A Garota que Nunca Existiu

By WitchGianni

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Em um esquecido subúrbio na zona norte do Rio de Janeiro, Alice, uma fã fervorosa da franquia The Legend of Z... More

Capítulo 2 - Bronzes e Cristais
Capítulo 3 - Respostas
Capítulo 4 - The Wall
Capítulo 5 - Siga o Coelho Branco
Capítulo 6 - Through the Looking Glass
Capítulo 7 - MK Ultra
Capítulo 8 - Controle
Capítulo 9 - She's lost control again
Capítulo 10 - Presa
Capítulo 11 - Predadora
Capítulo 12 - Interrogações
Capítulo 13 - As pessoas mentem o tempo inteiro
Capítulo 14 - Espelhos distantes
Capítulo 15 - Juramento
Capítulo 16 - Conatus
Capítulo 17 - Remoto Controle
Capítulo 18 - Destinos
Capítulo 19 - Dores do crescimento
Capítulo 20 - Na Estrada
Capítulo 21 - Ultimato
Capítulo 22 - Pela luz dos olhos teus
Capítulo 23 - The boy with the thorn in his side (Parte 1)
Capítulo 24 - The boy with the thorn in his side (Parte 2)
Capítulo 25 - Eco
Capítulo 26 - Letargia
Capítulo 27 - Maya
Capítulo 28 - Véu
Capítulo 29 - Kensho
Capítulo 30 - Existenz
Capítulo 31 - Refúgio
Capítulo 32 - Sublimação
Capítulo 33 - Réplica
Capítulo 34 - Inexorável
Capítulo 35 - Retorno
Capítulo 36 - Cruz de estrada
Capítulo 37 - Prioridades
Capítulo 38 - Autofagia
Comunicado - 29/05/2022
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41

Capítulo 1 - The Girl with the Machine Gun

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By WitchGianni

"Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela, quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle"

Adriana Calcanhotto - Esquadros

Meus dedos apertam com força a corda do arco, o corpo rígido em antecipação. O tempo parece parar diante do alvo vermelho, a flecha retesada pronta para ser lançada. Uma crosta de suor se forma pela testa enquanto os minutos passam. Solto uma respiração que não julgava segurar, um hábito de muitos anos que custo a abandonar, e atiro. 

A flecha acerta o alvo.

— Não entendo como cê consegue passar tanto tempo aí, Cecília — grita uma vozinha familiar, tirando-me do estupor — A quadra já vai fechar!

Limpo o suor da testa com a costa da mão.

— Você tava aqui o tempo todo, Edgar? Não sabe nem disfarçar a própria respiração! — grito de volta para o garoto de feições miúdas — Sai daí, moleque.

— Mas...

— Nada de "mas", você nem deveria estar aqui, pra começo de conversa!

Ignoro seus protestos e puxo-o da arquibancada pela gola da camiseta xadrez. Apesar de seus onze anos, Edgar é franzino para a idade que tem. Espero até sairmos do ginásio para que o menino comece sua choradeira.

—  Não é justo, mana! Se você nem me deixa usar o seu arco um tiquinho que seja, poderia pelo menos deixar eu te ver treinar! — protesta o garoto, depois que o solto.

Solto um riso maldoso.

— Vai sonhando que eu vou deixar você mexer com o meu arco e as flechas. Isso aqui não é brincadeira, são armas de verdade — digo a última frase usando o tom mais sério que posso, mesmo sabendo que será infrutífero. 

Dito e feito. Edgar me lança um beicinho logo em seguida.

— Ah, para com essa criancice! Não é você que diz que já é um homenzinho? Comporte-se como um. Fora isso, pensei que estivesse feliz com aquele conjunto da Nerf que a mamãe te deu de natal.

O garoto faz uma careta.

— Era arco e flecha de menina! De menina!

Dou de ombros.

— Qual é o problema? Melhor ser uma Katniss Everdeen que uma daquelas Barbies princesas. Na boa, os brinquedos para meninas eram mais chatos no meu tempo!

— Até parece que faz tanto tempo assim — Meu irmão ri, mas logo solta um muxoxo — O arco é rosa, Ceci!

— Repito: e daí? Pelo menos você não sofreu bullying das garotinhas populares por brincar com carrinhos da Hotwheels como eu. Quando todo mundo queria uma Barbie bailarina ou o diabo que fosse — rio de mim mesma. Como isso parece bobo agora. — Os tempos são outros, querido.

— Tá, tá, já entendi. Cadê a mamãe?

— Seu tonto, esqueceu que ela sai do trabalho e vai direto pra casa depois das cinco? Vai ter que pegar carona comigo — respondo, procurando por minha bicicleta no pequeno estacionamento. — Cê não pensou nisso antes de vir aqui se esconder, pensou?

São cinco e meia da tarde, um horário em que, esta altura, apenas os alunos das turmas específicas estão em aula. Os treinos de tiro com arco e flecha após o turno da manhã deveriam durar até as quatro e meia, mas não houve um dia sequer, nestes anos todos, em que eu não fosse a última a sair da quadra de esportes.

Depois de fechar a minha bolsa com o uniforme e alguns poucos pertences escolares, tiro a corrente e o cadeado da bicicleta e, após certa resistência, convenço Edgar a sentar na garupa junto comigo.

—  Eu sei que não é confortável como a condução ou o carro da mamãe — digo, enquanto pedalo pelas ruas transversais que levam até nosso apartamento —, mas você não gosta de sentir o ar correndo pelo seu rosto?

Edgar esboça uma carranca.

— Não é pra isso que serve o ar-condicionado?

Reviro os olhos.

Até por sua compleição física frágil, Edgar não é exatamente fã de andar por aí ao ar livre. Passei sua infância inteira observando-o brincar com bonecos a comando de voz, jogos de videogame e laptops interativos entre quatro paredes.

Vejo o colégio Santa Edwiges se distanciar de nós pelo canto do olho. Não moramos muito longe da escola, de modo que ainda posso dispôr de pequenos prazeres, como pedalar até a escola sentindo a brisa fria da manhã tocar meu rosto. 

Felizmente, a área em que moramos não possui um tráfego muito intenso, então posso pedalar com mais velocidade. Mais vento no rosto.

— Já chegamos? — pergunta Edgar pela milésima vez naquele dia, visivelmente desconfortável.

Sorte dele, finalmente tínhamos chegado em casa.

— Dá pra parar de me perguntar tanto?

— Dá pra parar de me ignorar?

— Vamos, criatura. Mamãe deve estar P da vida por você não ter vindo hoje cedo na van.

Edgar ri despreocupado, mas sei que é apenas uma questão de tempo até que caia em si e perceba que se colocou de novo em uma enrascada.

— Pelo menos eu te vi treinar hoje.

Dou-lhe um leve puxão de orelha.

— Não vai se acostumando, moleque.

Mas ele sabe que eu nunca realmente falo sério.

Após guardarmos minha bicicleta na garagem do prédio, subimos pelo elevador, onde Edgar finalmente parece perceber a situação em que está e o sermão que vai receber quando chegar. Instintivamente, meu braço envolve seus ombros franzinos.

Edgar fita-me com seus olhos castanhos nervosos.

— A gente tá frito!

Eu rio.

— Relaxa, garoto. O que mamãe pode fazer além de tirar o seu Xbox? Ou... –  solto uma risada maliciosa – ...o Nerf que você não gostou. E aí, ela vai começar a falar sobre como tem criança sem dinheiro pra comprar essas coisas e...

— Tá, tá, para! Às vezes você fala igualzinho a ela quando quer! — resmunga Edgar, tapando os ouvidos e berrando um ridículo "lalalala". E quem pode culpá-lo? Nossa mãe não faz exatamente o tipo lacônico quando se trata de reprimendas.

Apanho a chave reserva dentro da bolsa e abro a porta da maneira mais suave e silenciosa possível, nutrindo a pequena e nada realista esperança de que nossa mãe esteja dormindo, ou, na melhor das hipóteses, ainda não tenha chegado do trabalho.

Ambos nos surpreendemos quando a encontramos jogada despreocupadamente no sofá em seu robe de flanela habitual, a TV ligada na novela de sempre. Quase expiramos de alívio, até percebermos seus olhos escuros abertos em alerta.

—  Edgar da Costa, a moça da condução me ligou há umas duas horas para avisar que você não estava lá quando ela passou — começa minha mãe em um tom sibilante não natural. Estremeço, pois sei que ela nunca usa voz baixa, a não ser que esteja guardando a garganta para algo muito maior. Sempre soubemos que paciência era seu forte. Teatralidade também, mas isso não vem ao caso.

— Mas mãe, eu fui com a ...

— Não interrompa enquanto eu estiver falando!

Edgar encolhe-se atrás de mim, levando-me a passar a mão em seu cabelo, em uma tentativa de acalmá-lo. Também pudera, quem mandou o garoto ficar escondido na arquibancada esse tempo todo?

— Não sabe que me deixou aqui morta de preocupação, menino? Olha, eu sei que você veio com a sua irmã, mas tem gente mal-intencionada lá fora! Ainda mais agora, com essa onda de assaltos e sequestros que tá tendo por aí... — Minha mãe fita-me de forma tenaz. Engulo em seco, pois sei muito bem o que este olhar significa — Não posso me dar ao luxo de perder vocês dois!

— Mãe, tá tudo bem, eu...

