Capítulo Cento e Seis

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Já falamos sobre isso com ela, pois, para nós, Amélia é uma mãe, uma avó para nossos filhos. Temos muita consideração e amor por ela. Já não deixamos mais executar tarefas que fazia quando era mais jovem, hoje em dia, contratamos pessoas mais jovens para que execute as tarefas que ela ordena.

Ela é a mordoma e tem disponibilizado um batalhão de funcionários que estão sempre a postos para o que precisar. Zelamos por sua saúde e comodidade, assim como ela, sempre fez por todos nós.

Após mais uma noite divertida em família, voltamos cada um para nossos apartamentos. Exceto os gêmeos Pepe e Dudu, que arrumaram mais um luau para irem. Ambos já maiores de idade, dirigem e sabem se cuidar.

Porém, um dos nossos funcionários e amigo, os acompanha em todas as saídas. É o babá dos gêmeos. Eles só não sabem disso, mas os dois, são monitorados o tempo todo.

É engraçado porque sempre debatemos sobre isso em casa, rimos bastante, acaba que os dois apenas tem Diego como um parceiro de saída. Melhor assim, porque isso ainda vai levar um tempo para mudar.

Acabaram de fazer dezoito anos, logo mais serão livres para fazerem o que quiserem mas por agora, ainda acatam nossas decisões sobre sua segurança. Portanto, Diego, por ter o dobro da idade dos dois, se responsabiliza por tudo auxiliando-os da melhor forma.

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"Os desejos de um adulto são como uma criança, quanto mais experiente, mais exigente se torna"

Voltamos para o apartamento e ao chegar na porta do quarto, a visão que tenho é romântica. Tem um caminho de onde estou até a cama feito por pétalas de rosas vermelhas seguindo seu rastro da porta até a cama que está com uma decoração linda e muito sexy.

De longe, já avisto alguns brinquedos de Helena em cima da cama. Um frio já ultrapassa minhas entranhas só de imaginar o que virá pela noite.
Fomos logo para o banheiro tomar um banho relaxante na banheira com direito a champanhe e espumas com pétalas de rosas.

Helena me agarra pela cintura e beija minha boca por entre os cachinhos espalhados pela nuca e ombros. Sua mão enrola pelos fios os puxando para ela enquanto me diz algumas palavras gostosas e sujas do jeito que gosta. Me sinto excitada ao extremo.

Isso ainda me intriga, de como meu corpo reage aos toques de Helena de uma maneira como nunca senti com ninguém. Mesmo depois de tantos anos.

Aliás, eu não tive muitas namoradas na vida. Sempre fui muito reservada, quando mais jovem, tive um breve namoro com uma garota da escola, mas não foi nada demais. Provei pela primeira vez do sexo e perdi minha virgindade apenas aos dezenove anos de idade.

A segunda namorada foi Mônica. A terceira mulher com quem me relacionei foi Helena. A quarta foi Carla mas, durante o tempo com Carla, tem meio que um segredo nunca revelado, o sexo nunca foi completo. Acreditávamos que não deveria ser, talvez, se acontecesse o casamento, mas como esperado, não aconteceu.

Era a prova de que nunca oficializaríamos o ato sexual por inteiro. É estranho falar disso, ou relembrar, pensar na nossa relação, mas nossos corpos era respeitado por nós duas.

Foi o que não deixou Helena pirar de vez, ela sabia de como era o andamento dessa relação; não estava sendo fácil para ela. Carla jamais magoaria sua amiga. Não julgou certo e nem justo. O que me deu foi bonito, foi necessário, eu precisava. Mas nada comparado á Helena. Não houve copulação.

Era como designar a concepção de duas virgens em um racionamento afetuoso, amoroso, sem o coito. Carla, mantinha o equilíbrio. Não quebrava uma promessa. E por isso, talvez, por este motivo, eu não queria aceitar o fim do relacionamento afetivo que construímos.

VANILLA O Sabor Mais Doce   (CONCUÍDO)✔Onde histórias criam vida. Descubra agora