Capítulo 26

2.4K 306 35
                                    

Narrado por Zahara

Não são nem seis da manhã quando acordo. Percebo isso olhando pela janela e vendo que o sol mal nasceu. E também vejo Azrael sentado na cadeira já vestido, me observando.

— O que faz acordado tão cedo? — Pergunto em um bocejo. Ainda estou com sono. Com seu olhar em mim, percebo que estou nua. Tímida, me cubro com a coberta. Isso faz Azrael rir.

— Não tenha vergonha de mim, pequena. Não há sequer um pedaço do seu lindo corpo que não esteja gravado em minha mente. — Reviro os olhos.

— Você é tão pervertido. — Digo conforme pego minhas roupas espelhadas no chão e as visto.

Tento pentear meu longo cabelo preto que está todo embaraçado, mas estou mole de sono e não consigo desfazer os nós. Levemente irritada, solto um som de frustação.

— Venha aqui, vou resolver isso para você. — Azrael chama e arrasta um pequeno banco na frente de sua cadeira onde está sentado. Eu vou até ele e me sento ali.

Azrael começa a desembaraçar meu cabelo com seus longos dedos. Ele faz isso de uma forma tão relaxante que quase adormeço novamente. Quando termina com os nós, começa a fazer uma trança igual a dele. O pensamento de sairmos por aí usando o mesmo penteado me faz rir.

— Qual é a graça? — Azrael pergunta, colocando a cabeça em meu pescoço e depositando um beijo ali. Isso faz meu corpo todo se arrepiar e ele percebeu isso pela forma como sorriu satisfeito.

— Concentre-se no meu cabelo agora. — ele não tira seus lábios do meu pescoço. —Azrael, pare com isso.. — Digo entre risos quando seus beijos começam a fazer cócegas. — Pare! — Mando novamente entre risos.

Eu me levanto, tentando fugir de suas cócegas mas ele me pega por trás e me deita na cama,  ajoelhando em cima de mim, também sorrindo de forma iluminada. Azrael se apoia em seus braços para não me esmagar com seu peso.

— O que causou sem bom humor hoje, grandalhão? — Pergunto.

— Você. — Ele diz, me beijando.

Isso causa uma revoada de borboletas em meu estomago. Eu sou o motivo dos seus sorrisos?

— De todos eles. — Azrael fala, desgrudando nossos lábios. Meu coração se enche de alegria com essa afirmação. — E é o motivo de outras coisas. — Eu solto uma risada contida diante disso enquanto ele volta a depositar beijos no meu pescoço.

— Como o quê? — Pergunto apenas para provoca-lo.

— Você me deixa louco Zahara... — Ele sussurra em meu ouvido. Isso me faz ficar excitada. — Me deixa cheio de desejo. De luxúria. Me deixa selvagem. — Fico feliz em saber que ele me acha atraente, que me deseja.

Mas o sentimento de que isso não passa do desejo e vontade de transar comigo faz meu coração pesar. Mas que droga, Zahara! Afinal, o que eu sinto por ele para que eu me sinta assim tão feliz e entristecida ao mesmo tempo?

Azrael parece perceber minha mudança de clima.

— O que te aflige, princesa? — Ele pergunta, e parece realmente preocupado. — Algo que eu tenha dito ou feito a magoou? — Azrael indaga, me deixando confusa.

Um dia ele sai por ai matando pessoas sem remorso algum e é mau humorado comigo, no outro me seduz e começa a me chamar de "pequena", cheio de ternura?

— O que há com você Azrael? — Indago. — O que mudou em você para que aja assim? — Talvez a resposta dele seja o que eu tanto procuro para que eu entenda o que sinto por ele.

— Você me motiva a querer melhorar. Que se uma alma tão pura e bondosa como a sua consegue ver algo em mim, talvez eu realmente não seja um monstro. — Ele diz baixinho.

Meu coração se enche de luz diante de suas palavras. Ele disse que eu sou sua motivação. Ele não diria tal coisa se suas intenções comigo fosse apenas sexo. Talvez ele se sinta tão confuso em relação a mim quanto eu me sinto por ele.

— Fico feliz. — Digo sorrindo e Azrael volta a me beijar.

