▧ Chapter XV.

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"Você não quer? Comigo?" O tom de voz quase apagado, Louis se sentou na cama olhando para a parede, os olhos azuis vagando pelo cômodo, não ousando encarar o alfa. Porque Louis se sentia envergonhado, pensando que provavelmente, Harry estava achando-o ridículo, se oferecendo daquele modo como uma mercadoria barata. E também rindo interiormente de Louis, por sugerir uma foda mas sem ter nenhuma noção de como fazer aquilo. Mas não era o que Harry pensava, só Deus sabia o quanto ele queria poder estar com Louis  daquela forma, como o menor pedia.

Os olhos azuis estava mais claros, e Harry quase pode vê-los brilhar um pouco mais, mas não de maneira boa, sendo brilhante por estar inundado de sentimentos bons, mas sim, brilhantes por estarem se aguando. Então o alfa se sentou na cama, puxando o menor para seu colo, sendo delicado ao fazer e posicionando as pernas de seu ômega ao redor de sua cintura, enquanto Louis se deixava levar e ser manuseado pelo maior, sem coragem alguma de olhar nos olhos de Harry, tendo medo de que o cacheado risse dele, ou o diminuísse, porque Louis não precisava daquilo, ele mesmo já estava se repreendendo.

"Ei, meu gatinho..." A voz mansa de Harry tomou os tímpanos de Louis, e o menor bateu os cílios apreciando a forma como a voz do cacheado era sempre tão rouca e profunda, mas mesmo tendo um tom grave era carinhosa na maior parte das vezes, pelo menos com ele era. Mas o menor não olhou nos olhos do alfa, pondo suas orbes azuis sobre a traqueia do cacheado, não conseguindo encarar a expressão de Harry, tendo medo de ver apenas divertimento ali, de ver o alfa se divertindo por ele ser tão inexperiente e talvez sem graça. "Eu quero fazer com você Louis, mas não hoje, não dessa forma, tem que ser especial gatinho." Harry retirou com o dedão alguns fiapos de cabelo de Louis que caíam sobre seus olhos azuis, enquanto a outra mão grande estava nas costas do menor, o acariciando de modo singelo, não querendo consolar Louis, mas transferir seu amor e adoração com pequenas carícias.

"Se você quer então podemos fazer, porque eu também quero. Vai ser especial!" Louis pediu baixinho, como se segregasse algo ao maior, e então ele infiltrou seus dedinhos nos cachos da nuca do alfa, agora se forçando a olhar não olhos de Harry, vendo ali apenas aquela bolota verde clara, a pupila pouco dilatada, deixando a ênfase sobre o verde tão bonito e cintilante. O alfa o encarava com tamanho finco, deixava Louis até um pouco corado e quente. "Quando as pessoas se gostam elas trepam, não trepam? Então deveríamos fazer." Louis não sabia de onde tinha retirado aquela palavra chula de seu vocabulário, mas ele a usou de qualquer forma, e Harry se segurou para não rir da expressão envergonhada do ômega, mesmo sendo aparentemente atrevido, Louis ainda tinha seu toque de meiguices e inocência que não o abandonavam nunca e enlouqueciam Harry ao extremo, fazendo-o se tornar um bom observador e perceber cada ação e detalhe do seu lindo ômega, como as bochechas rosadas tão adoráveis, enquanto os olhos azuis se abaixavam as vezes, deixando o cílios longo e pretos varrer as bochechas, porque Louis estava  envergonhado.

"Não. Quando as pessoas se gostam gatinho, elas fazem amor, e é isso que eu quero fazer com você." O alfa disse breve, e o ômega que antes não o encarava subiu seus olhos apressado, não contendo um grande e lindo sorriso em seus lábios finos e róseos, o que fez Harry sorrir amplo também, não esquecendo de em nenhum segundo sequer agradecer por ter aquele ômega para si. Porém, Louis ainda sim estava engajado naquilo que queria, e ele queria que Harry o deflorasse naquela tarde, principalmente após dizer aquilo, sobre fazerem amor. O coração de Louis nunca esteve tão afundado na paixão quanto naquele presente momento.

"Eu também quero fazer amor com você Hazz, por favor." Louis pediu de forma manhosa, quando ele queria jogar, ele sabia jogar. Suas pequenas mãos foram para os ombros do alfa, o empurrando deitado na cama uma vez mais, e se sentando sobre a pélvis do maior, de qualquer forma Harry era humano, e era louco por Louis, ninguém poderia julga-lo por se deixar levar, então ele apenas se deitou novamente no colchão, não retirando seus olhos da figura tão linda sobre si, Louis tinha um pequeno sorriso nos lábios, de alguma forma era doce e maléfico, do tipo que poderia ser tão meigo ao destruir Harry.

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