19 - Dezenove

10.3K 1.3K 131
                                    



— Você quem é? Na realidade atrapalha sim. — Apesar do desconforto o homem foi educado. — Podemos ajuda-lo, tá' perdido?

— Deus! Quanta falta de educação a minha. — Limpou as mãos na calça depois estendeu ao outro. — Jeon, Jeon Jungkook. — Tomou a taça do rapaz dando um gole na bebida alheia.

— O dono do restaurante? — Questionou, no fundo estava sendo mais irônico que o Jeon. — Como posso ser útil senhor Jeon? — Passou a língua lentamente por cima do lábio superior analisando o rival.

— Relaxa, não estou como o proprietário do estabelecimento. — Sorriu com sarcasmo. — Hoje sou apenas o dono, dele! — Apontou para o loiro.

— Vá se foder Jungkook! — O professor ficou extremamente irritado.

— Não sábia que o professor Park, tinha um relacionamento. — Encostou relaxado na macia cadeira.

— Joon, ignore esse ser humano insignificante. Logo ele vai embora.— Tomou uma dose generosa da própria bebida. — Paramos onde querido?

— Ei! Tenho uma curiosidade. — O mafioso tornou a falar. — Responda, depois vou embora. Joon. — O assistiu perder a cor e arrogância. — Só estou perguntando. Segundo me informaram, tem um noivo, um namorado. — Fez as contas com os dedos e gargalhou. — Só resta o cargo de amante. — Sugeriu debochado. — Conhecendo Jimin ele não gosta desse.

Mais que depressa o loiro se levantou da cadeira, de pé em frente ao pai do aluno ele encarou o homem que tinha sua boca aberta tentando falar algo mais as palavras não saiam.

— Ora! Seu safado, desaforado. — Pegou a taça de vinho jogando o líquido no acompanhante. — Tenho cara de amente? Sou algum atoa, me respeite. Filho da puta. — Deu as costas deixando os demais sozinhos.

Enfurecido passou voando pela porta de entrada do restaurante, Jeon não demorou a seguir o loiro que sem rumo caminhou ao estacionamento, no pátio lembrou-se que estava de carona.

— Merda, merda!— Chutou o pneu do carro alheio. — Que filho da puta!

— Posso te levar em casa. De quiser claro. — Ofereceu girando a chave do veículo entre o dedo indicador. — Como um bom cavalheiro que sou, obvio.

— Ah, deve estar adorando isso. — Forçou um sorriso. — Se deleitando como um animal na carniça, parabéns Jeon! Parabéns.

— Um pouco. Não sou de fazer falsa modéstia. — Confessou. — Avisei, você é meu. Se não for vamos brigar pela disputa. — Sorriu.

— Não sou seu, apenas fique quieto. E dirija. — Praticamente exigiu. — Odeio esse seu sorriso! Não ache que venceu, vou me vingar.

Entraram no carro. Jeon dirigiu em silêncio durante todo o percurso, o caminho foi calmo não tinha tantos carros nas ruas.

[...]

Muito profissional Jimin sabia perfeitamente se comportar no estúdio, continuou suas aulas com Chul, tratou muito bem o aluno afinal adorava a criança. Hobi voltou ao estúdio retomado seu cargo na administração de seu negócio, só não pode retomar suas aulas de dança.

Os dois amigos conversavam no balcão da recepção durante o intervalo de uma aula para outra.

— Jimin, preciso dizer duas coisas. — O clima ficou estranho. — Primeiro, Seokjin pediu que ligasse com urgência. — Sabia o assunto.

— Não, essa família é doida. Quero distancia. — Bufou. — Gosto dele, de verdade, mais odeio Jeon Jungkook.

— Odeia sim, pelo menos você acredita nisso. — Sussurrou. — A segunda é mais complicada, não quero que fique magoado comigo. — Segurou o rosto do loiro entre as mãos. — Meus namorados me convidaram para morarmos juntos. — Finalmente pode dizer aquilo em voz alta.

— Ah! Bem. — Hesitou. — Preciso arrumar um lugar pra' morar, mais fico muito feliz por vocês Hobi. — Abraçou o ruivo. — Não se preocupe, vou ficar bem. — Tranquilizou o outro. — Somos amigos.

