𝐀 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐂𝐈𝐀 𝐏𝐄𝐑𝐃𝐈𝐃𝐀┃Depois de ingressar na Armada de Dumbledore em seu quinto ano, a vida de Sarah Standish muda completamente. Além de se envolver com Draco Malfoy, filho do Comensal da Morte que odeia os Standish, a grifinória se ap...
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Enquanto se dirigia para as estufas, Sarah pensava no que poderia acontecer enquanto os dois estivessem ali. Tentou afastar os pensamentos da mente, mas era extremamente difícil fazê-lo, uma vez que há dias Draco Malfoy não saía de sua cabeça.
A professora Sprout explicou o que os dois deveriam fazer naquele fim de tarde. Iriam colher os frutos da acácia e de outras árvores presentes na estufa número três. Enquanto a professora explicava como deveria ser feita a colheita, Draco e Sarah trocavam olhares rápidos, porém significativos.
Meia hora depois, estavam sozinhos nas estufas. Colhiam os frutos em silêncio, até Sarah resolver que não falavam a tempo demais.
— Os frutos da acácia são utilizados em poções do sono. - Ela comentou.
— Estou ciente. - Draco disse sem entender o motivo daquilo.
— Seus pesadelos... - Sarah começou incerta — Eles passaram?
Draco encarou a morena por um instante. Não estava acostumado a ter alguém preocupado com ele sem ser sua mãe. Deu um sorriso breve aos assimilar as palavras dela e recordou de que, desde que haviam se beijado na biblioteca, não tivera um pesadelo sequer.
— Passaram. - Ele disse simplesmente.
— Fico feliz. - A morena disse sorrindo — Mas ainda me pergunto por que não estava conseguindo dormir... - Ela arriscou enquanto continuava a coletar os frutos da árvore com calma.
O sorriso de Draco diminuiu no instante em que ouviu as palavras dela. Não queria falar naquele assunto, não queria contar a ela sobre seus demônios.
— Não quero falar sobre isso. - Ele disse categoricamente.
— Mas é claro que não quer falar... - Ela disse frustrada — Você nunca me fala nada sobre você, não é mesmo? - Ela perguntou o encarando — O que me levaria a pensar que começaria a fazer isso só porque admitimos e fizemos certas coisas, não é mesmo?
O loiro respirou fundo, sabia que ela tinha razão. Estava tão acostumado a deixar todos a uma distância segura, que acabava afastando quem realmente importava. Se perguntou por um instante se ela tinha aquele tipo de problema com Potter e concluiu, sem nem ao menos perguntar à ela, que não.
Tinha ciência de que estava em desvantagem com relação ao rival, por mais que doesse admitir. Sarah e Potter eram amigos desde o ano anterior e certamente dividiam diversos assuntos e confidências. Sem contar o fato de terem namorado por um tempo. E, por mais que ele quisesse negar para si mesmo, ele sabia que provavelmente a intimidade entre os dois era grande.
Por um breve instante se sentiu egoísta. Sabia dentro de seu âmago que Sarah jamais escolheria ficar com ele por uma série de motivos que ele não queria citar para si mesmo. Draco precisava dela para se sentir mais próximo da luz, mas o que ele poderia oferecer a ela? Potter, por outro lado, lhe dava a oportunidade da vida perfeita, não tinha como competir com aquilo.
