49 - Quarenta e nove

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Cinco dias se passaram desde que Hoseok havia ido embora. O ruivo aparentemente estava bem, dava suas aulas e administrava seu estúdio. O problema era as noites, nas quais ele chorava de saudade, saudade dos dois ex-namorados. Taehyung sempre falar com Hobi, mas por orgulho recusava todas as ligações, tinha também bloqueado o número de Yoongi.

Estava decidido a cortar qualquer laço com os dois rapazes.

— Não me engana, Hobi! Ouço teu choro todas as noites. — Jimin abraçou o amigo, pegando-o de surpresa. — Seokjin, contou que Yoongi, bem. Ele, não consegue falar com você. — Respirou fundo. — Ele tá' mal, e ficou desesperado quando soube que você tinha ido embora do apartamento de vocês.

— Não sei, do que está falando, esse choro não é meu! — Segurou as lágrimas, fungando. — E suas fotos, saem ou não? — Mudou de assunto. — Yoongi, Tae não me interessam mais.

— Hoje de madrugada, o pessoal do Seokjin avisou que a divulgação começa. Já a inauguração da loja não sei quando é. — Contou empolgado. — Amanha acordaremos com surpresas, então prefiro dormir longe do Jeon. — Gargalhou.

A conversa foi interrompida pela figura do homem branco, baixo e transtornado invadindo a recepção, Min Yoongi como um furacão agarrou o braço do ex-namorado com força. Assustado Hoseok o encarou sem entender.

— Vem, vem comigo! Agora, Hoseok. — Tentou arrastar o outro para fora. — Pare de ser tão teimoso.

— Não, não vou com você. Me larga! Yoongi, não vou a lugar nenhum ficou louco? Me solta. — Travou os pés no chão. — Tá' me assustando, estou com medo. — Disse baixo como se fosse uma súplica.

— PORRA, HOSEOK. ENTRA NAQUELE CARRO! AGORA. — Apontou uma arma para o ruivo que ficou apavorado. — Só me obedece Hobi, por favor. — Parecia exausto tanto mentalmente quanto fisicamente.

Apavorado obedeceu e entrou no veículo, o mais baixo ligou o carro. Deu partida e acelerou saindo dali o mais rápido possível, Jimin assustado assistiu ao automóvel sumir pela movimentada avenida. Tentando se calmar, buscou seu celular em cima do balcão e ligou para Tae avisando o ocorrido, e ele avisou Jimin que logo chegaria ao estúdio.

Longe, em uma estrada quase deserta no banco do motorista Yoongi dirigia em alta velocidade desrespeitando as placas de trânsito, e no assento ao lado do passageiro o ruivo tentava conversar com o ex, queria acalmar entender suas ações, mas o motorista permanecia serio em silêncio.

Minutos passados o veículo fez uma curva e entrou numa estrada de terra, e pela alta velocidade a poeira subiu criando uma nuvem de terra vermelha. Hoseok viu uma parede de pedra enorme se aproximar, havia também uma árvore, ambas ficavam cada vez mais próximas e antes que batesse Min freou o carro parando.

Yoongi abriu sua porta e desceu, deu a volta no veículo e convidou Hoseok para o acompanhar.

Em pé fora do carro as pernas de Hobi tremiam, ele as sentiam bambas pela adrenalina. Hoseok notou do lado esquerdo da árvore duas pedras pequenas, pedras lapidadas afundadas no chão.

— Perdão! Não queria apontar uma arma pra' você. — Abraçou e deitou sua cabeça no peitoral do ex chorando alto e dolorosamente. — Perdão por te abandonado, por fugir como um covarde. — Deu um beijinho casto no peitoral do ruivo.

— Calma, não fica assim. Você tá' me assustando. — O envolveu em seus braços. — Não chora, a culpa é minha... também não sou das melhores das pessoas.

— Seun. — Soluçou. — O odeio... E quando descobri serem parentes, foi como adaga em meu coração. — Tentou sorrir. — Trouxe a tona, sentimentos que escondi pra' não enfrenta-los. — Se jogou no chão sentando sem se importar com à terra. — Por anos venho evitando tudo que me lembre dele, isso porquê... me lembra minha irmã e meu sobrinho. — Apontou para as pedras lapidadas com pedaço de metal preso a mesma com nomes escritos.

O MAFIOSO E O PROFESSOR DE BALLETWhere stories live. Discover now