4 TEMPORADA: Cap.8 - Meu filho?

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Emil

Depois de ir embora e pegar um táxi de volta pra casa, cheguei e simplesmente me joguei no sofá, tirei aquele terno horrível e fiquei somente de cueca. Queria muito entender o que havia acontecido, para Alison vir parar em Chicago, ainda mais trabalhando pra alguém, que todos acham que havia morrido a anos atrás. Toda está confusão em minha cabeça, estava me deixando completamente louco. Tudo que estava acontecendo naquele dia era só confusão para mim, olhei para o relógio que tinha pendurado na parede, então resolvi tomar um banho demorado e relaxante. Fui para o banheiro, tirei minha cueca, liguei o chuveiro e entrei debaixo da água morna, o que fez meu corpo relaxar por completo.

Encostei no box gelado deixando a água cair pelo meu corpo, aquilo me trazia uma sensação muito boa, fechei os olhos e algumas imagens de Alison passaram pela minha cabeça. Havia se tornado uma linda mulher e ficando ainda mais linda do que eu me lembrava. Sempre soube que ela nunca havia morrido, sempre tive fé que a mesma continuava viva e que um dia, eu iria a encontra de novo e isto aconteceu em meio a toda está confusão, queria muito saber o que realmente estava acontecendo.

Não sabia porque Alison havia desaparecido, mas hoje eu iria descobrir, claro se ela viesse pra cá mesmo e aceitasse meu convite, eu precisava saber a verdade em meio a todo este mistério. Assim que terminei meu banho, sai do banheiro já enxugado e fui até o pequeno quarto, peguei uma camiseta de basebol, branca com listras em preto, um shorts preto largo e uma cueca da mesma cor, vesti a roupa com toda a lentidão que podia, pela minha enorme preguiça. Quando terminei voltei para a sala e me joguei no sofá, peguei a pasta onde havia umas 20 folhas de relatórios, que não havia sido acabados, porque todos os agentes daqueles casos já haviam morrido e eu não queria ser mais um a ser morto, pelo covarde do Elliott.

Se passou quase 1 hora, não aguentava mais ler uma bobagem atrás da outra, nada naqueles vários relatórios tinham uma explicação ou algo que me desse uma simples pista. Quando a campainha tocou, me fazendo perder todo o meu foco, me levantei com cautela e peguei minha arma. Sabia que podia ser Alison, mas não me arriscaria, caminhei em direção a porta e escondi a arma atrás das costas, quando abrir e vi que era Alison me alivie, mas quando percebi um garoto de quase 3 anos no seu colo, eu fiquei simplesmente paralisado, os traços no rosto dele eram idênticos aos meus, aquilo não podia ser possível.

- Papa. - disse o garotinho se jogando em meus braços e o segurei.

Naquele momento eu não sabia o que fazer, estava ainda mais confuso do que algumas horas atrás. Eu precisava saber se aquele pequeno garotinho era meu filho, mas não tinha dúvidas, aquele pequeno menino era uma mini cópia infantil minha. Envolvi ele em meus braços em um abraço apertado, meus olhos haviam se enchido de lágrimas, só de ouvir aquela pequena palavra e mesmo sem saber se aquele pequeno garoto em meus braços era realmente meu filho.

- Posso entrar?. - perguntou-me Alison e apenas dei espaço para que ela entrasse e foi o que fez, entrou e fechou a porta atrás de si.

- Porque foi embora, porque fez isto comigo e com a nossa família?. - perguntei entre lágrimas e senti duas pequenas mãos enxugarem elas.

- Não chora papa. - disse na maior inocência e logo voltando a me abraçar pelo pescoço.

- Podemos falar sobre isto depois?. - perguntou-me com certo receio e apenas confirmei com a cabeça.

Nós não trocamos mais nenhuma palavra, apenas me sentei no sofá com o pequeno garoto em meu colo, não queria me desgrudar dele e nem ele queria se desgrudar de mim. Não podia negar que meu coração dava leves palpitações de alegria, nunca imaginei que podia ter um filho, isto nunca se passou pela minha cabeça antes. Eu estava com o meu filho nós braços, não tinha como negar, aquele pequeno garoto era realmente meu filho.

- Eu ainda não sei seu nome pequeno. - disse olhando para ele, que não demorou pra me olhar e abrir um sorriso mostrando todos os seus dentinhos.

- Eu me chamo Nicholas, mas pode me chama de Nick. - disse ficando em pé no meu colo e o segurei pela cintura.

- Eu me chamou Emil, mas acho que isto você já sabe. - disse sorrindo para ele, que logo foi para o chão, mas continuou parado em minha frente.

- Mama já me conto tudo sobre você e sobre nossa família. - disse com voz infantil abrindo um largo sorriso para mim.

- Eles vão amar conhecer você, saberem que eles tem mais um neto vai deixá-los muito feliz. - disse abrindo os braços para o mesmo e ele pulo nós meus braços e o abracei apertado.

- O que trouxe pra gente comer?. - perguntei olhando para Alison, que até agora estava quieta olhando toda a cena, percebi que os seus olhos estava cheio de lágrimas e que se segurava para não chorar.

- Trouxe lanches do Mc Donald e dois milk shakes, ovomaltine ainda e seu favorito?. - perguntou-me com voz de choro.

- Sim ainda e meu favorito. - disse sorrindo para a mesma, que colocou as coisas na mesinha de centro.

Nicholas imediatamente se soltou dos meus braços e foi até Alison, que entregou um lanche pra ele e algumas batatas fritas, ele voltou para perto de mim e o ajudei a se sentar no sofá. O mesmo logo começou a comer, aquilo me fez sorrir, porque ele parecia estar faminto e amar aquelas coisas, assim como eu também amava. Peguei um dos lanches de cima da mesinha e comecei a comer junto com o meu milk shake. Quando terminei de comer dois lanches e Alison também, nosso filho começo a tagarelar, ficou assim por quase uma hora, até que ele pegou no sono e dormiu no meu colo. Então com cuidado o peguei e o levei para o meu quarto, coloquei ele deitado na cama, arrumei o cobertor encima dele e voltei para a sala, fiquei em pé olhando para Alison, esperando para que ela começasse a falar, sem que eu tenha que pedir por explicações.

- Não precisa ficar me olhando com está cara, eu vou te explicar tudo. - disse respirando fundo e batendo a mão no sofá, para que eu me sentasse ao lado dela.

- Prefiro ficar aqui em pé, agora me explica. - pedi de forma calma a olhando.

- Eu não fui embora porque quis Emil, eu fui obrigada. - disse com os olhas banhados a lágrimas e por alguns segundos ficamos em silêncio.

- Como assim obrigada a ir embora?. - perguntei confuso me sentando ao lado dela.

- Estava sendo observada por Elliott e seus pais, quando eles ficaram sabendo que eu estava grávida, começaram as ameaças, então no dia da nossa formatura, eles ameaçaram a matar nossa família, me obrigaram a ir com eles a força naquele dia e me trouxeram pra cá desacordada... - a mesma fez uma pausa e deixou que as lágrimas que segurava descerem pelo seu rosto, aquilo fez meu coração se apertar, mas me mantive firme, queria saber toda a história até o fim. - fiquei presa em um quarto até Nick nascer, quando nasceu ele quase foi tirado de mim, mas fiz um acordo para ficar com ele. - disse enxugando as lágrimas de seu rosto que existiam em caírem.

- Que acordo e este Alison?. - perguntei virando o rosto dela para mim, quando ela desviou o olhar.

- Por favor não me julgue eu fiz isto por nosso filho. - disse chorando ainda mais e fiquei ainda mais nervoso com aquela enrolação toda.

- Fale logo o que está fazendo pra eles?. - disse me levantando e olhando para ela que abaixou a cabeça.

- Eu virei uma assassina profissional, faço tudo que eles me pedem, para eles não matarem Nick, eu só faço isto para proteger nosso filho de todo o mal que eles podem fazerem, mas agora temos um problema maior. - disse se levantando e parando em minha frente, o que podia ser maior que aquilo.

- Que problema Alison, o que mais pode ser pior que isto?. - perguntei passando a mão pelos cabelos de nervosismo.

- Eles querem vingança contra nossa família, foi Lauren que colocou ele naquela cadeira de rodas e fez aquelas cicatrizes em Elliott. - disse voltando a se sentar no sofá e abaixar sua cabeça.

Do que Alison estava falando, como assim minha mãe havia feito aquelas coisas com Elliott, eu nunca vi minha mãe matar nenhuma mosca, porque deixaria o mesmo em uma cadeira de rodas. Minha mãe Lauren não seria capaz de bater em uma pessoa, muito menos de fazer tudo aquilo, deixar um homem incapaz de andar, aquilo só podia ser mentira, eu me negava em acreditar que aquilo era verdade. Ela sempre me incentivava a fazer cada vez mais o bem, mas porque ela faria mal a uma pessoa, ainda mais uma pessoa que era filho de seus amigo.

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