergunto levando meu olhar ao seu. Eu quero respostas.

- Ninguém que você deva se preocupar.

- Ninguém?

- Já disse Alice, não se preocupe. - Sua voz soa mais branda e intolerante como se minha pergunta estivesse lhe sendo invasiva e impertinente.

- Isso está me cheirando mal. - Digo fazendo cara de poucos amigos.

- Alice eu pedi um tempo...

- Não dá Helena! Você não percebe que eu não consigo? Não é simples pra mim atender esse pedido. - Digo com algumas lágrimas caindo.

Eu me aproximo de Helena. Ela está em pé, apenas encostada, com as duas mãos apoiadas em sua mesa de trabalho. Eu a abraço com força querendo nunca mais largá-la.

- Alice... - Helena segura meu rosto com suas duas mãos após se ajeitar melhor na mesa. - Não podemos...

- Eu preciso de você Helena... - Sussurro ao seu ouvido. Helena me abraça forte e inspira o cheiro dos meus cachos, como se sugasse para si todo o ar possível que consegue.

- Eu quero você... Meu corpo deseja seu toque... - Digo sussurrando com os olhos fechados sentindo as mãos de Helena deslizar suavemente pela pele fina do meu rosto.

Ela me segura de uma forma que me encaixo em seu agarre perfeitamente girando nossos corpos juntos, o seu está sobre o meu me dominando para fazer o que o dela ordena.

Eu estou agora deitada em sua mesa, Helena se coloca entre minhas pernas, me olha profundo, vejo uma chama se acender em seu olhar como a muito tempo não via.