7 - Sete

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A semana passou que Jimin nem percebeu. O avião pousou no aeroporto de Busan, o loiro entrou num carro qualquer solicitado por aplicativo e estava a caminho da casa de seus pais, o rapaz se sentia nervoso por reencontrar os mais velhos depois de tanto tempo longe, sentia insegurança por ter que lidar com o noivado da prima, pois no evento reencontraria pessoas que não fazia ideia de como reagiriam a sua presença.

Park Jimin não abaixaria sua cabeça.

O veículo estacionou em frente a antiga residência o professor desceu com suas malas, no momento o sentimento mudou: sentia-se empolgado. Abriu o portão com suas chaves e entrou devagarinho sem fazer muito alarde, Jimin caminhou até a porta da sala onde pegou de surpresa seus pais.

— Surpresa! — Largou as malas na área e anunciou sua chegada. — Omma, appa! Sentiram saudade? — Abriu os braços indo de encontro aos queridos pais.

— Meu filho, céus. — Surpresa a mãe agarrou firme o corpo do filho. — Que saudade! Que saudade meu filho! Como você está lindo. — Tirou o cabelo loiro da testa do rapaz beijando o local em seguida.

— Príncipe, o meu príncipe. — O pai fungou, as lagrimas escorriam pelas bochechas. — Senti tanto medo, medo de não voltar mais aqui meu amado filho.

— Appa! Calma, eu nunca faria isso. — Beijou a bochecha do mais velho. — Nunca, nunca. — Viu o homem sorrir aliviado. — Só precisava de um tempo pra' mim, eu amo vocês.

— Eu sei, mas pareceu uma eternidade. — Bagunçou os cabelos do garoto. — Uma eternidade longe do meu pequeno príncipe.

Pai e filho se jogaram no sofá numa longa conversa com direito a um cafuné gostoso enquanto a mãe terminava o jantar que decidiu as pressas fazer para o querido filho, os dois colocaram os assuntos em dia reviam fotos e assistiam um pouco de televisão quando a mulher surgiu avisando que a refeição atrasaria, sugerindo então que seu filho tomasse um banho e colocasse roupas limpas.

De banho tomado e roupas confortáveis como a mãe havia sugerido Jimin arrumava sua mala num canto do seu antigo quarto, deitou na cama observou o teto vendo a imagem de alguns bailarinos que ele havia colado ali.

— O jantar está na mesa, vamos comer. — Ouviu a mãe chamar. — Esta magro demais venha Jimin, acredita mesmo que não reparei. — Gritou ao pé da escada.

Sentaram juntos a mesa como nos velhos tempos. Jimin sentiu saudade de casa saudade desses momentos em família.

Depois que comeram o mais novo se ofereceu para ajudar sua mãe com a louça, aproveitando cada segundo da sua estadia ao lado da mulher que mais amava.

Quando todos se recolheram em seus quartos, Jimin sentiu falta da pequena mochila verde e nela continha alguns pertences importantes, primeiro pensou que poderia tê-la deixado no aeroporto, na dúvida resolveu ligar para Hoseok para perguntar ao amigo se ele não teria por ventura a esquecido no apartamento.

— Alô Hobi, está me ouvindo? Hoseok tá' ai cacete. — Disse irritado por não saber da mochila.

— Jimin seu ordinário, estou preocupado. — O ruivo esperava a horas por uma ligação ou mensagem do amigo. — Não ficou de me ligar assim que respirasse o ar desse lugar.

— Desculpa foi mal tá? Fiquei distraído com meus pais. — Justificou. — Queria saber se deixei uma mochila verde aí? — Torcia mentalmente.

— Devia lhe dar um soco e dizer que não. — Torturou o outro. — Mas eu sou uma boa pessoa, deixou sim. — Respondeu. — Quer que eu te leve amanha?

— Por favor, preciso muito das coisas que estão dentro dela. — Disse aliviado. — Não esquece promete? Trás no colo, na cabeça sei lá só não esquece.

— Eu levo Park Jimin, até amanha. — Despediu-se.

Exatas catorze horas, Park Jimin se arrumava para o noivado da prima. Os dois não eram melhores amigos nem se suportavam apesar de já terem sido um dia, as coisas mudam o destino sempre surpreende as pessoas, se bem que para o loiro as pessoas podiam surpreender bem mais que o destino, não era o maior fã desse noivado longe disso, no entanto, não faria vergonha aos seus pais deixando de comparecer ao evento de família.

