Seu povo foi massacrado. Seu reino, conquistado. Zahara era a princesa e uma dos poucos elfos que haviam escapado com vida. Seu pai fez seu último pedido a ela. Que encontrasse a vingança para seu povo no norte em um campo de poeira e névoa.
Depois...
Já se passaram dois dias e não estamos nem perto da capital. Mas a notícia boa é que meu ferimento já está curado.
O sol marca três da tarde e finalmente estamos passando por outro vilarejo. Se continuarmos nossa viagem a pé demoraremos cerca de duas ou três semanas. Mas se eu conseguisse alguns cavalos poderíamos economizar vários dias.
— Azrael. — O chamo.
— O que foi agora? —
— Encontre um casaco novo e um lugar para passarmos a noite no vilarejo. Enquanto isso vou tentar conseguir alguns cavalos. — Peço.
— Não me dê ordens. — Ele diz.
Eu me aproximo dele, enfrentando-o. E por mais que em altura eu bata em seu abdômen, não recuo sequer um passo.
— Cale essa boca e vá logo fazer o que eu pedi. — Digo de forma curta e objetiva. Um pequeno sorriso curva os lábios dele.
— Você é muito ousada para alguém do seu tamanho. — Azrael fala e se afasta, caminhando pelas ruas do vilarejo.
Espero que esteja indo fazer o que mandei.
Penso, imaginando que ele tenha lido minha mente conforme se afastava. Vou na direção contrária, em busca de alguém com dois cavalos sobrando.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
— O que quer por estes corcéis? — Pergunto para um homem que está levando dois belos cavalos cinzentos pelas rédeas, depois de eu ter procurado por mais de uma hora.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
O homem me seca dos pés a cabeça e sorri de forma maliciosa. Eu reviro os olhos, já imaginando o que se passa na mente dele.
— Deite-se comigo e eles são seus. - Propõe, passando a mão em mim. Eu dou um tapa em sua mão e me afasto um passo.
