11 - Onze

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Pode conter gatilhos.

Amanheceu. Jimin que cochilou poucas horas e acordando minuto por minuto conseguiu finalmente ver a claridade entrar em pequenos feixes de luzes que invadiam o local através das telhas quebradas no telhado da antiga propriedade, conforme tudo ficava iluminado ele conseguiu identificar melhor o local. Observando com detalhes seu cárcere Jimin ficou ainda mais desesperado.

Estava em um grande barracão de janelas tapadas por tábuas, o local cheio de entulhos cobertos por lonas empoeiradas o fez ter certeza de que era um lugar abandonado e bem longe do centro. Tentou levantar. Ah! Os homens quase ao amanhecer o jogaram num colchão velho. Sentiu a cabeça pesar, doía pelas bebidas e da pancada, continuou deitado sobre o colchão com as mãos e os pés amarrados agora com pedaços de panos.

— Acordou cedo, acreditei que dormiria até o meio-dia. — Um dos capangas entrou no local com uma prato em mãos. — Coma se quiser. Não é como sua mesa farta. — Entregou um prato com bolo na embalagem e uma garrafa de água, depois soltou suas mãos para que pudesse comer. — Nosso manda chuva ainda não voltou, acredito que você não vale tanto pro' Jeon.

— Jeon Jungkook? Não faz sentido, sou apenas professor de dança da filha dele. — Explicou confuso.

— Não brinca comigo gracinha. — Puxou Jimin pela gola da camisa. — Não imagina seu futuro se o maluco não quiser ceder. — Lambeu sua bochecha. Jimin colocou a mão na boca fazendo ânsia. — Corta essa loirinho não sou de se jogar fora. — Em reposta o rapaz cuspiu em seu sapato. — Na máfia a primeira lição que aprendemos é o respeito. — O jogou no colchão com força. — Sorte sua, não posso triscar...

— MÁFIA? — Se exaltou. — Coisa de bandido, tipo arma essas coisas que passa na televisão.

— Oh! A princesa não sabia. — Gargalhou. — Coisa de televisão não. Lá é muito fácil e leve.

Yoongi continuava sentado em frente ao seu computador desde a madrugada, tentava a todo custo rastrear Jimin pelo celular, mas ao que tudo indicava o aparelho do loiro foi quebrado ou jogado em qualquer lugar e como não teve sucesso partiu pro plano B.

Seu chefe permaneceu no escritório com o sequestrador enrolando o homem fingindo negociar com o mesmo o máximo que conseguiu.

— Basta! Quero o carregamento de armas que está chegando. — Deu a palavra final. — É isso ou o loiro fica comigo.

— Acredita mesmo que ele vale tanto assim? — Sorriu de lado batucando os dedos sobre a mesa de madeira. — É muito convencido.

— Tem duas horas, entre em contato comigo e vamos marcar um lugar pra' fazer a troca. — Levantou. — Depois disso já era. Diga ao Yoongi que não adianta tentar rastreá-lo, joguei o celular dele na primeira lixeira que encontrei. — Piscou.

Deixou o estabelecimento entrou em seu carro de luxo e dirigiu pelas ruas de Seul até o cativeiro que mantinha Jimin preso, o homem estacionou nos fundos da propriedade para não chamar tanto atenção, desceu encontrou seus homens armados sentados na porta do barracão jogando cartas.

— Tudo bem por aqui senhores? — Cumprimentou os comparsas. — O prisioneiro tem se comportado? — Deu um gole na cerveja de um dos homens.

— É bem calmo. — Respondeu um deles. — Como foi na boate?

— Jeon está resistindo. — Esfregou o rosto e bagunçou os cabelos. — Aquele filho da puta é difícil. — Reclamou. — Tem certeza que o loiro é importante para ele?

O MAFIOSO E O PROFESSOR DE BALLETWhere stories live. Discover now