Ele passa a mão por baixo da minha roupa e preenche sua mão com meu seio, brincando com ele e apertando-o. Isso me faz soltar um gemido contra seus lábios pecaminosos. O beijo se intensifica e eu começo a desabotoar sua camisa e ele tira a minha. Eu o deito na cama e subo e cima dele, colando nossas bocas em outro beijo sedento. Ele coloca suas mãos em minha cintura e posso sentir sua ereção sob sua calça de couro. Eu apoio minhas mãos em seu peitoral definido enquanto beijo sua mandíbula. Azrael começa a querer arrancar minha calça.

— Deu trabalho coloca-la pra você sair tirando á vontade. — O repreendo e ele me olha de forma selvagem, desejo brilhando em seus olhos.

— Prefere que eu foda você de roupa? — Eu solto uma gargalhada contida.

Azrael me agarra pela cintura e me deita de bruço na cama e abaixa minhas roupas de baixo até meus joelhos.

— Ei! — Protesto, mas não o mando parar. O ouço abaixar sua calça também mas não consigo me virar para ver, já que ele está me pressionando contra a cama com sua mão agarrada firmemente em minha nuca.

— Fique de quatro para mim agora, anjo. — Ele sussurra em meu ouvido, me enlouquecendo.

Como palavras podem me deixar tão excitada? Faço o que ele pede e levanto meu quadril, ficando de joelhos na cama. Esse demônio me deixa maluca. Azrael passa os dedos em minha entrada, se certificando que ela está molhada o suficiente para recebe-lo. Agora que o pior já passou, ele não sente dó alguma quando penetra em mim com força. Grito, surpreendida tão de repente. Mas não um grito de dor, e sim de prazer.

Com uma de suas mãos pressionando minha nuca e a outra agarrando meu seio, Azrael se enterra cada vez mais fundo em mim de forma feroz. O sexo se torna cada vez mais selvagem, diferente de ontem, e Azrael solta rosnados como os de um animal enquanto sente prazer em estar dentro de mim. Ele solta minha nuca e agarra meu cabelo, puxando-o fortemente.

Gemo seu nome vez após vez, e quanto mais o faço mais Azrael se excita. A parte selvagem, primitiva e masculina que habita dele fica feliz em ouvir seu nome saindo de minha boca, expressando o prazer indescritível que ele me proporciona a cada enterrada. Quando eu finalmente atinjo o ápice, minhas pernas começam a tremer com meu prazer quando me contorço inteira, gozando. 

Sinto que vou ceder a qualquer instante, porém Azrael continua me comendo, totalmente selvagem. Ele me bate com força, e quando vê que meus joelhos vão ceder ele segura minha cintura com suas mãos para que eu continue naquela posição. Tento me mexer mas Azrael aperta suas mãos em mim para que eu continue parada ali recebendo ele.

-Deus! Você realmente não para nunca? - Falo em um gemido, não sabendo se quero que ele tire seu pau de dentro da minha vagina ou se quero que continue ali dentro.

Sua resposta é a mistura de um grunhido com um rosnado feroz e eu me calo, apenas o esperando terminar seu trabalho sem mais interrupções, por mais que por mim já tenha dado. Percebo que ele está prestes a gozar quando se enterra profundamente em mim e para, e quando seu sêmen preenche minha cavidade Azrael solta um rugido de prazer, finalmente satisfeito.

Ele me solta e eu caio na cama ao lado dele.

— Você realmente estava se segurando ontem. — Falo aos suspiros.

— Você não faz ideia. Acabei me empolgando um pouco dessa vez. — fala com um sorriso malicioso no rosto. — Você está bem? — Azrael pergunta olhando pra mim.

— Tirando o fato que fui fodida com tanta força que meus nervos doem, acho que vou sobreviver. — Digo. — Só vou precisar descansar um pouco mais para recuperar minhas energias. — Azrael se levanta, ergue as calças e começa a por sua camisa de volta.

— Leve o tempo que precisar.- Vou alimentar os cavalos. — Fala e após depositar um beijo na minha testa, sai pela porta.

Lendas de vingança e liberdade - O reino massacradoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora