Encontros Marcados #1 (Completo)

Capítulo 14 (Parte I) - Maxwell

- Você não precisa pedir desculpa de nada Max, na verdade eu que tenho que te pedir desculpas, mais quero que saiba que não fiz de propósito, e que estou fazendo isso para descobrir toda a verdade, pois será desse jeito que vou descobrir tudo, mais preciso que você não conte isso pra ninguém!

- Não contar o que? O que está acontecendo Elizabeth?

- Eu não perdi a memória, falei que perdi para conseguir me aproximar novamente dos Moscovit e de meu ex-noivo. Já sei quem é meu pai biológico, só falta saber quem é a minha mãe e quando souber disso poderei seguir com a minha vida normalmente. Vou poder seguir minha vida com você, se ainda for querer. – A única reação que tive foi dar dois passos para trás e encarar Elizabeth por alguns momentos, não sei quanto tempo fiquei encarando-a e vendo-a chorar e tentar se aproximar de mim e a única reação que meu corpo dava era se afastar cada vez mais. Ela deveria ter confiado em mim. Ela deveria ter me contado tudo desde o inicio. Estaríamos juntos nessa, sem mentira, sem ilusão, sem caralho nenhum! Ela tomou sua própria decisão, tomou à decisão de me deixar de fora desse seu plano, ela não confiou em mim, não confiou no nosso relacionamento.

Sempre vamos dizer a verdade um ao outro, sem a verdade, sem a confiança, nenhum relacionamento consegue ser construtivo.

E agora eu vejo suas palavras disparando em minha mente, e vejo que ela foi a primeira a fazer um futuro relacionamento que poderíamos ter ir por água abaixo. Meu celular começou a tocar dentro do meu bolso, mais a única coisa que conseguia fazer era encará-la com raiva.

- Você foi a primeira a dar para trás, disse que para darmos certos teríamos que confiar um no outro, sem mentiras, sem segredos e olha só o que você fez! Eu sendo otário esse tempo todo, correndo atrás de você, pensando em lugares românticos que poderíamos ir somente para que você se lembrasse de tudo o que tivemos juntos e você me fala assim tranquilamente que não perdeu a porra da memória? Não sei mais o que pensar de você Elizabeth, não é a primeira vez que me decepciona e você sabe muito bem do que estou falando!

- Eu ia te contar, é o que estou fazendo agora Maxwell! Antes de sair da casa da Lana eu contei tudo para Luana e me senti mais segura em contar tudo a você também. Acha realmente que estava feliz mentindo para todos? Claro que não! Não estive feliz desde que estava naquele Hospital internada fingindo que não me lembrava dos meus amigos e do homem que eu amo, mais tive que fazer isso, eu preciso de respostas Maxwell, preciso saber de onde vim, porque fui abandonada e praticamente vendida para outra família! Eu te amo, amo muito Max, amo tanto que fico com medo e assustada de nada do que estamos passando agora faça que a gente dê certo um dia, mais se não tentarmos nunca saberemos se realmente daria ou não certo. Preciso que você esteja comigo nessa, não vai demorar para eu descobrir tudo, preciso saber se está comigo nessa para eu poder continuar. – Quando estava prestes a responder meu celular começou a tocar novamente. Beth concordou com a cabeça pedindo para que atendesse o telefonema.

- Alô? -

- Max é a Beatrice amiga de Bianca, ela veio hoje para a minha casa para jogarmos conversa fora, eu me afastei dela só para ir até a cozinha e quando eu fui ver ela estava caída no chão da sala sangrando, com ajuda de um vizinho consegui trazê-la até o Hospital, ela está no centro cirúrgico e até agora não deram noticias. Você precisa vir agora para o Hospital, tem que ser a primeira pessoa a ver a Bianca, você sabe disso.

- Estou indo para ai agora, me mantém informado, por favor. – Respirei fundo desligando a ligação. Elizabeth ainda encarava-me como se esperasse algum tipo de resposta minha, mais não conseguia pensar em nenhuma para dar a ela. Ela estava com os vermelhos e fungando um pouco, apertava as mãos uma na outra como se estivesse nervosa, e tinha mesmo que estar, pois quando resolvesse tudo naquele Hospital teríamos que ter uma conversa bastante séria. Queria chegar perto dela, dizer que tudo estava um caos, mais que juntos conseguiríamos consertar tudo, e que daqui a algum tempo iria esquecer tudo o que aconteceu e poderia perdoa-la, mais na realidade tudo o que ela me falou me causou uma dor horrível, a dor da mentira, a dor da não confiança, a dor do tanto faz.