— Não, claro que não! — Assustou o amigo. — Você entendeu errado Jimin. — Desesperado balançou o amigo pelos ombros. — Yoongi tem um apartamento aqui do lado, vamos morar nele. — Contou. — Quero que fique. De verdade.

— O apartamento é seu, não precisa ir embora por mim. — Falou. — Só me dê um tempo. — Pediu.

— Ouça primeiro Park Jimin. — Chamou atenção do baixinho. — Eu e os meninos já decidimos, esse apartamento é pequeno para nos três. — Balançou os ombros do outro. — Só não queria deixá-lo sozinho.

— Prometo pensar com carinho. — Abraçou o rapaz de novo.

Nove horas em ponto, Jimin entrou pela porta da agência de Seokjin. O saguão de entrada tinha o piso todo de mármore, e fotos de modelos pendurados por todas as paredes, o loiro aproximou-se do balcão onde havia três moças de cara feia recepcionando as pessoas.

— Bom dia vim ver Seokjin. Senhorita. — Chamou de novo e nada de ser atendido.

— Não estamos aceitando currículo. — Olhou o professor de cima em baixo com desdém e riu. — De licença está atrapalhando os outros.

— Meu assunto é com o Jin. — Ficou irritado com a falta de educação. — Pode pelo menos fingir interesse em me ajudar?

— Olha conheço pessoas como você, de novo não tem vagas de emprego aqui. Ainda mais com o senhor Kim. — Revirou os olhos.

Com raiva afastou do balcão procurando um canto qualquer do salão, tirou o celular do bolso da parte de trás da calça discou o número do dono da agência.

— Só não diz que desistiu. — Ouviu a voz desesperada de Jin.

— Faz tanta questão assim? — Achou graça. — Não se preocupa, o problema meu caro é que uma mulher azeda não me deixa entrar, posso pular a catraca? — Brincou.

Não levou um minuto, o mais alto apareceu na recepção furioso procurando pelo loiro. Após encontrá-lo, Jin chamou atenção das funcionárias, mandou que a mesma moça fizesse um cartão de acesso para Jimin. Ao ter sua entrada autorizada, o loiro olhou mulher e sussurrou "se fosse um pouco mais educada, eu te indicaria para uma vaga melhor", junto subiu de elevador até o quinto andar.

Park assustou ao ver o luxuoso estúdio de fotografia, no lugar tinha maquiadores, estilistas e fotógrafos, em silêncio acompanhou Seokjin a uma cabine reservada.

— Vista aquela roupa, depois chame a moça de cabelo roxo e ela vai te maquiar. — Explicou. — Duvidas?

— Não aceitei a proposta. — Negou confuso, aquilo tudo era muito profissional. — Acreditei que não passava de uma conversa.

— Um teste. — Sorriu sapeca. — Só um teste.

Quase duas horas para prepararem o dançarino, saiu do camarim vestindo apenas um short branco justo que marcava suas coxas torneadas. O tronco se encontrava todo a mostra e maquiado com glitters, os cabelos loiros foram cacheados perfeitamente.

— Uau, meu Deus! — Seokjin elogiou. — Espera, PORRA! Que isso no seu mamilo? — Falou surpreso ao ver a peça de metal.

— Piercing, gostou? — Riu do óbvio. — Fiz depois, depois você sabe.

— Claro, só não imaginava que você teria um. — Confessou.

O compromisso que levaria somente a parte da manhã ocupou o horário de almoço, também metade da tarde mais equipe extra da agência. Acabou com Jimin admirado consigo mesmo, adorou tirar fotos e fazer poses, até se arriscou gravar a prévia do comercial.

— Céus, a câmera te adora. — O fotografo elogiou. — A campanha vai ser um sucesso. Onde achou esse anjo senhor Kim? — O dono da agência riu convencido.

— Caramba! Esqueci completamente de te falar Jimin. — Bateu na testa. — Jeon organizou uma despedida para os meninos, é lá em casa hoje. Uma surpresa vamos comigo.

— Não vejo problema. — Guardou o celular no bolso. — Espera meu rosto. — Lembrou da maquiagem.

O MAFIOSO E O PROFESSOR DE BALLETOnde as histórias ganham vida. Descobre agora