52 - Cinquenta e dois

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Ao entardecer Jeon sentou à beira da piscina junto com os amigos, conversavam alegres enquanto Jungkook e Namjoon discutiam por ele ter desligado o telefone na cara de Aboot. O sequestrador de Seokjin, seu marido.

— Não vou perdoa-lo Jungkook, se não me devolveram o meu marido e o meu filho. Juro que te mato. — Ameaçou seu amigo. — Você desligou na cara do homem. Mano, era uma negociação.

— Devolução! Kim Namjoon, devolução, e eu já pedi desculpas. — Falava aquilo pela milésima vez no dia. — Olha, vai por mim, eles vão devolver o Jin! O se vão. Quem aguenta ele?

Foram interrompidos pelo carro do até então refém entrando no pátio da mansão escoltado por um veículo desconhecido na cor azul.

Os dois automóveis pararam, um homem alto musculoso saltou de dentro do mesmo arrastando consigo Jin pelos braços, ao tentar se aproximar dos moradores foi barrado pelos mesmos que empunharam suas armas mirando-as em sua direção.

— Se forem atirar já imploro que matem, mas somente a mim. — Sua voz era cansada. — Não quero ser obrigado ir ao inferno com esse homem. — Empurrou o refém aos amigos. — Nem o próprio satanás aguentaria.

— Isso significa que esta devolvendo ele? — Tae perguntou. — Do nada, sem exigências ou dinheiro... — Não aguentou e riu. — Porra, aprontou o que lá em Jin. — Tirou sarro.

— Por Deus, não aguento mais uma hora com ele. — Viu todos abaixarem suas armas. — Esse senhor está me deixando louco, ele consegue acabar com a sanidade de qualquer ser humano.

— Ora seu desaforado, achei fielmente que estávamos construindo uma amizade verdadeira. — Jin colocou as mãos na cintura. — Fiquei em sua casa, cozinhei e até dei conselhos a você.

— Nada disto! — Esfregou seu rosto. — É um sequestro, S-E-Q-U-E-S-T-R-O! Qual o seu problema? Avisei, expliquei e se recusou a entender. — Sentou em uma das espreguiçadeiras. — Te levei pra' minha casa porque se recusou em ficar no cativeiro, cozinhou depois me dar um enorme sermão sobre como comida instantânea fazer mal. — Percebeu os outros segurando o riso. — Por fim, tentou transformar Wally nesse treco de modelo exigindo que eu o pedisse em namoro. — Deitou. — Sequestrei você, mas virei o refém.

O desabafo do sequestrador foi o auge, todos gargalharam do homem que se deitou na cadeira fechando seus olhos massageando suas têmporas, Namjoon abraçou o marido tentando seu beijar o rosto, mas Jin tinha um enorme bico emburrado nos lábios.

— Sai pra' lá Namjoon seu molenga. — Virou o rosto recebendo o beijo do marido na bochecha. — Se bem que eu quero uma coisa, vem aqui Namjoon vem bebê grande. Te amo tanto, fiquei morrendo de medo e com muita saudade. — Abraçou forte o homem beijando seu rosto todo na maior falsidade e manha.

— A última vez que fez isso Kim Seokjin, apareci casado com você. — Encarou o outro.

— Só falta aparecer gravido então. — Tae fez todos rirem recebendo o dedo do meio de Namjoon.

Com autorização os poucos homens de Aboot desceram de seu carro juntando-se ao restante do pessoal, Chul foi direto para seu quarto brincar com Rosé. Jungkook serviu bebida distribuiu charuto a todos.

Seokjin apresentou Wally á Jimin, Tae e Hobi que o adoraram, os cinco rapazes entraram na casa se reunindo na sala de jogos fofocando sobre seus parceiros.

— Wally, qual tipo de relacionamento com o Aboot? — Perguntou. — Sei que não são namorados casados, mas o cara é obcecado por você. — Riu do próprio ponto de vista.

— Hum... Aboot disse que um chefe, um homem como ele. Que faz o que ele faz não pode ser de uma pessoa só, isso ridicularizaria sua imagem. — Mordeu os lábios disfarçando a voz tremula e o tom de tristeza. — E mesmo não tendo nada comigo, não tenho autorização para ficar com outras pessoas ele controla minha vida. Sei lá, às vezes me pergunto como cai nesse limbo. — Sorriu mostrando os dentes sem humor.

O MAFIOSO E O PROFESSOR DE BALLETWhere stories live. Discover now