— Qual foi a parte de "não interrompa enquanto eu estiver falando" que você não entendeu, Cecília? — responde — Aliás, eu já não te disse mil vezes pra esperar a van junto com o Edgar?

Suspiro, resignada, até perceber que se trata muito mais de preocupação maternal pura e simples do que uma bronca propriamente dita. 

— Se me permite dizer, mãe, acho que o Edgar já tá bem crescidinho para que eu seja babá dele o tempo inteiro.

— Ei! — retruca o garoto.

Outro suspiro, desta vez vindo de nossa mãe. Pela primeira vez desde que chegamos, percebo os cabelos castanhos despenteados e o semblante cansado.

— Um dia, quando tiverem filhos, vocês vão entender como eu me sinto.

Não resisto.

— Isso é algum tipo de maldição?

Minha mãe lança-me uma daquelas olhadelas fatais, até relaxar a postura ao perceber que ceder à minha pequena provocação não levará a lugar algum.

— Não, Cecília, não é. Ou é, eu nem sei mais.

Dou de ombros e saio da sala e , sabendo que o resto do sermão será direcionado a meu pobre irmãozinho, busco uma toalha limpa e tomo um banho. É um alívio tirar o uniforme de educação física, ainda úmido do suor recente, embora só perceba que meus músculos continuam enrijecidos mesmo após o fim dos treinos quando o jato de água morna atinge a pele retesada. Mas sei muito bem que a tensão não tem nada a ver com o treino. Antes fosse.

Tem a ver com Alice.

Alice, minha amiga mais próxima.

Há semanas tenho me preocupado com isso. Há semanas entrei em um estado de tensão perpétua do qual não sei como sair de verdade. Os treinos ajudam a esquecer, mas sinto a angústia da incerteza retornar quando chego em casa e os discursos de minha mãe começam a ganhar alguma dimensão, e com eles percebo já não sei o que vai acontecer agora.

Existe gente mal-intencionada lá fora, afinal. E não é uma coisa que seus pais contam pra te assustar.

Começou há alguns meses, quando as palavras "assalto" e "sequestro relâmpago" jaziam esquecidas em nosso bairro. Alguns conhecidos perderam celulares, outros levaram um tiro.

Alice desapareceu.

Claro que a polícia foi acionada. Mais óbvio ainda que a família tenha se estarrecido. Investigações foram feitas, pessoas interrogadas e eu mesma fui uma delas, mas era um daqueles casos estilo Harriet Vanger – Alice simplesmente evaporara, sem indícios, sem rastros, sem pistas. Era como se ela tivesse deixado de existir de uma hora para outra. Apesar de tudo, eu a conhecia bem demais para acatar com uma explicação tão simplória. Ela estava em algum lugar, tinha de estar. Mas uma parte de mim, a mais sensata, sabia que aquilo não era uma análise realista dos fatos.

Estremeço.

Entro em meu quarto e visto algumas roupas limpas deixadas de antemão em cima da cama. Aproveito o fato de as provas já terem acabado e tento me concentrar em um livro. Uma chuva repentina cai suavemente, causando um barulho suave de gotas caindo contra o vidro da janela, algo que, junto a um cobertor quentinho, faria qualquer um relaxar. Mas não a mim.

Solto um suspiro de frustração e tranco a porta ao escutar a voz severa de minha mãe entrecortada pelos protestos de meu irmão vindos da sala. Quando percebo que a leitura não me levará a lugar algum, apago as luzes e enfio o travesseiro debaixo da cabeça. Não devem ser nem 19 horas ainda, cedo demais para dormir, ainda que voltar pra casa sirva apenas para me lembrar da dor com a qual já me acostumei, não me deixando outra escolha. Como um fantasma que se afasta quando estou fora de casa e a cabeça busca amparo em pensamentos imediatos – eu sorrio, ocupo-me e quase consigo acreditar que minha vida está lentamente voltando ao normal. Volto para casa, então, e toda a torrente de pensamentos escondidos vem à baila. Só me resta esperar o sono.

Sobretudo porque, a este horário, Alice e eu trocávamos mensagens.

Nunca fui do tipo que usava WhatsApp, mas Alice me convencera a criar um, depois de muita persuasão. Falávamos de coisas triviais, sobre como fora o dia, o que pensávamos em fazer no fim de semana e então Alice tagarelava sobre o último jogo que zerara, o último filme que tinha assistido, ela uma cinéfila inveterada do pior tipo, ou sobre a última festa que frequentara e eu insistira em não acompanhá-la, como sempre; eu contava sobre os últimos desenhos que andava esboçando, sobre os livros que andava lendo. Ríamos da ironia das coisas corriqueiras que eu nunca soube valorizar, quando ninguém imaginava que algo ruim fosse acontecer.

Meu celular jaz ignorado na cômoda.