Olhou-se pela última vez no espelho checando sua roupa, estava muito bem. Vestia uma calça branca que marcava bem suas curvas, a camisa rosa combinava perfeitamente com o gloss que passou nos lábios, em seus pés calçou um belo par de mocassim bege e não esqueceu de usar e abusar de várias joias.

— Posso estar prestes a ser humilhado, mas com classe e lindo. — Piscou para o próprio reflexo no espelho. — Muito lindo.

— Vamos príncipe. — O pai apareceu na porta. — Será o mais bonito naquela festa, lindo. — Beijou o filho.

Jimin sorriu bobo adorava o jeito que os pais o chamavam e tratavam. Minutos no carro e a família Park finalmente chegou ao endereço indicado no convite, juntos desceram e entraram no salão esse muito bem decorado, não demorou para o loiro reparar todos os olhares curiosos sobre si, ele não se importou havia passado a semana toda ensaiando sorrisos e felicitação falsas.

As mais falsas reservou aos noivos.

De longe viu a prima de costas vestida em um longo vestido verde-claro bordado, se aproximaram da morena na intenção de cumprimenta-la e os olhares dos convidados tornaram-se mais pesados sobre a família. Jimin pensou ser apenas paranoia de sua cabeça, senhora Park tocou o ombro da noiva chamando atenção da mulher que virou lentamente se surpreendendo com a presença do primo que olhou confuso o volume marcado na barriga da moça.

— Quantos meses? — Sentiu ódio raiva, as lágrimas logo banharam seu rosto. — Diga quantos meses de gravidez. — Apertou o braço dela que o olhava assustada.

— Cinco, cinco meses. — Sua expressão preocupada era nítida a qualquer um. — Não sabia que viria Jimin, se imaginasse teria explicado a situação toda antes. — Viu o loiro sair correndo.

Os pais do dançarino tentou disfarçar a cena não queriam chamar mais atenção do que já estava mais foi inútil, Jimin largou o braço da prima e correu em direção a saída desviando dos convidados sem olhar para trás ou prestar atenção no chamado discreto do pai. O loiro encontrou Taemin na porta do salão, o pai da criança e noivo de sua prima ao vê-lo parou quando Jimin também parou, só não esperava que o dançarino levantasse o braço e desferisse um forte tapa em seu rosto na frente de todos os convidados.

— Eu te odeio tanto, tenho nojo de você. — Limpou as lágrimas entrou em um carro de aplicativo que deixava um dos convidados e foi embora.

Hoseok e os convidados acabavam de chegar e encontravam-se sentados na sala de estar conversando descansando um pouco da longa viagem de carro, com preguiça apenas jogaram suas malas no chão do cômodo e permaneceram relaxando enquanto umas das empregadas lhes serviam alguma bebida gelada.

Foram interrompidos com a porta da casa sendo aberta com força, a mesma bateu contra a parede causando um grande barulho devido ao impacto, olharam assustados para entrada e viram Park entrar transtornado, o jovem invadiu o local como um furacão.

— Cadê a mochila Hobi? — Perguntou como se os demais não tivessem ali. — CADÊ A PORRA DA MOCHILA? — Gritou assustando o amigo que saltou do sofá.

— Jimin? Tá' tudo bem? — Hoseok tentou se aproximar. — Eu falei para você não ir eu avisei, pedi tanto. — Lamentou passando as mãos no cabelo.

— CADÊ? — Gritou com amigo que recuou depois apontou para o canto da sala.

Jimin pegou a bolsa abriu seu zíper e a virou para baixo jogando tudo que tinha no interior dela no chão, procurava por algo que não encontrava e irritado começou jogar os objetos dali para bem longe chutando tudo o que julgava inútil, durante sua ação os rapazes ouviram um pneu de carro cantar do lado de fora da casa. Ouviram também a porta do veículo bater com força, em seguida um homem alto de terno entrou na casa.

— Jimin, Jimin, PARK JIMIN! — Falou alto querendo ser ouvido. — Podemos conversar? — O homem pediu calmamente. — Me deixa explicar, olha pra mim merda. — Pedia nervoso. — Jimin porra, me deixa explicar...

O MAFIOSO E O PROFESSOR DE BALLETOnde as histórias ganham vida. Descobre agora