Capítulo Trinta e Quatro

304 77 281
                                    

O Vídeo Acima é Trilha Sonora do capítulo, sua tradução está ao fim do Capítulo. 🚨

A noite no parque estava sendo ótima, eu havia mesmo me divertido como Carla havia prometido. Exceto, pelo contratempo na hora de ir embora. Parece que minha sina é ser largada as traças altas horas da noite por toda garota que me chama para sair. Carla havia ido embora e me deixou aqui. Já não bastou me deixar na fila da roda gigante sozinha com Helena, agora ela me deixa para dormir aqui no parque!?

Olho o relógio e já passava das 23:00 horas, era melhor correr para o ponto antes que os ônibus se recolhessem, eu nem sei se chegarei a tempo para pegar o último ônibus para a zona norte. Tomara que sim.

Me despedi de todos que ainda estavam lá, logo alguns deles insistiam em me levar em casa, mas eu disse que poderia ir de ônibus mesmo. Mesmo eles dizendo que, ou eu aceitava alguma carona ou eu não sairia dali sozinha.

— Com todos nós aqui de carro nunca que você irá de transporte público a essa hora, Alice. — Diz Rogério, sendo apoiado por sua esposa Julia. Os demais também, já insistiam muito para me dar uma carona. Essa turminha é da pesada, mesmo. Eu agradecia pela preocupação de cada um para comigo.

Eu me preparava para sair de fininho para o ponto de ônibus mais próximo que conseguisse achar quando meu celular começou a tocar. Era Carla, atendi imediatamente, deve ser porque está voltando para me pegar, se for, melhor pra mim.

— Alice... É Carla. Eu tive que sair antes. Me desculpe. Deixei recado com  a Helena, procure por ela. Amanhã eu falo melhor com você. — Eu tentava falar com ela, fazia perguntas mas ela falava tão rápido que não me dava tempo para respirar. Desligou na minha cara e eu fiquei com cara de tacho olhando para as luzes que já começavam a se apagar uma a uma.

Eu mal havia guardado meu celular, quando olho para o lado, Helena estava me olhando. Ela tinha uma cara de quem já sabia o que acontecia. Ela levantou uma sobrancelha para mim, sua expressão era divertida.

Ela se aproximou e falou algo para todos da roda, eles logo se despediram de nós dizendo estarem agora tranquilos por saberem que eu seria entregue em casa sã e salva. Eu não entendi nada.

Helena se aproximava de mim, conforme os demais se afastavam para seguirem seus caminhos. Eu já fui dizendo que independente do que Carla havia dito, eu já estava indo embora. Como estava tarde, não ia demorar mais.

Só que eu estava falando com Helena, não é? Ela pegou na minha mão e disse que eu não ia há lugar algum.

Ela saiu me guiando pelo parque inteiro, até chegarmos numa cabine. Num daqueles compartimentos que faz fotografias instantâneas.

Helena fazia caras e bocas, eu estava me soltando aos poucos, ela me fazia cócegas para rir também, dizia coisas engraçadas e eu sorria espontânea. Helena estava me fazendo bem.

Conforme as fotos eram impressas, a gente olhava e caia na risada, era cada fotografia hilária de nós duas. Helena dizia que guardaria para sempre, para lembrar daquele dia, o dia em que ela estava sendo feliz e sendo ela mesma como há muito tempo não fazia.

Helena guardou todas as fotografias, dizia qual gostou mais, e qual ficou mais engraçada e qual tinha que ser rasgada porque ficou horrível. Eu dava risada e concordava. Pela primeira vez, Helena e Alice estavam se entendo numa simples conversa.

— Eu amo o seu sorriso, sabia? — Helena diz me puxando para perto dela. — Amo mais, quando o motivo dele sou eu... —  Eu tremi levemente os lábios cogitando falar algo, mas nem deu tempo dizer nada porque Helena capturou meus lábios com fúria.

VANILLA O Sabor Mais Doce   (CONCUÍDO)✔Donde viven las historias. Descúbrelo ahora