Tento me concentrar no ruído da chuva, que agora aumentou, com alguns relâmpagos e trovões ocasionais, cujo barulho abafa o que quer que venha da sala. Ou talvez a discussão já tenha terminado. De qualquer modo, está melhor assim.

— Ceci? — chama minha mãe.

—  O que foi? — respondo, sem tentar esconder o tom de cansaço em minha voz.

—  Pode me deixar entrar?

—  Senão...?

—  Não abuse da minha boa vontade, menina.

Rio sem humor e deixo que abra a porta, reconhecendo que, de fato, não são frequentes as vezes em que minha mãe é solícita, é ocupada demais com o trabalho como ela é. Não que eu a culpe – sei que ela faz de tudo para prover algum conforto para mim e meu irmão. Apesar de tudo, os últimos acontecimentos abrandaram um pouco seu comportamento habitual, de tal forma que já não tento reprimir contato nas raras vezes em que ela tenta estabelecer um. Mas estou tão acostumada a me alienar que não sei exatamente o que fazer.

Minha mãe senta na cama, deixando um copo de leite quente na cômoda. Lanço-lhe um olhar questionador. Ela dá ombros.

— Você adorava quando pequena. Anda, toma logo, senão vai esfriar.

Relutante, tomo um gole.

— Por que veio aqui? Já terminou de avacalhar o Edgar?

— Olha o jeito de falar — ela franze a testa em uma carranca que se desfaz tão rápido quanto aparece – Na verdade, acho que você tem um pouco de razão no que diz sobre o Edgar crescer. Mas eu confisquei aqueles bombons da Garoto que ele ganhou outro dia —ela ri —Vamos ver se assim ele toma alguma consciência.

—  Não adianta, mãe. O Edgar sempre volta.

— Talvez porque seu irmão tenha orgulho de você ser uma excelente arqueira.

A conversa silencia enquanto minha mãe afaga meus cabelos, o semblante pensativo.

— Como você está, Cecília? — pergunta, reticente.

— Já faz algum tempo desde que alguém quis saber como eu me sinto — sussurro morosa contra o travesseiro.

— Filha, ajude a si mesma, por favor.

Expiro, resignada.

—  Confusa, na melhor das hipóteses — respondo — Mas acho que você já está cansada desse blá blá blá. E quem pode culpá-la? Eu também estaria, se fosse você.

— Eu nunca disse isso. Ninguém esperava que aquilo acontecesse, que coisa! Você tem que parar de esconder essas coisas de mim. — Ela toca em meus cabelos brevemente — Não tenho como saber o que se passa dentro dessa cabecinha se não me disser nada.

— Não vou ficar por aí chorando. A gente sabe o que pode ter ocorrido e, sei lá, não dá pra mudar. 

Minha mãe cala por um momento, não por falta de palavras, mas por saber exatamente o que quero dizer; e não há porque discutir a respeito agora, ela sabe disso também.

— Isso não significa que você precise destruir sua vida por causa disso — sussurra.

Lanço-lhe um olhar enviesado.

— O que você quer dizer com "destruir a minha vida"? Eu continuo a fazer as coisas que sempre fiz, que droga! Devia estar feliz por eu não ter enlouquecido.

— Sabe o que eu quero dizer. Você chega em casa e se tranca nesse quarto, não come nada e dorme cedo. Sei que tenta se esconder, mas não de mim. Eu quero te ajudar!

— E se eu não quiser ser ajudada? — retruco irritada.

Minha mãe suspira, fazendo-me perceber pela primeira vez os vincos de preocupação formando-se em sua testa.

— Todos nós precisamos de ajuda, em maior ou menor grau. A questão é quando vamos aceitar isso.

Diante da desconfortável possibilidade de que ela tenha razão, assinto com relutância. Talvez por me perceber baixando a guarda, minha mãe oferece-me um daqueles raros sorrisos sinceros que ela reserva apenas para situações como esta e acaricia meu rosto. Afasto-me, desacostumada. 

— Tem um psicólogo na clínica perto de onde eu trabalho. Quer que eu procure um horário de consulta?

A ideia soa um tanto absurda.

— Eu não sou nenhuma depressiva.

— Estamos falando de saúde mental — responde — Quem sabe? Vai ver talvez seja exatamente disso que você esteja precisando.

— Você não tem como saber — murmuro.

— Faça como quiser, mas não vou ver nenhuma filha minha angustiada nessa casa.

Quando minha mãe se levanta para sair,  penso em responder alguma coisa, mas ela é mais rápida.

— Toma todo o leite que deixei aí, vai te ajudar a dormir — diz, por fim, observando-me pelo vão da porta antes de fechá-la — Outra coisa. Não importa o quão boa atriz você seja, seu irmão já percebeu.

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